terça-feira, 15 de maio de 2018

O cativeiro psicológico e o medo de ir mais longe - Por Pensar Contemporâneo



Recentemente chegaram à minha casa dois gatos que passaram por uma situação peculiar. Após 4 anos vivendo em uma casa com total acesso a todos os espaços e convivendo ativamente com as pessoas com quem moravam foram, por motivos que não vêm ao caso aqui, confinados a um espaço único da casa, no caso, o quintal. O espaço era limitado e infinitamente menor do que o que eles estavam vivendo até então. O contato com as pessoas da casa passou a ser quase que somente nos momentos de troca de água, ração e limpeza da areia higiênica.
O que chamou minha atenção foi o seguinte: esses dois gatos estavam muito assustados e com muito medo justamente do que? Do excesso de espaço. O quintal aqui é bem amplo e eles simplesmente, ao chegarem, não tinham coragem de avançar no espaço inteiro. Limitavam-se a um pequeno espaço, que consideravam seguro, e agiam como se tivesse um campo de força invisível que os impedisse de avançar mais. Quando arriscavam-se, voltavam correndo para aquele espacinho que delimitaram como seguro.
Isso me fez refletir muito sobre isso: se gatos que viveram mais tempo com uma maior liberdade, tendo acesso a um mundo bem maior (antes, o mundo para eles era a casa inteira), ao serem confinados durante meses, acostumam-se com esse espaço menor e limitado, passando, então, a desconfiar de tudo que está fora desse espaço delimitado – ainda que esse espaço seja ruim e não apropriado para eles -, imagine só gatos que nascem e são criados já em um pequeno cativeiro?
Ora, isso se parece muito com a zona de conforto – ou de desconforto – em que nos instalamos tantas e tantas vezes e da qual temos tanto receio de sair. Muitas vezes, agimos como gatos assustados que, mesmo tendo um mundo muito mais amplo e interessante à sua disposição, não têm coragem de sair daquele pequeno espaço delimitado que os deixa seguros, mesmo que esse seja muitas vezes ruim e insuficiente.
Isso me lembrou do texto de Étienne de La Boétie, chamado Discurso da Servidão Voluntária. Esse texto, publicado por volta de 1570 e escrito quando ele tinha apenas 18 anos de idade, discute justamente essa questão: por que as pessoas obedecem a determinadas regras se não tem, muitas vezes, nada nem ninguém que as faça obedecer de forma forçosa? Ele diz que mais do que tentar entender o que um tirano precisa ter e fazer para poder exercer poder sobre as massas vale tentar entender por que as massas obedecem sem resistir.
É como se, inicialmente, fosse necessário fechar a porta impedindo a entrada dos gatos na casa, mas, depois de um tempo, não precisasse mais da barreira física. Cria-se um cativeiro psicológico, de forma que os gatos não saem mais de seu espaço mesmo que nada os impeça de fato. Eles se acostumam com os impedimentos e barreiras e passam a temer deixar aquela situação.
Tenho a impressão de que o mesmo acontece conosco. Parte desse processo já começa na educação: desde muito pequenos já somos colocados em salas de aula, somos obrigados a ficar sentados e a seguir diversas regras que, com o passar do tempo, interiorizamos como verdades inabaláveis. E quando enxergamos possibilidades de novos e infinitos mundos que poderíamos explorar, nós simplesmente paralisamos, como se houvesse o tal campo de força invisível. Não damos um passo a mais, mesmo que não haja nada nem ninguém nos impedindo.
“A liberdade é a única coisa que os homens não desejam; e isso por nenhuma outra razão (julgo eu) senão a de que lhes basta desejá-la para a possuírem; como se recusassem conquistá-la por ela ser tão simples de obter” (Étienne de La Boétie).
Criamos um roteiro de vida a ser seguido, criamos conceitos sobre nós mesmos, criamos crenças e pré-conceitos, criamos até mundos paralelos e virtuais, como o Facebook, por exemplo, onde não precisamos nem mais sair do lugar. O cativeiro está mais do que perfeito, porque não há ninguém obrigando ninguém a ficar com a cara grudada na tela do celular tendo o mundo inteiro ao seu redor, mas ficamos!
E, incrivelmente, acreditamos que esse é o mundo. Há um tempo, reduzi drasticamente meu uso do Facebook, passando a usar apenas profissionalmente e entrando muito esporadicamente com o intuito de “interagir” com os amigos. E é impressionante a quantidade de tempo que sobra no dia, tempo em que você levanta a cabeça do seu cativeiro psicológico e descobre que existe um quintal enorme à sua frente, esperando para ser explorado. E esse quintal pode ser seu quintal mesmo, literalmente, mas pode ser um livro, pessoas de carne e osso, pode ser uma música que você escuta prestando atenção, um hobby, um cachorro alegre na sua frente. E você sai desse espacinho e começa a explorar o quintal e descobre que não assusta tanto, mais. E você não quer mais voltar para aquele espaço limitado. Você volta a se acostumar com o mundo amplo à sua volta.
O mesmo ocorre quando você descobre que, apesar de ter se formado em uma faculdade, existe um mundo inteiro de outras coisas legais para aprender, estudar. Que o diploma de médica veterinária não me impede de estudar filosofia. Que o casamento às vezes não é vitalício e que a solteirice também não é. Que existem infinitos roteiros de vida que podem lhe satisfazer, assim como roteiros de viagens.
“Assim é: os homens nascem sob o jugo, são criados na servidão, sem olharem para lá dela, limitam-se a viver tal como nasceram, nunca pensam ter outro direito nem outro bem senão o que encontraram ao nascer, aceitam como natural o estado que acharam à nascença. Mas o costume, que sobre nós exerce um poder considerável, tem uma grande força de nos ensinar a servir e (tal como de Mitrídates se diz que aos poucos foi se habituando a beber veneno) a engolir tudo até que deixamos de sentir o amargor do veneno da servidão” (Étienne de La Boétie).
Então, você descobre, inclusive, que pode, se desejar, voltar para seu espacinho anterior quando quiser, passar um tempo lá, usar seu Facebook de vez em quando, mas já não teme mais afastar-se e explorar novos mundos. Vai ficando mais corajoso, vai gostando desse mundo que se abre e ficando cada vez mais resistente ao cabresto psicológico. Vai voltando a ser aquele gato explorador, livre, que às vezes se assusta, às vezes faz umas traquinagens, às vezes não gosta do que encontra em suas explorações, mas que não se deixa limitar mais.

fonte:https://www.pensarcontemporaneo.com/1612-2/

sexta-feira, 11 de maio de 2018

12 DORES QUE ESTÃO DIRETAMENTE CORRELACIONADAS COM OS SENTIMENTOS E EMOÇÕES!

Você já pensou que somos seres completos e tudo o que nos compõe – corpo, mente e espírito – é ligado de tal forma que a deficiência de um pode afetar os demais?

Um grande exemplo dessa integração é a conclusão da doutora em psicologia Susanne Babbel.
Depois de um minucioso estudo, a Dra. Babbel concluiu que boa parte das dores crônicas que sentimos não tem nada a ver com doenças graves ou lesões anteriores.
Ela acredita que adquirimos a maioria das dores com emoções negativas – como o estresse – que acabam afetando alguns órgãos. Viu como a mente é poderosa? 
O estudo da psicóloga resultou num "mapa" que mostra como as emoções interferem na saúde.
Este post vai mostrar a você esse "mapa" e como você pode tratar e neutralizar os efeitos negativos das emoções.

1. Dor de cabeça

Na maioria das vezes, a dor na cabeça (ou enxaqueca) acontece por causa da pressão do dia a dia, o estresse e a sobrecarga de atividades. A melhor maneira de resolver este problema é relaxar.

Reserve um tempo para você diariamente. Permita-se relaxar, sem se preocupar com nada por algum tempo. Descanse e não se culpe por isso. Esses ’minutos de serenidade’ irão aumentar sua produtividade. E é provável que sua cabeça não doerá mais.
2. Dor no pescoço
Esta é bastante interessante.
Acredita-se que, quando nos culpamos por determinado acontecimento, geramos uma consciência culpada, causando acúmulo e pressão na área do pescoço.
Aprenda a perdoar os outros e a si mesmo(a). Lembre-se que todo mundo pode errar, inclusive você.


Repense sua atitude com relação a você mesmo e aos outros. É provável que, muitas vezes, as pessoas não tenham a intenção de te ofender. E você não é obrigado a suprir suas exigentes expectativas. Seja mais humilde e aprenda a perdoar. Pensar mais nas coisas das quais você gosta também é importante para evitar este problema.
3. Dor e sensação de peso nos ombros
Se o problema é nesta área, e não foi lesão, pode apostar que há problemas em alguma área da sua vida que ainda não foram resolvidos e seu corpo está sofrendo com isso.
Tente dividir seus problemas com um amigo de confiança. Assim, você sentirá um alívio considerável. O simples fato de colocar para fora já cria uma sensação de não estar carregando o peso sozinho.
Isso pode ajudar a encontrar uma saída.
4. Dor nas costas
Sabe a parte superior das costas?
Algumas pessoas sentem uma dor crônica nessa área e isso pode ser um sinal de que a pessoa não se sente amada e apoiada. O amor das pessoas é a cura para qualquer doença emocional.


Interaja com gente diferente. Não mantenha o foco só em você, seja aberto e amistoso. Conheça pessoas novas, vá a encontros. E não reprima seu afeto para com os outros. Portanto, se este é o problema, converse com quem está ao seu redor, família e amigos.
5. Dor na região lombar
A parte inferior das costas está relacionada a problemas de finanças.
São muitas as causas dos problemas econômicos.
Às vezes, eles aparecem por causa do baixo salário, desemprego ou até mesmo gastos com coisas desnecessárias.
Só você sabe o motivo. O fato é que você precisa ter uma atitude otimista - até mesmo quando a falta de dinheiro parece não ter solução. A felicidade não está no dinheiro, por mais atraente que ele seja. Claro, é importante ter uma poupança para emergências ou para realizar aquele sonho e é bom que você pense nisso. Mas pare de se preocupar tanto com dinheiro; muitas das melhores coisas da vida são gratuitas! Dedique-se àquilo que ama. Quando você trabalha de corpo e alma, se realiza, e o sucesso financeiro vem naturalmente.
6. Rigidez nos cotovelos
Deve-se a uma resistência às mudanças. Ela também pode ser interpretada como um medo de que a "vida nos leve".
Muitas vezes, a vida pode parecer difícil e dura. Mas não é bem assim. Frequentemente, nós mesmos complicamos tudo. Seja mais flexível, não gaste sua energia lutando contra coisas que não podem ser mudadas.
7. Dor nas mãos
Este é um sinal de que você está com problemas para interagir com as outras pessoas. O contato é muito importante.
Busque se socializar e demonstrar afeto aos seus amigos. Tente fazer novos amigos. Jante com algum companheiro de trabalho. Vá ao estádio, a um show, sinta-se parte da multidão. Estabeleça conversas com gente nova com mais facilidade, até porque nós nunca sabemos onde iremos encontrar uma verdadeira amizade.
8. Desconforto no quadril
Este tipo de dor pode atormentar as pessoas que se prendem à ideia de ter uma vida confortável e previsível. O medo patológico de mudanças, a falta de disponibilidade para começar a viver de outra forma e a resistência constante ao que é novo podem provocar dor na região do quadril. Ocorre pelo medo do futuro, a ansiedade.
Não resista ao fluxo natural da vida. Nossa vida muda o tempo todo, e isso é algo muito interessante! Veja as mudanças como aventuras emocionantes. E não deixe as decisões importantes para depois. Se esforce para viver novas aventuras, considerando que o futuro chega de acordo com as atitudes do presente.
9. Dor nos joelhos
É provável que a dor nos joelhos seja sinal de um ego exagerado. Os joelhos doem quando pensamos muito em nós mesmos e pouco nos outros. Quando achamos que o mundo gira ao nosso redor. Está relacionada aos sentimentos de vaidade e orgulho. O ego muito elevado pode nos impedir de encontrar a qualidade das pessoas.
Olhe ao seu redor. Você não é a única pessoa no Planeta. Seja mais atento com as outras pessoas. Ouça seu amigo, ajude sua mãe, apoie seu colega de trabalho. Dê atenção ao outro com mais frequência. Talvez um trabalho voluntário seja boa ideia. Lembre-se que somos apenas mais um e precisamos ser humildes.

10. Dor na panturrilha
Dor nesta região pode ter origem na sobrecarga emocional. Os ciúmes irracionais e os problemas amorosos te afetam muito. É causada por sentimentos de inveja e ressentimento.
Procure perdoar e amar quem está ao seu redor. É preciso aprender a confiar em seu parceiro ou parceira. Relaxe e pare com a ideia de controlar o outro, e não invente coisas que não existem. Talvez tenha chegado a hora de abrir mão de relacionamentos do passado que já não funcionam mais.
11. Dor nos tornozelos
Dor nos tornozelos quer dizer que, muitas vezes, nos esquecemos dos outros. E não nos permitimos sentir prazer. Pode ser que o trabalho ocupe todo o nosso tempo e que não levemos a sério nossos próprios desejos, adiando-os constantemente. Demonstra que você tem dificuldades em aceitar os prazeres da vida. 
Chegou a hora de permitir-se. Compre o que quiser, durma até a hora que quiser, experimente aquela sobremesa deliciosa e sofisticada. Esqueça por algum tempo do seu trabalho e pense, por exemplo, num relacionamento amoroso. Ou planeje uma viagem. Procure curtir a natureza, os momentos em família e o sabor das refeições, por exemplo.
12. Pés doloridos
Talvez a explicação para a dor nos seus pés seja uma profunda apatia. É como se nosso corpo não quisesse seguir em frente. Sentimos medo de viver e não conseguimos enxergar vantagem em continuar lutando. Quando pensamos, ainda que subconscientemente, que tudo vai mal e que nossas vidas fracassaram, os pés reclamam. Os pés são reflexo das nossas satisfações. 
Se você tem dores crônicas neles, é sinal de que tem muitas insatisfações.
Recomendamos ser mais otimista, ter fé e desfrutar das grandes maravilhas que Deus nos proporciona.
Aprenda a prestar atenção nas pequenas alegrias da vida, na beleza do mundo exterior e nas pessoas. Curta os sabores, cheiros, o vento e o sol. Adote um animal de estimação ou procure um hobby interessante. Preencha sua vida com sentido. Evite as lembranças tristes e sorria mais. Procure a alegria todos os dias da sua vida.

Conclusão

A conclusão aqui é óbvia: ame a si mesmo e perdoe-se. Seja mais atento com as outras pessoas e tente não guardar rancor. Interaja, sorria (isso é sempre muito bom) e mantenha-se saudável!
Fonte: https://incrivel.club/criatividade-saude/12-sinais-do-seu-corpo-que-voce-nao-deve-ignorar-118110/

segunda-feira, 7 de maio de 2018

As leis do karma, de acordo com o budismo - Texto de Edith Sánchez

O budismo é uma filosofia e uma religião composta de ensinamentos práticos, como a meditação, por exemplo, que visa induzir uma transformação dentro da pessoa que a pratica. Promove o desenvolvimento da sabedoria, consciência e bondade para alcançar um estado de iluminação. No entanto, hoje iremos mais longe e falaremos sobre as leis do karma. 
No budismo, a existência é abordada como um estado permanente de mudança. A condição para se beneficiar dessa mudança é desenvolver uma disciplina sobre nossa mente. Deve se concentrar em estados positivos, concentração e tranquilidade.
“Karma é experiência, experiência cria memória, memória cria imaginação e desejo, e desejo cria karma novamente” -Deepak ChopraO objetivo da disciplina é aprofundar as emoções associadas à compreensão, felicidade e amor. Além disso, para o budismo todo o desenvolvimento espiritual se materializa e é complementado por áreas como trabalho social, ética e filosofia.
A natureza do karma no budismo
A palavra karma significa ação e consiste em um tipo de força que transcende. Esse tipo de energia é infinito e invisível e é uma conseqüência direta das ações do ser humano. O karma é governado por doze leis. Cada um deles nos permite entender o significado espiritual da existência.

No budismo não há deus controlador, essas leis vêm da natureza (como a lei da gravitação universal) e as pessoas têm livre arbítrio para aplicá-las ou não. Portanto, fazer o bem ou o mal depende de cada um e dessa decisão cujas consequências somos, em grande medida, responsáveis.

As doze leis do Karma

Então vamos expor cada uma das leis do karma que existem para que você possa levá-las em consideração. Todos elas são muito importantes. Estas são as doze leis do karma, de acordo com o budismo.
1. A grande lei

A primeira das leis do karma pode ser condensada na frase “colhemos o que semeamos”. Também é conhecida como a lei de causa e efeito: o que damos ao universo é o que o universo nos devolve, mas se for algo negativo, ele retornará multiplicado por dez. Isto é, se dermos amor, receberemos amor, mas, se dermos mágoa, receberemos a falta de amor multiplicada por dez.
2. Lei da criação
Nós devemos participar da vida. Nós fazemos parte do universo, portanto, somos uma unidade com ele. O que encontramos ao nosso redor são indicações do nosso passado remoto. Crie as opções que você deseja para sua vida.
3. Lei da humildade

Isso continuará acontecendo, o que nos recusamos a aceitar. Se só conseguirmos ver os aspectos negativos nos outros, ficaremos estagnados em um nível inferior de existência; Pelo contrário, se os aceitarmos com humildade, ascenderemos a um nível superior.
4. Lei do crescimento
Onde quer que formos, lá estaremos. Antes das coisas, lugares e outras pessoas, somos nós que devemos mudar e não o que nos rodeia, para evoluir em nossa espiritualidade. Quando mudamos nosso interior, nossa vida muda.
5. Lei da responsabilidade
Quando algo negativo nos acontece é porque há algo de negativo em nós, somos um reflexo do nosso ambiente. Portanto, devemos encarar as ações em nossas vidas com responsabilidade.
6. Lei de conexão
Tudo o que fazemos, por mais insignificante que seja, está ligado ao universo. O primeiro passo leva ao último e todos são igualmente importantes, porque juntos eles são necessários para atingir nosso objetivo. Presente, futuro e passado estão interligados.
7. Lei da abordagem
Não é possível pensar em duas coisas simultaneamente. Nós ascendemos passo a passo, um de cada vez. Não podemos perder de vista nossos objetivos, porque a insegurança e a raiva tomariam conta.
8. Lei de doação e hospitalidade
Se você acha que algo pode ser verdade, chegará o momento em que você pode provar que é verdade. Devemos aprender a dar para pôr em prática o que aprendemos.
9. Lei do aqui e agora
Permanecer apegado ao nosso passado torna impossível desfrutarmos do presente. Pensamentos mofados, maus hábitos e sonhos frustrados nos impedem de avançar e renovar nosso espírito.
10. Lei da mudança
A história se repetirá até que assimilemos as lições que precisamos aprender. Se uma situação negativa ocorre de novo e de novo, é porque nela há algum conhecimento que devemos adquirir. Temos que endireitar e construir nosso caminho.
11. Lei de paciência e recompensa

As recompensas são o resultado do esforço anterior. Uma dedicação maior, maior esforço e, portanto, maior gratificação. É um trabalho de paciência e perseverança que produz frutos. Devemos aprender a amar nosso lugar no mundo, nosso esforço será honrado no momento certo.
12. Lei de importância e inspiração
O valor de nossos triunfos e erros depende da intenção e energia que implantamos para esse propósito. Nós contribuímos individualmente para uma totalidade, portanto, nossas ações não podem ser medíocres: devemos colocar todo o nosso coração em cada contribuição que fazemos.
Karma não tem cardápio, o que você semeou servirá você
Agora que você conhece todas as leis do karma, é importante que você as tenha em mente para estar ciente de como tudo o que você dá a você receberá em quantidades maiores. A vida é um reflexo das ações que você vai realizar. Então você escolhe se quer agir de forma positiva ou negativa.
*O que é Karma:
Karma ou carma significa ação, em sânscrito (antiga língua sagrada da Índia) é um termo vindo da religião budista, hinduísta e jainista, adotado posteriormente também pelo espiritismo.
Na física, essa palavra é equivalente a lei: “Para toda ação existe uma reação de força equivalente em sentido contrário”, ou seja, para cada ação que um indivíduo pratica vai haver uma reação, dependendo da religião o sentido da palavra pode ser diferente, mas usualmente é relacionada a ação e suas consequências.
A lei do Karma é aquela lei que ajusta o efeito a sua causa, ou seja, todo o bem ou mal que tenhamos feito numa vida virá trazer-nos consequências
Fonte: https://www.pensarcontemporaneo.com/as-leis-do-karma-de-acordo-com-o-budismo/

Introdução e Origens do "Feng Shui" e da Radiestesia

O "feng shui" associado a radiestesia se transformou num poderoso sistema de diagnóstico das energias que envolvem o homem e/ou o ambiente, mostrando-nos de forma clara que este conhecimento é de fácil acesso para todos, desde que se dispense um mínimo de tempo para aperfeiçoar os dons geomânticos inatos em cada um. Assim, podemos exteriorizar a atividade inconsciente para se obter informações intuitivas que normalmente são vagas, mas que podem ser ampliadas e potencializadas em conjunto através da radiestesia com o método do "feng shui".
O "feng shui" é uma arte milenar usada desde os primórdios pelos orientais, especialmente os chineses, que foi levada para a Inglaterra no início deste século pelos missionários católicos, pelos funcionários do corpo diplomático inglês, pelos funcionários da Companhia das Índias e de outras multinacionais inglesas espalhadas pelo oriente, difundindo-se rapidamente desde esse país por toda a Europa, tendo uma grande aceitação principalmente entre os pesquisadores alemães, espanhóis, italianos e suíços, que, em poucas décadas, a transformaram numa ciência chamada "geobiologia" seguindo os passos dos franceses que a denominavam de "radiestesia".
O "feng shui" se fundamenta numa série de regras e procedimentos práticos determinados pelos antigos sábios ancestrais chineses, cujos conhecimentos foram mantidos de forma reservada entre os estudiosos dessa arte chamada operador ou "shianseng", que aplicavam em benefício do povo quando solicitassem seus serviços. Esses operadores do "feng shui" ou "shianseng" são indivíduos que, devido aos seus estudos e prática, conseguem colocar suas mentes em ressonância com as emanações dos objetos ou pessoas pesquisadas, obtendo uma informação que poderá ser decodificada pelo operador após adquirir "grande sensibilidade às freqüências vibratórias dos objetos". 
 Esse desenvolvimento é obtido por meio de pacientes e perseverantes exercícios e é esse processo que torna o indivíduo um "shiansheng" ou "radiestesista" no ocidente e, como tal, passa a utilizar-se além de sua mente bem desenvolvida, também de pêndulos, de varinhas ou forquilhas de madeira de avelã, de detectores de energia telúrica (que consistem em varetinhas metálica ou laços de metal de formato especial que trabalham por "efeito de forma"), de laços Hartmann e por último, o mais usual é a utilização da sensibilidade do "shianseng" ou do "radiestesista" que fica cada vez mais apurada à medida que exercita suas qualidades. 
A radiestesia é uma ciência que procura determinar o comportamento energético do homem em relação ao meio em que vive, bem como suas predisposições, possibilidades e níveis de energia encontrados num determinado momento e, inclusive, em função disto, sua projeção para um futuro próximo. Isto porque ao ser realizada uma pesquisa energética num indivíduo, o operador radiestésico verificará todas as energias que circulam no corpo deste, bem como seus bloqueios, o funcionamento dos seus órgãos internos, as afinidades com todos os objetos de seu uso externo e interno, como: roupas, adornos (metálicos, pedras, produtos sintéticos, suas cores e composição química etc), objetos implantados no corpo (obturações dentárias, pinos nos ossos, placas metálicas etc), alimentos, remédios, enfim, tudo que de uma certa forma o nosso corpo possa aceitar ou rejeitar. 
Considerando que o radiestesista não é um adivinho, seu método de pesquisa consistirá em verificar a existência de anomalias energéticas localizadas e, em função destas, perguntar ao indivíduo pesquisado se teve neste ou naquele órgão doenças, disfunções, operações etc. Porque a radiestesia pode detectar todos os problemas energéticos de um indivíduo, porém pelo fato destes problemas acontecerem primeiro no campo energético, somente depois de um certo tempo passarão para o corpo físico. Assim sendo, o pesquisador terá que determinar se estes problemas já aconteceram, se estão acontecendo ou se irão acontecer. 
A varetinha usada em radiestesia é conhecida desde milhares de anos na busca da água do subsolo e para encontrar jazidas de metais etc,. Essa vareta consiste num fino galho de árvore frutífera (normalmente de avelã), com formato de forquilha, ligeiramente encurvado, cujas alças se tomam suavemente entre os dedos polegar, indicador e médio de cada mão, apontando o eixo da varetinha que parte das duas alças para o chão. São raras as menções da radiestesia pelos antigos escribas e historiadores por causa da sua vital importância nos sistemas religiosos da época; os sacerdotes dos templos conservavam a sete chaves seus segredos a fim de que as massas profanas não viessem a conhecê-la e, inevitavelmente, deturpar a arte e a ciência da radiestesia. 
Também é usado na radiestesia o pêndulo explorador cujo conhecimento e uso vêm da Índia desde tempos remotos. As citações mais antigas vêm de Ammien-Marcellin (livro XXIX, cap. I), que narra a conspiração contra o imperador do oriente Valens Flavius, que reinou entre os anos 364 e 379 e cujo sucessor foi determinado por Hilarius por meio de um ritual mágico que usou um pêndulo especialmente preparado através de misteriosas fórmulas e conjurações. Um anel preso a um fino fio respondia perguntas montando uma espécie de oráculo através de numa vasilha de metal especial que tinha impresso 24 letras do alfabeto. Existem mais duas traduções do mesmo texto feitas pelo abade Marolles (Paris, 1672) e M. de Moulines (Berlin, 1776). O imperador chinês Yu, que reinou em 2200 anos a.C, é representado numa antiga estatueta com uma forquilha nas mãos.
Diz a tradição que esse imperador, além de pesquisar as fontes naturais de água comuns, escolhia, por meio da varinha, as terras propícias para plantar determinadas sementes segundo as estações. Marco Polo, em suas aventuras e viagens pelo Oriente, descobriu o uso de algumas formas de vara, narrando que os chineses eram particularmente afeitos a detectarem aquilo que eles chamavam de "Garras do Dragão", isto é, radiações perigosas e nocivas à saúde.
Os Druidas eram também extremamente sensíveis às vibrações, raios e forças magnéticas e, tal como os adivinhos chineses, selecionavam sítios ideais para suas construções. Podemos afirmar sem dúvida nenhuma que a escolha e localização vibracional correta para a construção de Stonehenge foi feita por meio de processos radiestésicos.
Os magos egípcios antes de Moisés também se serviam da varinha radiestésica como vemos em Êxodo, cap. VII, vers. 9, 10, 11, 12, 15, 17 e 20; cap. VIII, vers. 5 e 16; cap. X, vers. 13 e cap. XIV, vers. 16, onde se descreve como estes se utilizavam de varinhas para seus encantamentos e sortilégios. Parece-nos que a cruz TAU era utilizada como instrumento para buscas radiestésicas, assim como outros apetrechos mágicos desse e de outros povos. É provável que os caldeus tenham estendido o uso da varinha divinatória entre os povos asiáticos, especialmente entre os árabes seus vizinhos. Segundo Heródoto (Journal des Savants <Jornal dos Sábios>, novembro de 1852, pág. 717), os excetas praticavam a radiestesia em larga escala; segundo Estrabão os brâmanes da Pérsia a praticavam normalmente; segundo Filostrato os brâmanes da Índia e os povos de Metelim também a praticavam.
Temos por volta de 1850 uma referência ao uso da vara divinatória para achar objetos perdidos na Índia, indicando que desde longa data estas práticas vinham sendo utilizadas. Uma prática similar foi encontrada entre os maganjas da África Central, que deve datar de milênios. Sir Frank Swettenham, ao descrever os métodos divinatórios utilizados pelos malaios, diz: "Um outro método consiste em pôr na mão do pawang, ou mágico, uma vara divinatória formada de três caniços de junco atados juntos por uma extremidade, e quando ele se aproxima do local que corresponde ao objeto da questão, a vara experimenta uma sensível vibração.
Tão antiga é essa forma de arte divinatória que nós mal a podemos imaginar, mas certamente excede dois a três mil anos atrás". T. J Hutchinson, no seu livro "Dois Anos no Peru", refere-se a uma figura entalhada na rocha com uma vara de forquilha na mão. Dos documentos arqueológicos se deduz que a civilização peruana, data mais de 9000 a.C. e usava o poder oculto de adivinhar com a vara através de seus sacerdotes e mágicos.
Na antiga Roma, a arte divinatória era muito apreciada, como vemos no livro de Cícero, "Divinatione"; os adivinhos romanos usavam o lítuo, o bastão divinatório e a varinha encurvada, comentadas também por Aulu Gelle, Macrobio, Plutarco e Tito Lívio. Segundo o historiador Tácito (vide Tácito, tradução de Dureau de Lamalle, edição de 1790, vol. III págs. 330 e 331), os romanos apreciavam sobremaneira os métodos adivinatórios que vinham dos primitivos germanos, os quais acreditavam nos auspícios e na adivinhação como nenhuma outra nação no mundo.
Seu método era simples: cortavam em muitos pedaços uma varinha de uma árvore frutífera e, depois de marcadas com sinais diferentes, jogavam-na sobre um pano branco. O sacerdote separava por três vezes os pedaços e de acordo com as marcas que se apresentassem, dava a sua interpretação (este jogo é conhecido hoje em dia como o "jogo das runas", muito comum entre os povos nórdicos e bastante popular no Brasil).
Entre os autores antigos que mencionam as varinhas temos Varron que no seu livro "Vírgula Divina", discute a forma de descobrir água subterrânea, objetos perdidos, metais e ouro, e trata de modo exclusivo os métodos de adivinhação e o uso da varinha. Vitrubio escreve extensamente, descrevendo como achar fontes, mananciais e jazidas de minerais; entre os métodos que aponta não menciona claramente o uso da varinha. Plínio escreve em vários livros, especialmente no de História Natural, volume XXXI e volume XXXIII, quais são os meios para achar água, descobrir mananciais e procurar jazidas de minerais. Theodoric Cassiodoro, no século VI, insiste sobre a utilidade dos pesquisadores de águas subterrâneas na procura de jazidas de minerais.
É difícil de determinar todas as formas pelas quais os povos antigos usavam a varinha adivinatória; para alguns autores, como Borellus, os ancestrais dos alemães usavam a varinha para a cura de ferimentos e para ajudar na recuperação de membros fraturados; para Heródoto, alguns povos asiáticos usavam-na para descobrir perjuros e outros para determinar os homicidas. Até o século XI não se encontram mais alusões às varinhas adivinatórias. Notker, um monge de St. Gall, escreve a respeito das varas adivinatórias "mercuriais e voláteis". No século XV, Basilus Valentinus (ou Basile Valentim), monge beneditino, dedica sete capítulos de sua obra a uma descrição didática sobre o uso da vara divinatória.
O folclore germânico, através de fábulas e contos, refere-se à "vara dourada dos nibelungos", à "vara paradisíaca de condão" de Gotfried de Strassburg e também à "vara mágica" ou centro dominador dos Eddas. Uma referência à vara de condão acha-se no livro de Conrad von Megenberg, "Das Buch der Natur", escrito entre 1348 e 1350, onde menciona que varas de espeto, quando eram de aveleira, costumavam girar sobre si mesmas com a ação do calor. Na Suécia, os praticantes da arte da radiestesia eram chamados de dalkarl e segundo um manuscrito datado do século XII se descreve um processo complicado para a preparação da vara mágica, que posteriormente seria usada pelo "dalkarl". Na Dinamarca, por volta do século XIV, acreditava-se que os tesouros perdidos podiam ser achados por meio de uma vara mágica denominada finkelrut preparada após invocações na noite de São João; se esta vara fosse feita de salgueiro, podia ser usada também para achar água.
Muitas fontes consideram a Alemanha, especialmente o distrito das montanhas do Harz, como o berço da moderna arte divinatória. No reinado da Rainha Elizabeth (1558-1603) da Inglaterra, mineiros alemães foram convidados a desenvolver a indústria mineira na comarca da Cornualha e muitos alemães rabdomantes foram empregados posteriormente na descoberta de minas de estanho. Estes foram tão bem-sucedidos que por volta do século XVII o uso da vara divinatória para localizar minerais e água tinha-se espalhado por toda a Europa, desencadeando uma grande controvérsia entre os cientistas e o clero. A maioria dos opositores da arte radiestésica tomava atitudes contrárias a esta, não por razões científicas, mas por considerar que a adivinhação era uma arte satânica, provocando-se grandes injustiças ao serem acusados de feiticeiros alguns dos radiestesistas que a usavam com critérios científicos, entre estes o Barão de Beau-Soleil, que foi preso em 1642 e morreu pouco depois.
Pelas citações anteriores percebemos que os antigos ancestrais tinham formado uma espécie de relação entre a idéia do uso do bastão, vara ou vareta, com certos processos misteriosos e, particularmente, a curiosidade de descobrir coisas que estão por vir, tentando descortinar o futuro. Daqui saiu a arte divinatória denominada Rabdomancia ou adivinhação com uma vara ou varetas.
O Pe. Pierre Lebrun escreveu que os primeiros a se dedicar a usar a varinha para achar água, mananciais e veios de minérios na França, foram o barão Beau-Soleil e sua mulher, a Baronesa Sra. de Bertereau, em 1630; esta última escreveu um livrinho intitulado "La restituition de Pluton a Monsegneur le Duc de Richeliue", (A reintegração de Plutão, dedicada a Sua Eminência). A Sra. de Bertereau catalogou 150 minas descobertas na França por intermédio da varinha divinatória que foi reimpresso pelo abade de Vallemont em 1693, e anexado ao seu livro "Física oculta". Muitos autores do século XVII foram favoráveis a aceitar a eficácia do uso da varinha divinatória na prospecção de minérios e na procura de água, entre eles: Robert Fludd (Philosophia mosayca), o químico Rodolfo Glauber (Obra mineral), Edo Neuhusius (Sacror fatidic, 1658), Sylvester Rattray (Theatrum sympatheticum, 1662), Matthias Willenius (Relação verdadeira da vara de Mercúrio, 1672), Joannes-Christianius Frommann (Tractatus de fascinatione, 1674), Pe. Jes. Dechales (Fontibus naturalibus, 1674); outros se mostravam Céticos, mas também não eram contra, como o abade Hirnhaín (De typho generis humanis, 1676), M. de Saint-Romain (A ciência natural desprovida das ilusões escolares, 1679). Roberto Boyle, da Real Sociedade de Londres, em 1666, questiona se a varinha realmente se movimenta e consegue da Real Sociedade de Londres uma declaração de que os efeitos da forquilha sejam reconhecidos e comprovados por essa sociedade. Jean Nicoles, em 1693, trata com profundeza do assunto no seu livro "La Baguette Divinatoire" (A varinha divinatória). Outros eram frontalmente contra, considerando seu uso uma prática supersticiosa.
Um radiestesista chamado Jacques Aymar, morador de Saint-Véran no Delfinato da baronia de Saint-Marcellin, foi chamado em 5 de julho de 1692 pelo procurador do Rei para resolver o assassinato de um comerciante de vinhos e sua mulher em Lyon. Ao resolver com sucesso o crime, provocou muitas polêmicas entre o clero que defendia a idéia de que o radiestesista havia feito um pacto com o diabo contra a opinião das autoridades que procuravam demonstrar que os movimentos da varinha se realizavam naturalmente.
Vários teólogos de prestígio da época aderiram às idéias contra as varetinhas divinatórias, o que após o julgamento da Academia de Ciências provocou o decreto da Inquisição de 26 de outubro de 1701, considerando o uso da varinha proscrita para sempre dentro da Igreja. Mas esta prescrição não deu em nada, pois foi desconsiderada por um grande número de priores, abades, frades e sacerdotes, que continuaram a usar a varinha para descobrir mananciais e águas subterrâneas ao longo do século XVIII.
Esses pesquisadores radiestésicos passaram a partir dessa época a serem chamados de, zahories; destacando-se na França no fim do século um zahorista chamado Barthélemy Bleton, de Saint-Jean-en-Royant, que descobriu mais de cem minas, e foi submetido por mais de um ano a muitas experiências pelo Dr. Thouvenel, que em 1781 publica um livro intitulado: "Memória física e medicinal, as evidentes relações entre os fenômenos da varinha divinatória, do magnetismo e da eletricidade".
A partir desta publicação, muitos cientistas emitiram opiniões favoráveis e contrárias, como o físico Sigaud de Lafond e o astrônomo De Lalande que queria desmascará-lo num artigo publicado no "Journal des Savants" em agosto de 1782. Em 1790 o Dr. Thouvenel foi nomeado adido do governo francês na Itália, quando pesquisou junto com outros cientistas, entre eles: Spallanzani e Charles Amoretti da biblioteca ambrosiana de Milão, que compôs um ensaio crítico sobre a rabdomancia, o Pe. Barletti professor de física experimental de Pavía e Alberto Fortis (autor de "Memórias para secundar a história natural, principalmente a orictografia da Itália e países adjacentes"). Neste, um jovem zahori com sensibilidades hidroscópicas chamado Pennet, é submetido a inumeráveis experiências utilizando-se um pêndulo formado por um cubo de pirita de ferro suspenso por um fio com comprimento de um quarto de vara.
Os primeiros a observar os movimentos do pêndulo no século XVIII na França foram o Capitão Ulliac, Desgranges e o Cl. Gerboin, professor da escola de medicina de Estrasburgo, que posteriormente publicou as experiências do grupo em: "Investigações Experimentais sobre uma nova forma de ação elétrica" (Estrasburgo, 1808). M. Chevreul, inspirado nas experiências de Fortis e Amoretti, realiza experiências com o pêndulo entre os anos 1810 e 1813 e os publica posteriormente na "Revue des Deuz-Mondes", em forma de carta "Sobre uma classe especial de movimentos musculares", dirigida a M. Ampére em 23 de março de 1833. Em 1826, o conde J. de Tristan denomina a varetinha de "furcella" (forquilha) e tenta mostrar que as forças que atuam sobre esta independem do operador denominado "bacilogiro".
Depois da primeira guerra mundial, a radiestesia tomou um (remendo impulso devido a divulgação que era dada desde as primeiras décadas do século pelo Abade Bouly e, especialmente, pelo Abade Mermet, que organizou uma série de congressos e conferências, a fim de desenvolver o conhecimento científico que sustentava os muitos usos do pêndulo, especialmente a sua aplicação terapêutica. Em vista do trabalho e dedicação demostrados pelo Abade Mermet, este foi agraciado com um prêmio pela Academia da Sociedade Francesa do Incremento ao Bem-Estar Público.
Mencionamos a seguir um trecho do livro do Abade Mermet, intitulado "Abregé de ma Méthode", em que fala de suas atividades e diz ser a radiestesia uma ciência. Seu depoimento é o seguinte: "Depois de 1893, venho realizando buscas subterrâneas em média na razão de 50 por ano. Não me parece temerário afirmar que uma experiência de quarenta e quatro anos me confere autoridade suficiente para reclamar perante os sábios, sejam quais forem, que a radiestesia se constitui uma ciência (uma ciência em formação é verdade) e que aqueles que a combatem hoje serão forçados, amanhã ou depois, a se inclinarem, se não diante das explicações, pelo menos diante dos fatos".
Em 1922 o americano Dr. Albert Abrams, publica um livro sobre as aplicações do uso do pêndulo para o diagnóstico médico, inaugurando o uso da radiestesia nos diagnósticos e tratamentos de doenças. Num congresso realizado em Paris, em junho de 1923, presidido pelo Dr. Henri Mager, do qual faziam parte os Srs. Armand Vire, Heitor Durville, Fabius de Champville, Descroix, M. A. Martell e Lancrenon, como juizes das provas, foram realizadas muitas experiências radiestésicas com enorme êxito, ficando claramente comprovada a realidade dos fenômenos radiestésicos. Depois desse, outros congressos foram realizados com ótimos resultados. Na atualidade, após a descoberta das radiações dos corpos, a radiestesia, que era tida como uma arte, está-se transformando numa verdadeira ciência, pois cresce cada vez mais o número dos cientistas que a estudam e praticam.
Em 1943, o Dr. Eric Perkins, assistente e pesquisador da equipe do Dr. Abrams, pronuncia uma conferência na Sociedade Britânica de Radiestesia, onde descreve as pesquisas da equipe do Dr. Abrams, no campo da fisiologia e o diagnóstico de doenças pela radiestesia, pela determinação no corpo humano de radiações energéticas positivas e negativas.
Andrés Bovis, na França, descobre outras formas de utilizar o pêndulo, como a determinação da boa qualidade dos alimentos. Experiências, notáveis descobertas e cuidadosas comprovações têm sido levadas a cabo com a varinha ou com o pêndulo em vários ramos da atividade humana, de modo a ampliar cada vez mais o já vasto campo de utilidade da radiestesia. Embora o homem viva em meio de emanações e ondas ou raios de toda espécie que o atravessam continuamente, sua consciência está atenta às coisas que lhe afetam diretamente os sentidos, não percebendo estas radiações.
Os sentidos captam as ondas de luz, som dentro de uma limitada escala vibratória, sendo insensíveis às vibrações existentes acima ou abaixo dessa escala. O som da corda baixa de um violão, por exemplo, ao ser pulsada, produz 32 vibrações por segundo numa faixa perfeitamente audível; não ouviremos, porém, o som de uma corda que produza somente quatro vibrações nesse mesmo espaço de tempo.
De igual modo não ouviríamos 50.000 vibrações num segundo, pois a nossa escala audível (que é variável de indivíduo para outro) vai aproximadamente até 32.000 vibrações por segundo. Alguns animais, como os cachorros, por exemplo, têm um alcance auditivo bem mais elevado que o nosso, alcançando ouvir numa faixa acima das 40.000 vibrações por segundo, portanto ouvem sons que para nós não existem.
Outras freqüências vibratórias diferentes das do homem são usadas normalmente pelos sentidos de alguns animais como: a vista telescópica das aves de rapina, o ouvido finíssimo dos gatos e outros felinos, o faro e ouvido dos cães, o olhar das corujas, para as quais não há obscuridade, constituem alguns exemplos do que afirmamos.
Podemos mencionar outras faculdades próprias de alguns animais que ultrapassam os meros sentidos, por exemplo, os pombos-correio, que podem ser considerados radiestesistas naturais, que captam através de um raio direcional a localização de seu ninho e, quando soltos a muitos quilômetros de distância, voam para ele em linha reta. Os morcegos possuem um radar natural que lhes permite desviar-se de qualquer objeto no escuro. Com as abelhas e outros insetos sucede o mesmo, pois possuem antenas emissoras e receptoras de mensagens através do éter, percebendo também as vibrações de perigo ou de situações anormais e estranhas. Muitos outros animais de maior porte possuem igualmente a telepatia e outras faculdades instintivas.
No homem, os sentidos captam uma pequena faixa de freqüência, sendo que uma enorme quantidade destas permanecem despercebidas para nós, parecendo-nos que essas ondas e vibrações simplesmente não existem, muito embora, os seus efeitos benéficos ou maléficos produzidos pela sua ação, se manifestem em nosso corpo físico ou psíquico. Algumas pessoas consideradas ultrasensíveis podem perceber com maior facilidade determinadas freqüências vibratórias fortes, chegando até a sentir calafrios, choques parecidos aos elétricos, mal-estar e outras manifestações físicas ao sentirem as freqüências vibratórias provocadas pelas radiações que vibram em faixas consideradas maléficas para a nossa saúde. Como exemplo disto temos as radiações de materiais "radiativos", as quais o nosso corpo não suporta praticamente nenhuma exposição. Foi comprovado que o prolongado manejo do pêndulo ou da forquilha também desenvolve a sensibilidade em alto grau, dando-se o caso de velhos radiestesistas que as vezes prosseguem em suas buscas mesmo sem eles.
Estes casos, porém são raros. O Abade Mermet, no seu livro, referindo-se a pessoas dotadas de faculdades extraordinárias diz: "É certo que certas pessoas excepcionalmente dotadas vêm no interior da terra a água e os diversos corpos como se a terra fosse transparente para elas. Estes raros casos de clarividência parecem dar maior amplitude à sensibilidade, mas são o resultado de uma sensibilidade singularmente acrescida" (vide "Comment J'Opere", Paris, fls. 56, da 2a edição). Os efeitos das radiações, em nosso organismo, podem ser benéficos (RB), maléficos (RM), ou neutros (RN), parecendo que estes últimos são os que nos atingem com maior intensidade. Quando as radiações que atingem o homem são benéficas, estas produzem uma sensação de bem-estar físico e, normalmente, equilibram seu campo aurâmico, despertando emoções e pensamentos altruístas elevados, ao passo que as radiações maléficas nos causam desequilíbrio do campo aurâmico, irritações nervosas, mal-estar, insônias e até doenças graves intratáveis pela medicina tradicional, entre estas temos: o artritismo, a diabetes e o câncer. Muitos cientistas do século XX têm visto o fenômeno radiestésico com certo preconceito, ceticismo ou zombaria. Albert Einstein cosiderava, porém, a radiestesia fascinante, concluindo que o eletromagnetismo da Terra era o responsável pelos efeitos físicos produzidos por esta.
O Prof. Joseph B. Rhine. da Duke University, propôs que se considerasse a radiestesia relacionada aos poderes do espírito do que com as forças físicas. Charles Richet, Prêmio Nobel francês, diz: "A radiestesia é um fato que teremos que aceitar". O mais ilustre cientista a investigar os princípios físicos da radiestesia é o Prêmio Nobel Alexis Carrel, do Instituto Rockfeller, que se dedicou por mais de 45 anos ao seu estudo, proclamando abertamente: "O médico precisa detectar em cada paciente as características da sua individualidade, a sua resistência às causas das enfermidades, a sua sensibilidade à dor, o estado de todas as suas funções orgânicas, o seu passado bem como o seu futuro. Ele deve manter o espírito aberto e livre para certos métodos não ortodoxos de investigação e deve lembrar-se, neste caso, de que a radiestesia é digna da mais séria consideração".
O poder do pêndulo é a redescoberta e a revelação de antigos poderes adivinhatórios de sacerdotes e sábios que naqueles tempos os cobriam com certo halo de mistério, e os detentores desses conhecimentos os guardavam cuidadosamente. Mas ao vir à luz para um maior número de pessoas, seu acesso foi facilitado devido a quebra das barreiras provocadas pelas muitas pesquisas de cunho científico, que proporcionaram uma série de informações espontâneas e precisas, e acabaram por beneficiar de forma significativa a vida de um determinado indivíduo, prevendo possíveis doenças ou influências energéticas negativas, ajudando-o a tomar providências nas situações anormais presentes, corrigindo os desvios e a possibilidade de eliminar incertezas e dúvidas nas tomadas de decisões, melhorando muito a qualidade da vida e do trabalho e contribuindo para a valorização da própria vida humana desse indivíduo. A palavra radiestesia era conhecida na França desde 1929; no início do século era chamada de zahorismo, rabdomancia ou arte das varetas.
A indicação da palavra radiestesia para a operação desse sistema geomântico foi atribuída ao Abade Bouly que a chamou de "zahorí", nome dado a alguns pesquisadores de poços artesianos que procuravam veios de água nas vizinhanças de uma aldeia de Hardelot, utilizando para tal uma forquilha de avelã. As raízes da palavra radiestesia vêm da palavra latina radius = radiação e da palavra grega aisthesis = sensibilidade. Na Inglaterra, costumava-se usar a palavra inglesa dowsing para designar as pesquisas de água ou minerais com a ajuda das varetinhas de avelã ou de um pêndulo, e o termo chinês "feng shui" passou a ser usado para determinar a prática de harmonizar ou encontrar o equilíbrio energético das casas. A radiestesia pode ser considerada como uma habilidade de sentir certas radiações cuja natureza está saindo do campo teórico para entrar no campo prático dos testes e das comprovações.
Essa energia se manifesta em todos os homens de forma tão pessoal, que se torna difícil falar sobre ela de forma aceitável para todos, pois dependendo de uma posição muito racional, alguns a rejeitam como ilógica, ao mesmo tempo que outros pesquisadores mais analíticos não só aceitam sua existência como procuram dedicar-lhe parte de seu tempo para verificar as suas propriedades e uso. Podemos considerar a radiestesia como uma arte instintiva que pertence ao domínio da Psicofisiologia e Psicologia. Em outras palavras podemos dizer que radiestesia é "a sensibilidade natural que apresentam os homens a diversas freqüências, radiações e ondas energéticas". Hoje, na Europa (especialmente na França e na Alemanha), EUA, Canadá e alguns países da América do Sul já existem médicos que complementam sua ciência com a radiestesia, reunindo-se em sociedades, demostrando assim o alto conceito com que abordam as possibilidades da radiestesia ser um valioso auxiliar no diagnóstico médico, especialmente "na prevenção das doenças". As referências históricas sobre o "feng shui"e a radiestesia, remontam a noite dos tempos devido ao aproveitamento da sensibilidade geomântica de alguns povos que habitavam certas regiões geralmente áridas tendo a necessidade da procura de água para suprir suas necessidade de abastecimento e uso na agricultura uns aos outros.
O "feng shui"e a radiestesia possuem uma vasta área de aplicações, sendo usado inicialmente para localizar fontes de água, poços artesianos e jazidas subterrâneas de minérios; posteriormente seu uso foi ampliado para a procura de tesouros ocultos, objetos perdidos, localização de jazidas, localização de pessoas, para a obtenção de respostas comerciais objetivas (na engenharia, por exemplo é usado para saber a profundidade e localização de poços artesianos, além das informações adicionais sobre problemas em estruturas e escavações de fundações).
São usados também na agricultura e horticultura para a determinação das épocas mais propícias para iniciar os cultivos ou para procurar as possíveis fontes e nascentes a serem usadas na irrigação; os criadores de galinhas (especialmente do Japão) usam para determinar o sexo dos pintos ainda nos ovos (com um índice de acertos acima de 90%) e inclusive para o uso bélico (como descobrir granadas e minas enterradas, localização de submarinos através de mapas de regiões oceânicas etc). Para muitos chineses o "feng shui" é considerado uma arte, para outros uma ciência, pois o método possui suas características peculiares de pesquisa, com as quais determinam-se a existência de anomalias energéticas localizadas em residências, locais de trabalho, jardins, terrenos e outros locais específicos situados em rios, vales e montanhas.
Ao ser utilizado o "feng shui" para determinar quais são os ambientes mais propícios, a correta distribuição dos móveis, o uso das cores e da decoração de uma casa ou de um escritório, deverá ser utilizado, em primeiro lugar, uma séria pesquisa radiestésica em todos os ambientes da casa a fim de localizar-se as correntes energéticas chamadas genericamente de energias "telúricas", verificando-se também os tipos de influência positiva ou negativa que estas exercem no local, bem como sua localização exata, sua forma e a direção como circulam nesses locais.
Em geral, estas energias funcionam da mesma forma que no corpo humano, no qual os órgãos internos mantêm entre si um estreito relacionamento que pode sofrer a influência externa das energias que nos rodeiam interferindo no nosso campo bioenergético de tal forma que o nosso corpo possa aceitar ou rejeitar a influência energética dos objetos externos, sejam estes de uso pessoal como roupas, adornos (metais, pedras, produtos sintéticos), os quais cada um possui seu próprio campo energético devido às suas cores, sua composição química, a imantação natural provocada pelo biomagnetismo derivado do contato e manuseio de outras pessoas etc. Podemos também ser influenciados energeticamente por objetos de uso interno como metais implantados no corpo (obturações dentárias, pinos e placas metálicas nos ossos) alimentos, remédios etc.
O leitor que se dedicar com certa regularidade à prática racional do "feng shui" ficará deveras surpreso com o rápido desenvolvimento de suas habilidades geomânticas, que lhes permitirão determinar as energias que coexistem no seu habitat, provocados pelas energias telúricas procedentes dos cruzamentos de correntes de águas subterrâneas, da posição da casa ou apartamento, da disposição dos móveis, da decoração, dos aparelhos eletrônicos, dos vasos de plantas, dos jardins internos e externos, bem como fazer o diagnóstico do funcionamento de todos os órgãos e sistemas vitais de uma pessoa ou dos seus familiares, verificando seu estado e sua saúde (na situação presente e num futuro próximo, pois qualquer doença, ou problema que atinja o nosso corpo físico se manifestará primeiro no nosso campo energético, passando depois para o corpo físico).
Podem ser verificados também todos os produtos que o corpo aceita ou rejeita, bem como saber se um determinado remédio prescrito é eficaz ou não para o paciente; a mesma coisa é válida para testar alimentos, adornos e jóias, tecidos e cores de roupas que pretendemos usar, perfumes e produtos de beleza adequados ou não etc. Aqueles que levam a sério os estudos geomânticos, especialmente na área terapêutica, perceberão que poderão dispor de um poderoso instrumento para pesquisar as energias vitais, que são o sustentáculo do homem.
Esse conhecimento pode ser considerado como a ponta de um "iceberg", que acaba levando o estudioso a se interessar pelo estudo das fontes de outras energias, que contribuem para a manutenção da vitalidade do homem, tais como: a acupuntura, a aerofitoterapia, a argiloterapia, o cinquatsu, a cosmoterapia, a cristaloterapia, a cromoterapia, o do-in, os florais de Bach, os oligoelementos dos florais brasileiros, a helioterapia, a massagem psíquica, a musicoterapia, a piramidoterapia, a quiroprática, o shiatzu etc.
O "feng shui" e a "radiestesia" foram acolhidos pelos cientistas que os integraram numa nova ciência chamada Geobiologia que teve grande desenvolvimento em vários países europeus, especialmente na Alemanha e Suíça, onde se fundaram institutos de pesquisas para os estudos geomânticos; entre os principais temos: o Instituto Hartmann em Heidbelrg (Alemanha); o Instituí de Recherches Geobiólogiques em Genebra (Suíça); o Institut de Recherches en Géobiologie em Chardonne (França), o Centro Mediterrâneo de Estúdios Geobiológicos em Benicarló (Espanha) e muitos outros centros de pesquisa na Dinamarca, Inglaterra, Itália etc. A maioria dos visitantes ocidentais que estiveram na China desde o início do século, assimilaram alguns costumes locais e tomaram conhecimento das tradições chinesas, comprovando que a radiestesia que se iniciava naquela época na Europa já era usada pelos chineses há milhares de anos sob a denominação de "feng shui"; para os chineses era o compêndio da sabedoria dos seus ancestrais, o resumo dos antigos conhecimentos que resultaram de longos períodos de profundas análises e observações sobre o relacionamento entre o homem e a natureza, cuja essência expressa a relação harmoniosa entre o ser humano e o seu habitat. O "feng shui" era considerado também um sistema de realização pessoal.
Na China funciona da mesma forma hoje, como nos primórdios dessa magnífica civilização. A convivência dos estrangeiros com os praticantes chineses do "feng shui" forneceu-lhes informações sobre sua prática e princípios que poderiam modificar a visão do mundo e das pessoas com relação aos locais onde elas moram, melhorando o ambiente do lar, os relacionamentos com as outras pessoas, podendo em alguns casos até prever o futuro ou também afetar radicalmente seu estilo de vida.
Vários autores ingleses no início do século escreveram sobre o "feng shui", por considerá-lo uma novidade, por questioná-lo ou para combatê-lo; porém todos contribuíram para divulgar de certa forma a sua prática no ocidente. A arte do "feng shui" pode ser considerada inconsistente para nós ocidentais porque estamos acostumados às grandes conquistas tecnológicas, fruto de pesquisas executadas por modernos centros tecnológicos e renomados laboratórios de multinacionais, que, em geral, dispõem de enormes recursos financeiros, que amortizam esses estudos com a comercialização de suas descobertas.
Na China não é bem assim, pois quando se pretende alterar qualquer aspecto referente à vida, costumes ou conforto das pessoas, sempre são mantidos os métodos tradicionais e o cumprimento dos seus princípios filosóficos. Por essa razão o enfoque tecnológico para a evolução de suas ciências naturais e as descobertas científicas se desenvolveram dispensando o uso de qualquer aparelhagem ou instrumentos usados normalmente no ocidente, como dissecar corpos de animais, ou realizar experiências e análises de substâncias químicas ou orgânicas. Os sábios da antiga China somente utilizavam para suas experiências práticas uma grande dose de paciência, observando cuidadosamente os fenômenos da natureza, que eram devidamente registrados em meticulosas anotações que relatavam os resultados de suas observações.
Dessa forma criaram uma ciência que reúne a consciência interior com as antigas tradições, valorizando especialmente as forças da natureza. Hoje, no mundo inteiro, muitos homens e mulheres adotaram os princípios geomânticos da radiestesia ou do "feng shui" para transformar suas casas poluídas energeticamente em casas saudáveis, porque essas são consideradas uma espécie de corpo humano, no qual os olhos, o nariz e a boca são como as janelas, as portas e os outros acessos que permitem que a energia vital possa fluir livremente pela casa. Dessa forma, podem ser determinados os locais da casa onde se concentram as energias que podem influenciar positiva ou negativamente a harmonia da vida, da saúde, da riqueza e da felicidade das pessoas que moram nesse local.
Essa energia vital que corre pelos meridianos do nosso corpo, também atua fora dele sendo chamada tradicionalmente pelos orientais de "Ch'i" e no seu aspecto negativo é chamada de energia "Sha". As duas energias existem por toda parte e nós nos encontramos mergulhados nelas e, sabendo manipulá-las podemos aproveitá-las modificando suas características em nosso benefício somente pelo fato de distribuí-la de forma correta, reorganizando os aposentos, a mobília e a decoração da nossa casa, de acordo com os princípios do "feng shui".
Os atuais estudiosos dos conceitos tradicionais chineses do "feng shui", mantêm os princípios propostos pelos ancestrais que após milênios de observações e experiências, obtiveram resultados altamente positivos na aplicação desses conceitos, em especial na orientação física do projeto das casas, bem como na disposição dos móveis que, conforme verificaram, influenciam realmente de uma forma positiva ou negativa as pessoas que nelas moram, contribuindo para criar ambientes que podem acalmar, estimular, relaxar, como também irritar ou adoecer seus moradores.
O simples fato de mudar alguns móveis do lugar, a posição da cama, a combinação de cores de móveis, distribuir a decoração de outra forma, ou mudar a combinação das cores da decoração e dos enfeites, trocar as cores do seu revestimento, mudar as cores das paredes pode ser muito positivo e diminuir muitos inconvenientes aos moradores dessa casa, como: problemas econômicos, problemas de relacionamento, problemas no casamento e até problemas de saúde que, de uma certa forma, podem ser atribuídos à casa quando são ignorados os princípios do "feng shui".
Outros fatores que podem influenciar positiva ou negativamente uma casa e seus moradores são: a sua localização, sua posição no bairro, o ambiente criado pela posição das construções, vizinhas ou da própria natureza como vales, colinas, rios ou estradas que a cercam e que podem canalizar ou afastar o fluxo das energias vitais do "Sha" na direção da casa.