segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Quão Rara é a Terra? Marcelo Gleiser

Agora que temos a certeza de que existe um número enorme de planetas com características físicas semelhantes à Terra, vale perguntar se eles têm, de fato, a chance de abrigar formas de vida e, se tiverem, que vida seria esta.
 
 
Antes, alguns números importantes. Os melhores dados com relação à existência de outros planetas vêm do satélite da NASA Kepler, que anda buscando planetas como a Terra mapeando 100 mil estrelas na nossa região cósmica. Pelo desenho da missão, a identificação dos planetas usa um efeito chamado de trânsito: quando um planeta passa em frente à sua estrela (por exemplo, Vênus passando em frente ao Sol) o brilho da estrela é ligeiramente diminuído. Marcando o tempo que demora para o planeta passar em frente à estrela, a diminuição do brilho e, se possível, o período da órbita (quando o planeta retorna ao seu ponto inicial), é possível determinar o tamanho e massa do planeta. Com isso, a missão estima que cerca de 5,4% de planetas na nossa galáxia têm massas semelhantes à Terra e, possivelmente, estão na zona habitacional, o que significa que a temperatura na sua superfície permite a existência de água líquida (se houver água lá).
Como sabemos que o número de estrelas na nossa galáxia é em torno de 200 bilhões, a estimativa da missão Kepler implica que devem existir em torno de 10 bilhões de planetas com dimensões semelhantes às da Terra. Nada mal, se supormos que basta isso para que exista vida. Porém, a situação é bem mais complexa e depende das propriedades da vida e, em particular, da história geológica do planeta.

Aqui na Terra, a vida surgiu 3,5 bilhões de anos atrás. Porém, durante aproximadamente 3 bilhões de anos, a vida aqui era constituída essencialmente de seres unicelulares, pouco sofisticados. Digamos, um planeta de amebas. Apenas quando a atmosfera da Terra foi "oxigenada", e isso devido à "descoberta" da fotossíntese por essas bactérias (cianobactérias, na verdade), é que seres multicelulares surgiram. Essa mudança também gerou algo de muito importante: quando o oxigênio atmosférico sofreu a ação da radiação solar é que se formou a camada de ozônio que acaba por proteger a superfície do planeta. Sem esta proteção, a vida complexa na superfície seria inviável.
Fora isso, a Terra tem uma lua pesada, o que estabiliza o seu eixo de rotação: a Terra é como um pião que está por cair, rodopiando em torno de si mesma numa inclinação de 23,5 graus. Esta inclinação é a responsável pelas estações do ano e por manter o clima da Terra relativamente agradável. Sem nossa Lua, o eixo de rotação teria um movimento caótico e a temperatura variaria de forma aleatória. Juntemos a isso o campo magnético terrestre, que nos protege também da radiação solar e de outras formas de radiação letal que vem do espaço, e o movimento das placas tectônicas, que funciona como um termostato terrestre e regula a circulação de gás carbônico na atmosfera, e vemos que são muitas as propriedades que fazem o nosso planeta especial.

 Portanto, mesmo que existam outras "Terras" pela galáxia, defendo ainda a raridade do nosso planeta e da vida complexa que nele existe.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

A Nova Consciência Emergente - Eckhart Tolle


A maioria das religiões e tradições espirituais compartilha a idéia de que nosso estado mental "normal" é prejudicado por uma imperfeição fundamental. No entanto, além dessa percepção da natureza da condição humana - que podemos chamar de má-notícia - há uma segunda percepção, ou a boa notícia, que é a possibilidade de uma transformação radical da nossa consciência. Nas mensagens hinduístas (e, em alguns casos também no budismo), essa mudança é chamada de iluminação; nos ensinamentos de Jesus, de salvação; e no budismo, de fim do sofrimento. Outros termos usados para caracterizá-la são libertação e despertar. A maior conquista da humanidade não são obras de arte e nem os inventos da ciência e da tecnologia, mas a identificação do seu próprio distúrbio, da sua própria loucura. No passado distante, alguns indivíduos chegaram a fazer esse reconhecimento. 

É provável que um homem chamado Sidarta Gautama que vivem há 2.600 anos na índia, tenha sido o primeiro a ver essa questão com absoluta clareza. Depois, o titulo de Buda lhe foi concedido. Buda significa “aquele que despertou”. Praticamente na mesma época, outro dos mestres despertos da humanidade nasceu na China. Seu nome era Lao-Tsé.

 Ele deixou um registro dos seus ensinamentos na forma de um dos livros espirituais mais profundos já escritos, o Tao Te Ching.

Reconhecer a própria loucura marca, obviamente, o surgimento da sanidade, o inicio da cura e da transcendência. Uma nova dimensão da consciência começava então a emergir no planeta, a primeira tentativa de florescimento. Aquelas pessoas raras se dirigiram a seus contemporâneos falando sobre pecado sofrimento e ilusão. Diziam: “Observe seu modo de viver. Veja o que você está fazendo, o sofrimento que está causando. Depois indicavam a possibilidade de despertar do pesadelo coletivo da existência humana “normal” E mostravam o caminho.

O mundo ainda não estava preparado para Esses Mestres, no entanto, eles foram uma parte crucial e indispensável no despertar humano. Seus entendimentos embora simples e eficazes, acabaram sendo distorcidos e mal-interpretados, em alguns casos até mesmo na maneira como foram registrados por escrito por seus discípulos. Ao longo dos séculos, acrescentaram-se muitas coisas que não tinham nada a ver com as mensagens originais e que eram reflexos de uma incompreensão básica. Alguns desses sábios foram ridicularizados, insultados ou mortos, enquanto outros passaram a ser venerados como deuses. 

As religiões, numa grande medida, firmaram-se como forças divisoras em vez de unificadoras. Em lugar de estabelecerem o fim da violência e do ódio por meio da compreensão da unidade fundamental da vida, eles suscitaram mais violência e ódio, mais separações entre os indivíduos, religiões e até mesmo rupturas dentro de um mesmo credo. Tornaram-se ideologias, sistemas de crenças com os quais as pessoas podiam se identificar, e elas os usavam para ressaltar sua falsa percepção do eu. Por meio dessas crenças, elas se classificavam como certas e chamavam os outros de errados. Assim, definiam sua identidade diante dos inimigos – os outros, os não-crentes ou crentes equivocados – e, algumas vezes, consideravam-se no direito de mata-los. 

O homem feito “Deus” na sua própria imagem. O eterno, o infinito, o inominável foi reduzido a um ídolo mental no qual as pessoas tinham de acreditar e que deveria ser venerado como “o meu deus ou o nosso deus.

Ao longo da história, sempre houve indivíduos raros que vivenciaram uma mudança de consciência e, assim, detectaram em si mesmos aquilo que é apontado por todas as religiões. Para descrever essa verdade não conceitual, eles usaram a estrutura conceitual das suas próprias crenças religiosas. Por meio de alguns desses homens e mulheres, escolas ou movimentos se desenvolveram dentro de todas as religiões importantes e representaram não só uma redescoberta, mas, em determinados casos, uma intensificação da luz do ensinamento original. 

Foi assim que o gnosticismo e o misticismo se estabeleceram nos primórdios do cristianismo e no cristianismo medieval.  O mesmo ocorreu com o sufismo na religião islâmica e a cabala no judaísmo, com o advaita vedanta no hinduismo e com o zen e o dzochen no budismo. 
 
Quase todas essas escolas eram iconoclastas. Elas se opuseram a numerosas camadas de conceituações e a estruturas mentais enfraquecidas. Por essa razão, a maior parte delas foi vista com suspeita e hostilidade pelas hierarquias religiosas estabelecidas. Seus ensinamentos, ao contrário das doutrinas da religião principal, enfatizavam a compreensão e a transformação interior. Foi graças a essas escolas esotéricas que os credos mais importantes recuperaram o poder transformador dos seus preceitos originais – embora na maioria dos casos apenas poucas pessoas tivessem acesso a elas.

A Nova espiritualidade, a transformação da consciência, está surgindo em grande parte fora das estruturas das religiões institucionalizadas. Há instituições religiosas abertas à nova consciência, enquanto outras endurecem suas posições doutrinárias e se tornam parte de todas aquelas estruturas artificiais que o ego coletivo usa para se defender e revidar.

As estruturas mais inflexíveis, as mais impermeáveis à mudança, serão as primeiras a desmoronar. Isso já aconteceu no caso do comunismo soviético. por mais resguardado, por mais sólido e monolítico que se mostrasse, em poucos anos esse sistema decompôs de dentro para fora.

Responder a uma crise radical que ameaçe a nossa própria sobrevivência - esse é o desafio que se apresenta à humanidade neste momento. O distúrbio da mente humana egóica, identificado há mais de 2.500 anos pela antiga sabedoria dos mestres e agora ampliado pela ciência e tecnologia, é pela primeira vez algo ameaçador à sobrevivência do planeta. Até pouco tempo atrás, a transformação da consciência humana - também apontada por sábios do passado - era não mais do que uma possibilidade, compreendida por alguns raros indivíduos, independentemente da sua formação cultural e orientação religiosa. Um florescimento disseminado da consciência de nossa espécie não aconteceu porque até então isso não era imperativo.
Uma parte significativa da população do planeta logo entenderá, se é que isso já não aconteceu, que nossa espécie está diante de uma escolha radical: evoluir ou morrer. Uma porcentagem ainda relativamente pequena da humanidade - mas que cresce com rapidez - já está vivenciando o rompimento com os antigos padrões mentais egóicos e a emergência de uma nova dimensão da consciência.



Um Novo Céu e Uma Nova Terra

Há uma profecia bíblica que parece mais aplicável agora do que em qualquer outra época da história humana. Ela aparece tanto no Antigo quanto no Novo Testamento e fala do colpso da ordem mundial existente e do surgimento de "um novo Céu e uma Nova Terra". precisamos entender que o Céu mencionado nesse contexto não é um local, e sim o reino interior da consciência. Esse é o significado esotérico do mundo, e é esse também o significado dos ensinamentos de Jesus. A terra, por outro lado, é a manifestação externa da forma, que é sempre um reflexo do interior. A consciência humana coletiva e a vida no nosso planeta estão intrinsecamente interligadas. "Um Novo Céu é o surgimento de um estado transformado da consciência humana, enquanto uma Nova Terra é o reflexo do reino físico. A vida humana e a consciência estão ligadas de um modo inerente à vida no planeta. Por isso, á medida que a consciência antiga se dissolve, tendem a ocorrer manifestações naturais de sincronismos geográficos e climáticos em muitas partes do globo, algumas das quais temos testemunhado.




Fonte http://www.xamanismo.com.br

terça-feira, 2 de outubro de 2012

O DESPERTAR DE UMA NOVA CONSCIÊNCIA - Eckhart Tolle

Eckhart Tolle

É autor do livro "O Poder do Agora", O Poder do Silêncio e Praticando o Poder do Agora. Nasceu na Alemanha, onde viveu até os 13 anos. Formado pela Universidade de Londres, tornou-se pesquisador e supervisor de pesquisas da Universidade de Cambridge. Aos 29 anos passou por uma mudança radical que transformou sua vida. Vive em Vancouver, no Canadá.

O DESPERTAR DE UMA NOVA CONSCIÊNCIA

 

 Toda forma de vida em qualquer reino estudado pelas ciências naturais – mineral , vegetal, animal e humano; pode passar pelo processo de iluminação. 

O que poderia ser mais pesado e mais impenetrável do que uma rocha, a mais densa de todas as formas? Ainda assim, algumas rochas passam por uma mudança na sua estrutura molecular, convertendo-se em cristais, tornando-se transparentes à luz. 

Há carbonos que, sob uma pressão e um aquecimento extraordinário viram diamantes, enquanto determinados minerais pesados se transformam em outras pedras preciosas. 

Quase todos os répteis, as mais terrenas de todas as criaturas, permaneceram imutáveis por milhões de anos. Alguns deles, contudo, desenvolveram penas e asas e se transformaram em aves, desafiando assim a força da gravidade, que os dominara por tanto tempo. 
 
Não é que eles tenham apenas passado a rastejar e caminhar melhor – esses animais transcenderam completamente a capacidade de realizar esses dois tipos de movimento. 
 Desde os tempos imemoriais, as flores, os cristais, as pedras preciosas e as aves têm um significado especial para o espírito humano. A exemplo de todas as formas vivas, esses elementos são, é claro, manifestações temporárias da vida subjacente as Consciência Única. 

Seremos capazes de perder a densidade das nossas estruturas mentais condicionadas e nos tornar como cristais e pedras preciosas, isto é, transparentes à luz da consciência? 

Conseguiremos desafiar a atração gravitacional do materialismo e da materialidade e permanecer acima da identificação com a forma, que mantém o ego imóvel e nos condena à prisão dentro da nossa própria personalidade? 

A possibilidade de ocorrer uma transformação desse tipo tem sido a essência dos ensinamentos de grande sabedoria da humanidade. Os mensageiros – Buda, Jesus e outros, nem todos conhecidos, foram as primeiras flores do gênero humano. São chamados precursores, seres raros e preciosos. 

Um ponto essencial do despertar é a identificação daquela parte em nós que ainda não se modificou, o ego da maneira como ele pensa, fala e age, assim como o reconhecimento do processo mental condicionado coletivamente que perpetua esse estado não desperto. 

Quando você descobre a consciência em si próprio aquilo que torna o reconhecimento possível é o surgimento da consciência, é o despertar. Você não pode lutar contra o ego e vencer, assim como não consegue combater a escuridão. A luz da consciência é tudo o que é necessário. Você é essa luz.

Um distúrbio herdado

Se examinarmos mais detidamente as antigas religiões e tradições espirituais da humanidade, veremos que, por baixo de grande parte das diferenças superficiais que elas apresentam, há duas idéias centrais com as quais a maioria delas concorda. 

De acordo com Buda, a mente humana no seu estado normal produz “dukkha”, termo páli que pode ser traduzido como sofrimento, insatisfação ou tristeza, entre outros. Para ele essa é uma característica da condição humana. Não importa onde vamos e nem o que façamos, disse o mestre, encontraremos dukkah, e isso se manifestará em todas as situações cedo ou tarde. 

De acordo com os ensinamentos cristãos, o estado coletivo normal da humanidade é o de “pecado original”. A palavra “pecado” tem sido incompreendida ao longo dos séculos. Traduzida de forma integral do grego antigo, idioma em que o Novo Testamento foi escrito originalmente, ela significa erra o alvo, como na situação de um arqueiro que falha em atingir ponto de mira. Corresponde a viver de uma maneira desorientada, cega e, portanto sofrer e causar sofrimento. Uma vez mais essa palavra, despojada de sua bagagem cultural e de sentidos equivocados, indica o distúrbio inerente à condição humana. 

As conquistas da civilização são admiráveis e inegáveis. Criamos obras sublimes de música, literatura, pintura, arquitetura e escultura. Mais recentemente, a ciência e tecnologia estabeleceram mudanças radicais na maneira como vivemos e nos capacitaram a produzir inventos que teriam sido considerados miraculosos até mesmo 200 anos atrás. Não há duvida: a mente humana possui um altíssimo grau de inteligência. Ainda assim, essa inteligência é tingida pela loucura. 

A ciência e a tecnologia aumentaram o impacto destrutivo que o distúrbio da mente humana tem sobre o planeta, sobre as outras formas de vida e sobre as próprias pessoas. Por isso é na história do século XX que essa disfunção, ou essa insanidade coletiva, pode ser reconhecida com mais nitidez. Um fator adicional é que essa perturbação está de fato se intensificando e se acelerando. 

Os seres humanos sofreram mais nas mãos uns dos outros do que em decorrência de desastres naturais. Em 1914, a mente humana altamente inteligente inventou não só o motor de combustão interna como também bombas, metralhadoras, submarinos, lança-chamas e gases venenosos. A inteligência à serviço da loucura! Nas trincheiras estáticas da guerra na França e na Bélgica, milhões de homens pereceram para ganhar alguns poucos kilometros de lama. 

 
No fim do século XX, o número de pessoas mortas violentamente pela mão de outras chegou a mais de 100 milhões. 

Essa mortes foram causadas não apenas por guerras entre países, mas também pelo extermínio em massa e o genocídio, com a execução de 20 milhões de “inimigos de classe”, espiões e traidores” na União Soviética, durante o governo de Stálin, e o Holocausto na Alemanha nazista, que deixou um registro de horrores indescritíveis. 



Basta assistirmos ao noticiário para ver que a loucura não arrefeceu, ela continua no século XXI. Um dos aspectos do distúrbio coletivo da mente humana é a violência sem precedentes que estamos infligindo a outras formas de vida e ao próprio planeta – a destruição de florestas, que produzem oxigênio, e de outros seres vegetais e animais; os maus-tratos aplicados a animais em propriedades rurais voltadas à produção comercial; e o envenenamento de rios e oceanos e do mar.

 Motivados pela cobiça, ignorantes da nossa interdependência do conjunto como um todo, persistimos nu comportamento que, se continuar indiscriminadamente, resultará na nossa própria destruição. 

As manifestações coletivas de insanidade que se encontram na essência da condição humana constituem a maior parte da história da nossa espécie. E, em grande medida, essa história é de loucura. Se ela fosse o relato do caso clínico de uma única pessoa, o diagnóstico seria: ilusões paranóicas crônicas, propensão patológica para cometer assassinato e atos de extrema violência e crueldade contra inimigos imaginados – sua própria consciência projetada exteriormente. Um insanidade criminosa com breves intervalos de lucidez. 

Medo, cobiça e desejo de poder são as forças motivadoras psicológics que estão por trás não só dos conflitos armados e da violência envolvendo países, tribos, religiões e ideologias, mas também do desentendimento incessante nos relacionamentos pessoais. Elas produzem uma distorção na percepção que temos dos outros e de nós mesmos. Por meio delas interpretamos erroneamente todas as situações, o que nos leva a adotar uma ação equivocada para nos livrarmos do medo e satisfazermos nossa necessidade interior de alcançar mais, um poço sem fundo que nunca pode ser preenchido. 

Numerosos ensinamentos espirituais nos dizem para abandonar o medo e o desejo. Mas, em geral esses métodos espirituais não atingem esse objetivo. Não chegam à verdadeira causa do distúrbio. Medo,cobiça e desejo de poder não são os fatores causais supremos. Tentar ser uma pessoa boa ou melhor parece algo recomendável e evoluído a fazer; ainda assim, não é um empreendimento que alguém consiga realizar com total sucesso, a não ser que ocorra uma mudança em sua consciência. 

Ninguém se torna bom tentado ser bom, e sim encontrando a bondade que já existe dentro de si mesmo e permitindo que ela sobressaia. No entanto essa qualidade só se distingue quando algo fundamental muda no estado de consciência da pessoa.



Fonte: http://www.xamanismo.com.br