De uns anos para cá, um tipo de meditação ficou bastante popular no Ocidente: a chamada mindfulness, o que pode ser traduzido como “atenção plena”. Enquanto a meditação clássica consiste em focar na respiração e não pensar em nada, a mindfulness envolve colocar toda a atenção no que estamos vivendo e sentindo naquele momento, sem julgamentos. Em vez de buscar um nível de transcendência, aqui se busca estar plenamente presente.
Pesquisas já haviam comprovado que essa prática era benéfica para a saúde e a mente das pessoas. Agora, um estudo da Universidade Carnegie Mellon (na Pensilvânia, EUA) conseguiu, de acordo com o professor e autor J. David Creswell, “uma das primeiras explicações biológicas baseadas em evidências” para isso.
E tudo se deve à redução do stress que essa meditação promove. Quando uma pessoa está estressada, a atividade no córtex pré-frontal (área do cérebro responsável pelo pensamento consciente e planejamento) diminui, enquanto a atividade na amígdala, no hipotálamo, e no cíngulo anterior do córtex – regiões que ativam respostas ao stress – aumentam.
A meditação mindfulness inverte esses padrões: ela aumenta a atividade pré-frontal, o que pode regular e “desligar” a resposta biológica ao stress. Isso torna possível reduzir o risco e a gravidade de doenças ligadas a essas respostas, como depressão e problemas do coração.
Creswell acredita que, ao entender como esse tipo de treinamento da mente afeta diferentes doenças e distúrbios, os pesquisadores serão capazes de desenvolver melhores tratamentos e trabalhar com os que já existem de forma mais eficaz.
Passo a passo da meditação Mindfulness
1. Tire um tempo para você Para começar, tente reservar de dez a 20 minutos por dia para a prática. Lembre-se de que você nunca será capaz de ficar muitas horas em estado de Mindfulness. A mente humana é programada para vagar.
2. Relaxe Sente-se ou fique em pé de forma confortável em um lugar quieto e respire naturalmente.
3. Use o que você tem O próximo passo é tentar levar a consciência do aqui e agora para cada atividade do dia. Por exemplo, repare na temperatura da água e no movimento de suas mãos enquanto lava louça. Foque-se em como as cerdas da escova de dentes tocam a sua gengiva…
4. Veja as possibilidades Você pode experimentar Mindfulness em diferentes ocasiões – como em uma discussão com uma amiga. Pratique a consciência respiratória e depois, mesmo no ápice do conflito, esteja atenta à respiração, ao corpo e às emoções. Permaneça no momento, em vez de já ficar bolando como você responderá a alguma ofensa. Isso vai ajudá-la a ser uma melhor ouvinte e a evitar dizer algo de que se arrependerá depois.
5. Saiba como parar Se em qualquer momento você se sentir frustrada, volte à etapa Respire. Observe o que está acontecendo dentro e em volta de você. Em seguida, prossiga com o que está fazendo. Sua condição emocional se tranquilizará.
Você está lendo aqui a transcrição e tradução de um TEISHO (1), ou seja, de um ensinamento oral que foi dado por Roshi Albert Low, em um retiro no Centro Zen de Montreal no Canadá.
Uma pessoa pergunta : Todos os professores aconselham a prática da meditação. Qual o objetivo da meditação ?
Não uso a palavra meditação da mesma maneira em que é usada de maneira geral. A maioria das pessoas entendem o Zen como um treinamento de meditação.
As pessoas perguntam : Você ensina meditação no centro zen de Montreal? Respondo que sim.
Mas, na verdade, se falarmos de maneira mais precisa, a meditação é um dos aspectos da prática do zen budismo. Concentração e contemplação são os outros dois aspectos. Se você colocar esses 3 aspectos em um triângulo, a contemplação estará no ápice do triângulo e a meditação e a concentração na base do triângulo.
Concentração significa com um centro e significa com energia. Um centro é algo que é energizante. E é algo que perdemos de vista em nossa sociedade. A ausência de um centro nas construções de cidades ou nas habitações é algo que realmente prejudica o bem estar global das pessoas.
A relação que temos com tudo e com todos se torna flácida e periférica. Nada vai a lugar nenhum em nossas cidades modernas. Porém, na história da humanidade, reconhece-se a necessidade dese ter um centro. Na maior parte das sociedades, muita atenção é dada a rituais e cerimônias para o desenvolvimento do poder do centro.
Há um livro muito interessante sobre arte e arquitertura, de autoria de Rudolf Arheim[2], no qual ele aborda o poder do centro. Excelente livro.
Concentração significa com um centro. Em nossa prática, tentamos, entre outras coisas, encorajar as pessoas a sentarem de uma maneira que elas tenham um centro de gravidade baixo. O centro de gravidade se localiza no hara. Não é exagero afirmar que se a pessoa não trabalha a partir do hara, será difícil aprofundar a prática ou desenvolver uma estabilidade na prática. Se a pessoa trabalha a partir desse centro de gravidade natural, haverá então uma concentração natural. Naturalmente a mente da pessoa se tornara focada.
Meditação quer dizer com pensamento. Segundo nossa compreensão, quando uma pessoa medita, isso quer dizer que ela pega um tema ou ideia ou alguma frase de um professor ou mestre e permite que aquela ideia ou pensamento flua ou flutue na mente.
Quando falamos de concentração, falamos de algo altamente energético e centrado. Em contrapartida, a meditação é mais difusa. Ela permite a mente relaxar e se tornar mais fluida e flexível. Quando uma pessoa medita, recomendamos que ela leia um texto por exemplo do livro I AM THAT (Eu Sou Aquele), de Nisargadatta ou um texto de Ramana Maharshi ou qualquer livro que tenha sido escrito ou ditado por uma pessoa desperta, iluminada. Leia apenas algumas frases e permita que a mente trabalhe com isso, permita que a mente descanse, que permaneça nisso. Então, leia um pouco mais e permita a mente de permanecer nas frases.
É uma ótima ideia fazer uma atividade qualquer com as mãos, como crochet e meditar ao mesmo tempo. Obviamente não é o que a gente faz quando está sentado em zazen mas é algo que a gente faz no cotidiano.
Meditação é uma maneira de refrescar a mente. É uma forma importante de se estimular a fé na verdade de que você é além de todas as formas.
Mas, há também a contemplação. Na contemplação, a pessoa se torna UM com a prática. Se sua prática é acompanhar sua respiração, a comptemplação é smplesmente permitir a respiração respirar. Dizemos frequentemente que você deve tornar-se um com seu koan, com sua prática. Isso significa abandonar toda e qualquer ideia de separação. Naturalmente, você é UM com tudo porque tudo é sua própria manifestação : as paredes, as ruas, as nuvens, o céu, o som dos pássaros e o som do trânsito. Tudo isso é manifestação sua, naturalmente você é UM com tudo. Mas nós damos as costas ao fluxo do rio, porque nos establecemos redemoinhos. Quando damos as costas ao rio geramos o sentimento de sermos um eu individual isolado.
Mas é esse sentido de eu-isolado que é o problema principal, o sofrimento. É desse sentidoilusório de eu-isolado que devemos abrir mão.
Devemos permitir que esse sentido de eu se dissipe para que possamos voltar para casa para nosso estado verdadeiro de completude. Vemos que, na verdade, tudo é nossa própria manifestação.
De todas as formas, nos usaremos aqui o termo meditação da maneira com a qual Nisargadatta[3] o usa e em geral realizará que ele se coloca no centro destas diferentes maneiras de falar.
Uma pessoa pergunta : Todos os professores aconselham a prática da meditação. Qual o proposito da meditação ?
Nisargadatta responde : Nós conhecemos o mundo externo das sensações e ações, porém, sabemos muito pouco sobre nosso mundo interno de pensamentos e sentimentos. O primeiro objetivo da meditação é se tornar consciente e íntimo de nossa vida interna. Porém,o mais alto objetivo da meditação é de se chegar à fonte da vida e da consciência.
Conhecemos o mundo externo de sensações e ações. Até mesmo nosso mundo de pensamentos e sentimentos, nós o conhecemos de fora. Quando olhamos para o mundo, nós vemos coisas e ouvimos coisas e somos capturados pelas formas que vemos. Quando vemos o mundo, as coisas no mundo, permitimos que suas formas se transformem em sua própria realidade.
Você vê uma cadeira. Para nós, a cadeira é algo em si próprio. Existe por si mesmo. Da mesma forma, vemos uma mesa, uma casa, uma pessoa. Quando vemos essas várias coisas, as vemos tendo uma existência própria, um ser próprio. Uma das dimensões que nos permite fazer isso é o uso das palavras. Em geral, palavras são etiquetas. A palavra mesa é uma etiqueta que associamos a essa forma que estamos vendo. Mas, na verdade, isso só é verdade depois que nós analisamos nossos processos de pensar e perceber. No início, a linguagem dá existência ao mundo, ou seja, faz o mundo existir.
Os antigos bruxos eram pessoas que criavam o mundo a partir de palavras. É difícil para nós compreendermos isso, pois nos tornamos muito indiferentes às palavras. Nós estamos tão sobrecarregados de palavras que elas perderam o valor de seu significado real e intrinseco.
É difícil para nós hoje apreciarmos as propriedades mágicas das palavras.
Mas os feiticeiros, poetas e contadores de estórias eram aqueles que circulavam cantando as lendas da tribo. Eles tinham um papel central naquele tipo de sociedade.
Nós adoramos inventar e contar estórias : Você não sabe o que me aconteceu quando eu estava a caminho daqui ! Tenho que te contar ! É demais !
E assim vai. Desenhamos para o ouvinte toda uma situação. Fazemos com que a situação sobressaia por um breve momento, damos vida a ela e quando a estória termina, tudo se desvanece e submerge de volta no riacho do ser.
Vemos o mundo assim, como um riacho, um mar, um oceano do ser indiferenciado mas interpenetrante. Nesse oceano do ser, nós damos ênfase a algumas das ondas, damos nomes a elas, as agarramos, as cristalizamos e por aquele momento, aquelas ondas que nós cristalizamos se tornam o mundo. Nós estamos rodeados de coisas e pessoas, mas na verdade nós estamos cercados de ondas cristalizadas, ondas temporariamente fixadas em suspensão.
Isso é tão habitual que nós tomamos isso como certo. Shakespeare fala que nós estamos rodeados de um pálido molde de pensamento. Um molde pálido, como se fosse um molde de plástico, quando você quebra seu braço e ele é condicionado dentro de um molde de plástico suspenso por uma tipóia. Isso é o que Shakespeare quer dizer quando afirma que estamos rodeados por um pálido molde de pensamento.
Nossa vida toda está enterrada sob essa camada superficial e rígida de atividade verbal. Isto acontece sobretudo nas universidades e principalmente na área de humanas. A área de humanas é o departamento de psiquiatria do mundo acadêmico !
Nisargadatta diz : Todos conhecemos o mundo de sensações e ações.
O que conhecemos é esse mundo moldado em plástico. Um mundo congelado. Nós conhecemos nossas emoções, mas quando Nisargadatta diz que sabemos muito pouco sobre nosso mundo interno de pensamentos e sentimentos, há muita gente que discorda e diz : Eu não entendo muito bem minha ansiedade ! Eu nunca consigo me livrar dela !
Mas é esse o problema. A pessoa conhece a ansiedade de modo formal. Conhecemos a ansiedade como algo do qual temos de nos livrar, queremos calar a ansiedade, nos livrar dela, fugir dela e, em síntese, nos dissociarmos dela.
Mas, quando Nisargadatta diz : O primeiro objetivo da meditação é se tornar consciente e íntimo de nossa vida interna.
Não estamos falando do tipo de intimidade que adquirimos através da maioria dos psicólogos. A maior parte dos psicólogos estão preocupados com dar nomes aos bois. Isso equivale a quase ganhar, quase acertar. Se você quer controlar o diabo, dê um nome ao diabo. Se vocês já se interessaram em magia, especialmente a magia da evocação, a magia de Aleister Crowley[4] : ações que não são descritas são ameaçadoras.
Dar nomes às coisas. Lembre-se de que quando Jesus encontrou o menino que estava possuído, a primeira coisa que perguntou foi : Qual é seu nome? E o demônio disse : Nosso nome é legião.
Qual o seu nome? Dê um nome ao diabo. Há épocas em que não se dizia o nome de Deus porque isso seria trazer Deus para o reino das coisas e seres e assim poder controlá-lo.
Então, nós não estamos dizendo que a psicologia está errada. Mas, esse não é o caminho do Zen. Conhecer sua vida interior significa que você conhece sua vida interior em toda sua fluidez, seu movimento, em toda sua capacidade de união e dissipação. Permitir que essa vida interior seja livre.
Tomemos como exemplo a prática de observar a respiração. Insistimos constantemente : você está seguindo sua respiração[5]? A maioria das pessoas está trabalhando na prática da respiração da mesma forma com que tentam viver suas vidas. Você tenta fazer com que algo aconteça através de sua prática da respiração. Você tenta controlá-la. Você tenta produzir um efeito de um certo tipo ou outro, através da prática. Você quer fazer algo. Você quer obter algo :Me dê paz! Me dê algo! Me dê estabilidade! Faça com que eu me sinta concentrado!
Há todo tipo de exigência que as pessoas colocam por cima de sua prática da respiração. Essa atitude perpetua o moldar a vida nesse pálido molde de pensamento. Congelando a vida, tornando-a rígida.
Então, um dos propósitos da meditação – se você trabalha com um koan[6], ou com a respiração ou em shikantaza[7]. – é de se permitir a flexibilidade da mente.
Há um mestre zen que nos incita a práticar de um modo flexível e oco[8]. Na verdade, esse mestre emprega um termo chinês, um termo intraduzível. O tradutor optou então por duas palavras :flexível e oco. Especialmente na prática da respiração, você deve vivenciá-la de modo flexível e oco.
Em outras palavras : não há respiração. Não existe algo chamado respiração. Não faça com que a respiração seja algo. Algumas pessoas imaginam a respiração entrando no nariz e passando pela larinx e em seguida indo para os pulmões. Outras pessoas se focam em observar a barriga subindo e descendo. Outras pessoas se atêm a coisas diferentes. Umas querem imaginar ou visualizar os números enquanto os contam. Fazem de tudo para transformar a prática em algo palpável : classificá-la, fixá-la, torná-la sólida.
Tudo se resume a essa flexibilidade e esse espaço oco de ser nada em si mesmo. Desde sempre todos os seres são Buda[9]. Desde sempre, nada tem existência própria, em si mesmo. Nem mesmo a respiração. Quando a pessoa permite que essa verdade emerja, então naturalmente ela vê que não existe pessoa nenhuma respirando.
Esse maravilhoso haiku fala disso : Não ha ninguém caminhando nesse caminho nesse início de noite de outono.
Quando você está sentado, você está acompanhando sua respiração, na verdade não há ninguém acompanhando a respiração. Não há ninguém. Não é como se não houvesse ninguém. Ao contrário !! Nós agimos no nosso cotidiano como se houvesse alguém agindo!
Toda nossa vida é baseada no COMO SE !
Como se eu fosse algo a parte do mundo. Como se o mundo fosse feito de coisas individuais isoladas. Mas o mundo é uma só pérola brilhante! A unidade do mundo inclui aquele que conhece esse mundo todo. Abrir-se, tornar-se familiar com a verdade da totalidade. Totalidade não significa uma humanidade estúpida. Totalidade significa uma totalidade cintilante, brilhante, viva, vibrante que é a sua própria natureza enquanto mundo. O mundo enquanto sua verdadeira natureza. Sua verdadeira natureza enquanto mundo.
Então, o primeiro objetivo da meditação é de descongelar, dissolver. Você não resolve seu koan, você o dissolve. É uma dissolução. E não é se identificar com ele. Não se trata de compreender. Não se trata de compreensão, nem de juntar pecinhas de um quebra cabeça. Não é esse o trabalho com o koan. Todos os koans te convidam a entrar no lar da totalidade.
Nisargadatta afirma : O propósito final da meditação é o de se alcançar a fonte da vida e da consciência.
O que é essa fonte de vida e consciência? E como podemos alcançá-la?
Obviamente, essa fonte é conhecida como o EU, Deus, Consciência Cósmica, Atman, Brahman, Alá. Todas essas palavras fixaram essa fonte, tornando-a uma coisa.
Uma das coisas terríveis que a religião popular faz é transformar tudo em ídolo. Tudo, cada palavra do Novo Testamento tornou-se um ídolo. Uma forma fixa. Literal. Isso significa aquilo. Isso não pode significar aquilo outro. E eu torturarei você até você morrer se você pensar que isso significa aquilo e não isso.
O que é essa fonte? Ela é intangível[10], inconcebível! Quando as pessoas ouvem isso, elas sentem-se abatidas porque no fundo elas querem segurar, conceber, ter, colocar as coisas em categorias e pendurá-las na parede, nomear as coisas e ter certeza de que eles « possuem » as coisas.
O que é essa fonte? O que é essa fonte de luz, amor e vida? O que é?
Eu sou o caminho, a verdade e a vida[11].
O que é isso?
Eu sou a luz do mundo[12]. O que é isso?
Isso é o que você está perguntando, quando você questiona : QUEM SOU EU? Essa sede. É por isso que dizemos que quando você está praticando com a pergunta QUEM?, pratique junto com a respiração. Cada expiração, permita que seja QUEM. Dentro de cada respiração, permita que ela seja QUEM? Permita que seja QUEM? Respirando. Permita que seja QUEM? expirando. Desta maneira, haverá essa qualidade flexível-oco. Você não tentará se agarrar a nada. Nem pegar nada. Tem de haver o questionamento. Sem o questionamento, não há prática.
O próprio questionamento é sentir saudade, fiar, necessitar, desejar, ter esperança. Ou é esse doar, esse germinar. É essa sensação de frustração, desespero, confusão. É isso. Desespero para doar, para germinar. É simplesmente a vida congelada em conflito consigo própria. Quando é liberada, dissolvida, quando é permitido que a vida seja o que ela é inerentemente : inconcebível, imcompreensível, todos esses conflitos desaparecem por si mesmo. A fonte é revelada. Não algo. Não algo lá longe. Mas, a alegria pura de ser, o puro movimento em si mesmo de cada músculo.
Nisargadatta diz : A prática da meditação afeta profundamente seu caráter.
Veja bem, há a personalidade, que é evanecente. Bolhas. Como refrigerante. Bolhinhas eclodindo na superfície do líquido. Isso é a personalidade. Nunca a mesma, nem mesmo um segundo. Você encontra com um amigo e um tipo de bolha emerge. Você encontra com um inimigo e você é um outro tipo de bolha. Você recebe o formulário de imposto de renda, outro tipo de bolha. Você ganha um dinheiro inesperado e você já se tornou um outro tipo de bolha. A cada momento da vida, uma nova bolha. Uma nova resposta.
Abaixo das bolhas, há ondas enormes, como aquelas causadas por maremoto. Isso é o que em sânscrito é chamado vasanas, ondas da mente. Maneiras habituais de reagir. A maior parte desses modos habituais de reagir são modos pelos quais nós mantemos a sensação de sermos algo ou alguém. Por exemplo, ações físicas habituais que empreendemos. Respostas precisas a momentos difíceis. Maneiras precisas de se fazer coisas. Por isso pedimos às pessoas não se mexerem quando estão fazendo zazen para que elas não possam fazer esses gestos naturais, esses movimentos.
E então, há esses sentimentos, essas emoções. Muitas pessoas estão presas em um estado crônico de raiva. Ou um estado crônico de ansiedade. Um estado crônico de auto-crítica. Um tipo de onda que usamos para nos golpear constatemente para nos assegurarmos que ainda estamos vivos. E há ainda os pensamentos habituais, os enredos que nos desenrolamos em nossas cabeças de novo e de novo e de novo e de novo. Regurgitamos as mesmas memórias. E ainda há as mesmas aspirações, quase sempre irrealistas, ilusórias. Isso é o que chamamos de caráter da pessoa. Claro, estamos olhando o lado negativo. Há o lado positivo : generosidade, paciência, coragem e etc.
É o lado negativo que é o problema porque ele pressupõe um congelamento.. Se você já esteve na beira do mar, você pode ver essas pequenas ondulações da água, um plissado do mar. Quando o mar recua da areia ele deixa a marca desse plissado na areia e a próxima vez que o mar acaricia a areia, ele se deixa imprimir desses mesmos plissados e deixa na areia os mesmos plissados novamente quando ele recua. Os plissados são padrões fixos. A maior parte dos psicólogos trabalham com a personalidade. Com os efeitos do caráter.
Mas quando a pessoa pratica zazen, significa que esses padrões fixos e profundos começam a dissolver. O que a maior parte das pessoas não entende é que a prática da meditação não é uma prática que te leva direto ao paraíso. Meditar não equivale a um bilhete só de ida para o paraíso. Nem entrar no paraíso usando botas. Ao contrário. A maior parte dos mitos falam da viagem que o herói faz no submundo. Invariavelmente durante a aventura do herói ou da heroina, há uma passagem pelo inferno.
Quando começamos a liberar esses gargarejos da mente, quando começamos a liberar essas gárgulas[13] da mente, pode ser bastante perturbador. Causa muita ansiedade nas pessoas, depressão e etc. Por isso é importante ter um professor com quem você possa trabalhar e que ajuda você a negociar com esses momentos mais difíceis da prática.
Essa fase pode ser muito difícil : quando a pessoa está dissolvendo esses aspectos mais profundos da personalidade ou do caráter, por assim dizer, flexibilizando ao mesmo tempo que mudanças profundas estão ocorrendo.
Nisargadatta diz : Nós somos escravos daquilo que não conhecemos. E mestres daquilo que conhecemos. Nós superamos todo vício ou fraqueza que descobrimos e entendemos conhecendo-os. O inconsciente dissolve quando trazido à consciência.
Essa pessoa[14] realmente se recusa a usar a palavra « inconsciente » Nossa sociedade adora a palavra « inconsciente ». Adoramos a ideia do inconsciente. De alguma forma, ele nos dá direito a sermos irresponsáveis : Eu fiz isso inconscientemente.
Há sem dúvida lugar para a palavra inconsciente. Mas não da forma tão abrangente como é usada no momento pela maior parte dos psicólogos e filósofos. Há níveis de consciência, há níveis de despertar e podemos ver isso.
Por um certo ponto de vista, há níveis de consciência. Num outro nível, protestamos que não há nada disso e em um nível superior, concordamos novamente que sim, há distintos níveis de consciência. Tudo é consciência. Não importa o quê você encontre : experiência, sensação, emoção, qualquer coisa que você veja ou sinta, qualquer coisa que você ouça ou toque ultimamente é consciência.
Podemos dizer que há duas consciênias : você é consciente do mundo e você é consciente enquanto mundo. Você é consciente de sua consciência enquanto mundo. Você não tem como sair da consciência. Isso é o que significa quando afirmamos que o mundo todo é mente. Isso não tem nada a ver como Solipcismo porque o próprio sentido de EU SOU ALGO é em si consciência. Tudo é consciência. Em sânscrito é dito : Tudo é Boddhi. Buda. Todos os seres são Buda. Tudo é Buda, tudo é consciência, boddhi, conhecer.
Tudo é conhecer sobre conhecer; conhecer refletido em si próprio. Um pouco como o holograma. Façamos essa comparação sofisticada : um holograma é composto de padrões de interferência projetados em um raio de luz estável. Esses padrões de interferência são então fixados em um suporte, de forma que quando essa luz brilha de novo, esses padrões são refletidos de volta e você têm a impressão de estar vendo um objeto em 3 dimensões. Mas, na verdade é tudo luz. Luz refletida em cima de luz. Luz sobre luz.
O mundo todo é consciência refletida na consciência. Isso significa que quando uma pessoa permite que a consciência predomine ao invés de deixar predominar o conteúdo da consciência… por exemplo, supomos que você está ansioso. As pessoas, de um modo geral, têm somente consciência de que estão ansiosas. Às vezes nem isso. Às vezes elas dizem : Não sei porque, mas me sinto péssimo(a) ! Estou preocupado com tudo o tempo todo !
Em outras palavras, lutamos contra isso tempo todo. Rejeitamos. Eu não sei, eu não quero, eu não gosto, eu não vou. Quanto mais rápido engolimos uma pílula e nos dissociamos do que está acontecendo, melhor. Se você não tem pílula, você bebe álcool. Se você não bebe, você se cola na televisão. Tudo para escapar. Tudo para se dissociar, para tomar uma distância das coisas.
Mas há uma outra maneira : permitir que a consciência predomine ao invés de deixar predominar o conteúdo da consciência. A pessoa está consciente da ansiedade. E então, a pessoa vê que ela está consciente enquanto ansiedade. Ela vê que consciência e ansiedade formam um todo. Elas são uma só coisa do mesmo modo que a madeira da mesa e a forma da mesa são uma só coisa. A madeira e a forma não são o mesmo. A madeira da mesa não é a forma da mesa. A consciência da ansiedade não é a forma da ansiedade.
Se a pessoa se permite simplesmente estar consciente da ansiedade, então a primeira coisa que acontece é que todos os pensamentos que estão conectados à ansiedade começam a se dissipar. Eu digo : eu estou ansioso. Estou ansioso porque tenho uma consulta no médico e estou com dor e ele talvez diga que é câncer. A ansiedade não tem nada a ver com o câncer ou com a visita ao médico. O que há é essa condição primária de ansiedade. Essa condição primordial de insegurança.
Quando Buda diz que a vida é sofrimento, vida é dukkha[15]. Buda se refere à condição primordial de sofrimento que traduzimos em termos de raiva, ansiedade, depressão, etc. Temos vários nomes para essas condições. Mas, é a condição primordial da vida.
Quando digo que estou ansioso porque tenho de fazer isto ou aquilo ou que estou ansioso por causa de uma coisa especifica, na verdade o que tento fazer é cercear essa condição, dar uma forma à ansiedade, tentando transformá-la em algo e torná-la em alguma coisa que pode ser controlada. Ao menos eu sei de que se trata.
Por exemplo, quando você vai ao médico e ele diz : você tem donplibibot. Você pensa : ah, que interessante! E tudo fica bem, porque você tem agora um nome para a coisa. Pouco importa o que aquele nome significa. Sentimos que pelo menos há algo acontecendo ! Mas, quando você permite que a ansiedade seja ansiedade, há um movimento da resistência ao abandono. Permitir ser. E esse permitir ser é a consciência em si mesma. Ela é essencialmente permitir ser.
Por isso dizemos : permita que a respiração respire. Não seja separado da respiração. Não faça a respiração respirar. Torne-se UM com a respiração. Permita a respiração respirar. Permita que a consciência da respiração predonomine….. E é esse permitir que eventualmente dissolve qualquer ansiedade, raiva, depressão que você possa vivenciar. Uma das maravilhas que você pode fazer é parar de dizer : oh, estou muito ansioso. Simplesmente trabalhar com a ansiedade gradualmente. Precisa-se de muita coragem para fazer isso.
A coisa toda se resume a relaxar, a permitir ser. Quando a gente é persistente e se abandona realmente, então atinge um outro nível. Não digo que esse permitir vai acontecer rapidamente, dentro de semanas. Pode ser que leve meses ou anos e eventualmente chega um momento que você admite : Mas… eu não sou isso ! Eu não sou a ansiedade !
Pouco importa o tipo de medo. O pior dos medos. O pior dos medos é algo que está acontecendo. Não sou eu que está acontecendo. Eu não sou isso. Eu não sou o medo!
É como a estória da cobra. Você vê uma cobra. Um pouco mais tarde você vê que não era uma cobra e sim uma corda. E mais tarde você constata que são somente as cinzas da corda depois de ter sido queimada. É tudo que restou. Poeira e cinzas que se deixam varrer pelo vento.
Nisargadatta diz : Nós superamos todo vício ou fraqueza que descobrimos em nós, compreendemos suas causas e seu funcionamento. Nós os superamos através do conhecer. O inconsciente dissolve quando trazido à consciência.
Isso é o que os psicoterapeutas mais profundos são capazes de fazer. Não é uma contradição. Uma vez que os psicoterapeutas são capazes de ir além da necessidade de nomear as coisas e o desejo de se identificar com elas, então a transformação é possível.
Claro, a prática é extremamente difícil sem concentração, sem a meditação, sem a fé que é gerada em nós de que nós não somos uma coisa, que nós estamos além de toda e qualquer forma. Sem isso tudo, esse tipo de prática é extremamente difícil, provavelmente fora do alcance da maior parte das pessoas.
Quando estamos lidando com meditação, concentração e comtemplação, quando estamos trabalhando com zazen, estamos trabalhando com a própria substância da Realidade. Isso não é um joguinho. Trata-se da verdadeira porta de acesso aquilo que há tanto tempo queremos; aquilo pelo qual nutrimos nossas esperanças mais profundas. Permita-se penetrar nisso agora. Trabalhe de tal forma que no final do sesshin você sentirá que por dois dias você foi uma pessoa, uma pessoa verdadeira.
Doe-se a isso agora. Permita-se se tornar UM com essa prática do modo mais profundo possível.
[1] O presente teisho é classificado como 679-1de3-Nov.1999-Nisargadatta pelo Centro Zen de Montréal. Tradução de Débora Bolsanello, revisão de Alexandre Cursino e Yves Chalout.
[2] Arnheim, Rudolf. (1982) The Power of the center. University of California Press. EUA.
[3] Nisargadatta Maharaj nasceu em Bombaim, Índia em 1897. Aos 34 anos, Maruti foi apresentado por um amigo a Sri Siddharameshwar Maharaj, o líder do ramo Inchegeri, da filosofia Navanath Sampradaya. O guru lhe deu um mantra e algumas instruções e morreu pouco tempo depois. Em pouco tempo, Maruti iluminou-se e assumiu o novo nome de Nisargadatta. Tornou-se um homem santo e partiu de pés descalços para o Himalaya, mas, no caminho, encontrou com um outro discípulo de seu guru que lhe mostrou a inutilidade de se viver longe da civilização. Assim, ele voltou a Bombaim. Tendo o suficiente para viver, reassumiu seu pequeno negócio e construiu com suas próprias mãos seu próprio local de meditações onde recebia buscadores de todas as partes do mundo. Nisagardatta tornou-se conhecido internacionalmente através do livro “I AM THAT”, publicado em 1973 no estado North Carolina (EUA) e trata-se de uma coletânea de perguntas e respostas entre ele e as pessoas que vinham visitá-lo em sua casa.
[4] Edward Alexander Crowley, nascido em 1875 e falecido em 1947 na Inglaterra, é conhecido pelo nome de Aleister Crowley. Personagem rebelde e controverso, Aleister Crowley foi jogador de xadrez, alpinista, poeta, pintor, astrologo e adepto de drogas. Publicou livros sobre ocultismo e participou de várias sociedades secretas.
[5] Uma das práticas propostas pelo Zen é estar-se atento às fases de inspiração e expiração.
[6] Koan é uma questão enigmática que o mestre propoe ao discipulo como estimulo à prática. Ha muitos tipos de koan e 2 exemplos deles : QUEM SOU EU e MU?
[7] Shikantaza é uma palavra japonesa que significa `simplesmente sentar-se`. Shikantaza é um dos principios da escola Soto Zen, para a qual a meditação não deve servir à obtençao de beneficios individuais.
[8] É interessante observar que o bambu, um dos simbolos do zen, é flexível e oco (N do T.).
[9] Esta frase é parte da Cançao do Zazen, de Hakuin.
[10] Intangível e não inatingível (N do T).
[11] Palavras de Jesus.
[12] Palavras de Buda.
[13] As gárgulas são figuras monstruosas que, na arquitetura gótica das igrejas da Idade Média, têm a função de desaguadouro, ou seja, a parte saliente das calhas de telhados que se destina a escoar águas pluviais a certa distância da parede. O termo se origina do francês gargouille, originado de gargalo ou garganta, fazendo referência ao barulho do gargarejo. Existe também a versão de que essas figuras monstruosas são guardiões da igreja.
[14] Albert Low refere-se a si mesmo quando ele diz `essa pessoa`.
[15] Dukkha é um termo da língua Pali e em sânscrito, duḥkha. Trata-se de um conceito central do Budismo, traduzido por sofrimento, aflição, tristeza, dor, ansiedade, insatisfaçao, desconfrto, angústia, tensão, aversão, infelicidade. É também um termo árabe significativo : vertigem.
Reiki é uma palavra japonesa que significa “Energia Vital Universal”. O Reiki não é uma religião e nem uma crença. Ele abre novos caminhos para experiência espiritual e o aprendizado. Para receber a técnica do Reiki, a pessoa precisa passar por uma iniciação feita por um Mestre de Reiki. Essa iniciação é feita pela imposição das mãos em forma de uma concha, visualizando símbolos (secretos) entrando no corpo da pessoa.
Em uma iniciação a pessoa que vai receber o Reiki, fica em uma posição confortável, com a coluna reta para facilitar a absorção de energias. Geralmente durante as sessões muitos mestres de Reiki preferem ficar em silêncio para facilitar a conexão com seus mestres, seres superiores e outras energias. As posições são variadas, trabalhado atrás da cabeça e na frente. A duração de uma iniciação pode levar de uma hora a uma hora e meia, variando de mestre para mestre. Após esta iniciação a pessoa não precisa passar novamente por este processo para melhorar ou recuperar os seus canais de energia. A pessoa passa por uma grandiosa transformação, se tornando diferenciada das outras. Esta transformação permanece por toda a vida. Uma vez que você foi iniciado, a energia do Reiki é então, encaminhado através do corpo num passo correspondente à aquele que é necessário para a cura. O corpo humano ou animal, radia calor e energia. Essa energia é a força da vida chamada CH'I. O que cura é a energia do Cosmos (Ki ou CH'I) que é direcionada pelas mãos do praticante. A palavra CH'I quer dizer "ar, respiração, vento, essência vital, energia ativa do universo." CH'I ou KI é também a força vital da Terra, dos planetas, das estrelas, dos céus e das fontes de energia que afetam os corpos com a energia KI. A energia que sai das mãos do praticante de Reiki, é uma energia transformadora, trazendo o KI da Terra e dos Céus para dentro do corpo humano e animal.Na energia vital do Reiki, a pessoa que está sendo inicializada, fica com todos os canais de energia abertos e limpos de obstruções pela inicialização do Reiki. Na prática do Reiki, não há transmissão de nenhuma energia pessoal.
Dr. Mikao Ussui foi quem nos trouxe esta técnica. Ele era estudioso de manuscritos antigos, e procurava entender as estórias de curas milagrosas, que lhe contavam. Em busca de uma resposta em como usar o Reiki, decidiu subir o Monte Kuriyama e passou 21 dias meditando em jejum. No último dia, Dr. Ussui obteve uma resposta através de uma luz divina. Após descer o Monte Kuriyama, ele passou pela periferia e lá curou muitas pessoas.
Ele passou os seus ensinamentos para o Dr. Chujiro Hayashi, um médico da Marinha Imperial, que depois montou uma clínica de Reiki em Tokyo para pessoas que necessitavam de cura. Dr. Hayashi, dividiu em etapas os ensinamentos do Reiki que lhe foi passado, assim facilitando o ensinamento e o aprendizado. Foi em busca de uma cura para o câncer que a Sra. Hawayio Takata conheceu a clínica do Dr. Hayashi. Antes do Dr. Hayashi morrer, ele passou os ensinamentos da técnica do Reiki para Sra. Takata, mais tarde formando se mestra da técnica Reiki.
A Sra. Takata abriu uma clínica de Reiki no Hawai onde formou 22 mestres. O Reiki está mudando e se desenvolvendo a cada dia, desde o tempo de Mikao Ussui, Chujiro Hayashi e Hawayo Takata. As pessoas estão conhecendo e tendo mais acesso à essa técnica maravilhosa de cura pelas mãos. A origem do Reiki precisa ser honrada, e ao mesmo tempo respeitando as mudanças do mundo, das pessoas e do planeta Terra.
Posições das mãos É recomendado, que ao se começar uma sessão de Reiki, a pessoa esteja se sentindo totalmente confortável, com roupas leves e de cores claras. Se preferir, faça alguns exercícios de respiração, yoga ou meditação antes de começar. A duração de cada sessão pode variar de uma hora para uma hora e meia, dependendo da situação. As posições são feitas começando de cima para baixo, desde o chakra coronário até os pés. As mãos são posicionadas sobre o corpo da pessoa em forma de duas conchas. A energia do Reiki sai pelas mãos do praticante, que é absorvida pelo corpo da pessoa. Essa energia é passada para os chakras, abrindo, limpando e purificando de todas as obstruções do corpo, trazendo o equilíbrio de uma forma natural.
O Reiki como terapia
O Reiki é considerado como terapia alternativa e complementar aos tratamentos
convencionais. O Reiki não é controlado pelos pensamentos do reikiano. O
reikiano, não deve, segundo o Reiki Tradicional (Dr. Usui) manifestar
sua energia pessoal em favor do paciente.
A energia pessoal do reikiano (o Ki para os japoneses ou Chi para
chineses) e não deve envolver o paciente. O Reiki é que deve ser usado
por ser Apolar e inteligente. Embora não se acredite que seja possível
causar mal com o Reiki, exceto em aplicações em fraturas que causam
maior fluxo sanguíneo) é importante que reikiano reserve momentos para
proteção energética que protegem seu sistema energético dos pacientes ou
ambientes. Por isso, apenas é aconselhável para o reikiano atender ao
público caso ele já tenha uma maior graduação no reiki e estágio com
Mestre experiente.
Servidores da área médica reconhecem que Reiki tem seu
valor. Este é o motivo pelo qual o Reiki tem sido tem sido introduzido e
utilizado em centenas de hospitais e clínicas em vários países.
Médicos, enfermeiros e outros membros da área médica
acreditam que Reiki é efetivo para reduzir os efeitos colaterais de radiações e
drogas. Também acreditam que Reiki reduz e/ou elimina a necessidade de
medicações para dor, reduz a ansiedade e stress, acelera o processo de cura
diminuindo o tempo no hospital, ajuda a abrir o apetite e melhora o sono.
Por que os
Hospitais Gostam de Reiki?
Os hospitais estão passando por grandes mudanças. Eles
experienciam a necessidade de reduzir seus custos e ao mesmo tempo aumentar os
cuidados aos seus pacientes. Com o modelo antigo os hospitais baseado em altos
custos com medicamentos e tecnologias, eles passaram a viver um problema. Isto
não se aplica ao Reiki e a outras terapias complementares. Reiki não requer tecnologia
e muitos de seus praticantes trabalham como voluntários. Reiki é, portanto, um
excelente meio de aumentar os cuidados e assistência a pacientes e cortar
custos ao mesmo tempo.
Julie Motz, um praticante de Reiki, Trabalhou como Mehmet Oz
M.D. Um notório cirurgião cardiotorácico no Columbia Presbuterian Medical
Center em Nova York. Motz usa Reiki e
outras terapias de energia para balancear a energia dos pacientes durantes as
cirurgias. Julie assiste Dr. Oz na sala de operação enquanto ele abre os corações
ou faz transplantes. Motz dia que nenhum dos 11 pacientes assim tratados apresentou
depressão e nem dor pós operatória ou problemas nas pernas e os tranplantes não
apresentaram rejeição de órgãos.
Um artigo do Jornal Martin Independent acompanhou o trabalho
de Motz no Hospital Geral Morin, na comarca de Marin na Califórnia, ao norte de
São francisco. Lá, Motz usa técnicas de energias sutis com pacientes na sala de
operação. Observa-se que os pacientes comunicam sentimentos e pensamentos
positivos. Tem-se propiciado bons retornos com pacientes que se submetem a
mastectomia em particular. David Guillion M.D. um oncologista do hospital,
afirma? “Nós percebemos que precisamos fazer tudo que estiver em nosso poder
pata ajudar os pacientes. Nós providenciamos o que a arte da medicina oferece
de melhor em nosso oficio, mas a cura requer um processo multidimensional. Eu
acredito na idéia de que existe um potencial de cura que pode ser utilizada
através de energia.”
O Centro Clínico
Médico de Reiki Tucson
A clínica de Reiki no Centro Médico Tucson no Arisona possui
um grupo de reikianos que trabalham com seus pacientes nos quartos. O programa
é administrado so Sally Soderlund, que é um coordenador dos serviços de suporte
de oncologia. Arlene Siegel, que está no programa desde o início, propicia os
encontros de sustentação e orientação aos voluntários. O programa começou em
Maio de 1995, na unidade de cuidados ao Câncer, mas atualmente se estendeu a
várias outras áreas do hospital. Atualmente é uma enfermeira de atendimento que
faz o pedido da aplicação de Reiki, As sessões de Reiki são feitas por duas
pessoas, de forma a criar uma sensação de tranquilidade privacidade e cuidado
para ambos: paciente e praticantes. Os pacientes necessitam assinar um termo de
concordância e as sessões são feitas em seus quartos, no próprio leito. Os
praticantes sempre explicam o que é o Reiki e o tratamento, antes da sessão.
Eles também usam durante suas aplicações.
Os praticantes, normalmente preferem não utilizar termos
metafísicos quando conversam com o pacientes, ou equipe médica ou do staff,
preferindo explicar o processo em termos do dia a dia. Os voluntários também se
limitam a oferecer o reiki no hospital, não oferecendo seus serviços fora deste
recinto.
Os pacientes são, em geral, muito doentes, alguns estão
morrendo, mas todos eles respondem ao tratamento, de alguma forma. A clínica de
Reiki atende a câncer, dores, condições crônicas, nascimentos, pós operatório.
A maior razão para que o programa seja um sucesso é o fato de os pacientes
gostarem do Reiki e requisitarem isto. Enfermeiros reportam que Reiki
possibilita efeitos como redução da dor, relaxamento, melhor sono, mais
cooperação por parte do paciente, melhora apetite.
Reiki no
Hospital Regional Postsmouth
Patrícia Alandydy é uma mestra de Reiki. Ela é também
Diretora Assistente do serviço de cirurgia do Hospital Portsmouth em
Postsmouth, New Hampshire. Com o apoio de seu marido, diretor do hospital,
Kocclyn King e do Dr. Wilian Schuler, ela crio um serviço de atendimento com
Reiki dentro do centro cirúrgico. Este é um dos maiores departamentos do
hospital, que inclui salas cirúrgicas. A unidade de anestesia, uma unidade
ambulatorial, e quatro andares onde são internados pacientes para cirurgia.
Durante a entrevista telefônica com os pacientes de cirurgia, Reiki é
oferecido, bem como outros serviços. Se o paciente concorda ou requer, Reiki é
incorporado aos procedimentos da manhã da cirurgia e uma aplicação entre de
cerca de quinze a vinte minutos é fornecida antes de o paciente ser
transportado para a cirurgia. Reiki também é feito na sala de operação, durante
a cirurgia, no Hospital Regional Portsmouth. As sessões de reiki SAP oferecidas
por vinte membros do Staff do hospital que Patrícia treinou em Reiki e por voluntários.
Isto inclui residentes, técnicos, fisioterapias, médicos e staff de apoio. Os
serviços de Reiki começaram, em abril de 1997 e mais de 400 pacientes receberam
sessões de Reiki pré e pós operatório num período de um ano, com cerca de 8000
aplicações de Reiki.
O programa teve um sucesso tão grande que os hospitais
vizinhos resolveram criar seus próprios programas de Reiki , dentre eles o
hospital Wentworth- Douglas, em Dover, o Hospital Concord, o Dartmouth-
iritchcoch Centro em New Hampshire, Anna Jaques Hospital, Union Hospital em
Massachussets.
O Programa de
Reiki do centro Médico Pacífico Califórnia.
O Centro Médico Pacífico Califórnia é uma dos maiores
hospitais no norte da Califórnia. Sua clínica oferece cuidados para doenças
agudas e crônicas, utilizando uma larga variedade de tratamentos
complementares, incluindo Reiki, Medicina Chinesa, Hipnose, Biofeedback,
Acupuntura, Homeopatia, Terapia Herbaria, Aromaterapia. A clínica tem seis
quartos para atendimento. A clínica tem como staff Mike Cantwell um pediatra
especializado em doenças infecciosas e também um mestre de Reiki e May Satzman,
especializado em medicina interna e treinado em meditação, acumputura e terapia
nutricional. Os médicos atendem os pacientes os escutam e os fazem preencher um
amplo questionário de conteúdo holístico objetivando encaminhá-los para a
terapia mais adequada. A clínica é muito
popular e normalmente tem uma lista de espera de 100 pessoas. Dr.
Cartwell faz de uma a três sessões completas de Reiki no paciente. Após isso,
encaminha o paciente para um praticante Reiki II, para atendimento fora da
clínica. Os pacientes que requerem e respondem bem ao atendimento são
aconselhados a se tornarem reikianos de forma a poderem dar continuidade ao seu
tratamento através das auto-aplicações.
Reiki no MD de
câncer Anderson.
A universidade do Texas M.D. Anderson Centro de Câncer, em
Houston Texas, é um centro de tratamento de câncer reconhecido mundialmente.
Com um Staff de mais de 12000 pessoas é também um dos maiores hospitais, se
assemelhado a uma cidade. Eles alcançam um significativo índice de curas em
pacientes com câncer, originários de todo o mundo para tratamento. Como um
hospital progressista, eles começaram a oferecer terapias complementares para
seus pacientes e estabeleceram uma clínica denominada “Place of Wellness”
(clínica no bem estar), para este propósito. A clínica começou a oferecer
cursos de Reiki e tratamento de Reiki aos seus pacientes. Os tratamentos são
oferecidos gratuitamente, por terapeutas voluntários.
Reiki no
Instituto Nacional de Saúde Warren Grant Magnuson.
Este centro clínico atendo 7000 pacientes internados e cerca
de 60000pacientes ambulatoriais por anos que vêm de todos os lugares para
tratamento na clínica. Os pacientes tem uma gama ampla de doenças tais como
câncer metástico, infecções, doenças mentais e genéticas. O programa foi
estabelecido pelo Congresso e objetiva estabilizar a dor e fornecer cuidados
paliativos para ajudar pacientes, muitos dos quais estão experimentando dor e
desconforto por causa de suas doenças. Esta é uma inovação e um programa bem
organizado que integra Reiki e outras terapias complementares dentro de
rigorosas normas da clínica.
São feitos registros de tratamentos de Reiki similares aos
registros feitos em outras áreas médicas. Reiki é considerado como valioso,
particularmente para aqueles que estão com muita dor ou desequilíbrios
emocionais além de trazer alívio aos efeitos colaterais de medicamentos e
procedimentos médicos. Os tratamentos de Reiki são dados por nove pessoas do
staff do hospital que foram treinados para isso. Dentre este nove, dois são
Mestres de Reiki e os demais Reiki II.
Wentwork – Douglas Hospital
O hospital Wentwork – Douglas desenvolveu uma pesquisa para
determinar a efetividade do Reiki. Quando os tratamentos visavam a dor, os
pacientes eram requisitados a determinar o nível de desconforto antes e depois
do Reiki, usando uma escala de 1 a 10.
Determinou-se que o nível médio de queda do stress ficou em 4.9 ponto e
o nível de queda da dor em 3.9. A pesquisa durou três meses e foi realizada em
2003. Nenhum efeito negativo foi relatado.
O consórcio do
Centro Acadêmico de Saúde Para Medicina Integrada
Este é uma organização que abrange 27 hospitais, clínica e
centros médicos onde a maioria oferece tratamentos de Reiki para seus
pacientes, bem como outras terapias alternativas.
Dedicam-se a estudos de medicinas alternativas e seus usos
como parte da medicina tradional.
Pesquisas em
Reiki.
Pesquisadores estão
estudando o Reiki cientificamente e há vários estudos interessantes que validam
a efetividade do Reiki. Uma das coisas que os cientistas mais querem saber é se
o efeito do Reiki vem apenas da sugestão, o que é chamado de efeito placebo, ou
se há benefícios positivos através dele.
É sabido que o efeito placebo é parte de muitos
procedimentos para ajudar ao paciente. Drogas, cirurgias e outros procedimentos
médicos, procedentes de efeito placebo, permitem um crescimento de sua
efetividade. Entretanto, o que de deve ser considerado a fim de se avaliar se
um tratamento é efetivo é se ele traz um efeito maior do que aquele adquirido a
partir de uma simples sugestão.
Embora haja muitos estudos a respeito do progresso do Reiki
em andamento, vale a pena o relato de um estudo completo demonstrando o valor
efetivo do Reiki. Neste estudo, 45 pessoas doentes foram divididas em três grupos
de 15 pessoas. Um grupo recebeu tratamento de Reiki e repouso , o segundo grupo
recebeu tratamento de Reiki placebo e repouso (o tratamento foi administrado
exatamente da mesma forma que o tratamento de Reiki no 1° grupo, exceto pelo
fato de que os praticamente não eram reikiano), o terceiro grupo simplesmente
recebeu repouso.
O estudo pesquisou um número de sinais vitais, incluindo a
condição cardíaca, a pressão sanguínea sistólica e diastólica, a temperatura e
condição respiratória em intervalos regulares.
O estudo revelou uma redução significativa na pressão
sanguínea diastólica e na pulsação cardíaca no grupo que recebeu Reiki,
condições estas que não foram verificados no segundo grupo (placebo) ou no
grupo de controle (repouso), indicando que o Reiki criou um efeito importante
que não foi causado pela sugestão.
Este foi um pequeno estudo, mas a qualidade do trabalho e os
resultados positivos que ele produziu impulsionaram para que vários outros
estudos fossem feitos.
O estudo completo “Autonomy nervous-system – Changes during
Reiki Treatment: a preliminary study” foi publicado num jornal científico
periódico The Journal os alternative
complementary medicine – col 10, número 06.
Outro estudo foi realizado pelo Helfgott Research Intitute no Nacional College of Naturopathic Medicine, em Portland, Oregon.
Demonstrou-se que Reiki tem um efeito considerável no sistema imunológico. O
estudo examinou o efeito do reiki a partir do exame das células sanguíneas
brancas de voluntários que foram organizados em três grupos: aqueles que
receberam Reiki, aqueles que receberam uma técnica de relaxamento e aqueles que
não receberam nenhum dos dois. Eram retiradas amostras de sangue imediatamente
antes e depois do tratamento e quatro horas antes. O estudo mostrou que o Reiki
eleva o sistema imunológico, pelo crescimento no número de celular brancas no
sangue daqueles que receberam Reiki. Como este estudo foi muito preciso e muito
cuidadoso, gerou um estudo ainda maior sobre a importância do Reiki nos
cuidados de saúde.
Os dados acima foram traduzidos de livros de autoria de
Willian Lee Rand, ainda não publicados no Brasil e fazem referência a uma
realidade até 1997. De lá para cá, muitos outros estudos foram realizados e
muitos outros hospitais aderiram á pratica de Reiki, inclusive treinando
membros do staff para este procedimento. No Hospital de Stanford, por exemplo
há sempre a presença de um reikiano na sala de cirurgia, pois observou-se a
necessidade de menos quantidade de anestésico e um pós cirúrgico muito mais rápido
e muito melhor. O hospital da Lagoa, no Rio de Janeiro, na parte ambulatorial,
indicava três sessões de Reiki, antes de o paciente ser atendido pelo médico.
Muitas vezes o atendimento não se fazia mais necessário (momento). Em vários
estados dos Estados Unidos, bem como na Itália, na Alemanha, no Canadá, dentre
outros países, o tratamento de Reiki já é coberto pelo Plano de Saúde.
Terapia de equilíbrio energético é a cada dia mais
reconhecida e estudada pela Medicina, atuando como peça fundamental de ajuda
nos tratamentos oferecidos. Neste sentido, o Hospital São Paulo implantou
oficialmente, por exemplo, a terapia de florais pata atendimento e
transplantados renais (doadores falecidos), que vem alcançando um alto índice
de melhoria com pacientes em fase de rejeição.
MAIS ALGUMAS
EXPERIÊNCIAS SOBRE REIKI.
Nível de
hemoglobina e Reiki: Cura com Reiki – uma perspectiva fisiológica
A experiência foi organizada por Wendy Wetzel e publicada no
Jornal de tratamentos holítiscos, em 1989 (p. 7)
Objetivo
O objetivo do estudo foi examinar os efeitos da terapia
Reiki nos níveis de hematócrito e hemoglobina humana.
Procedimento
Os níveis de hemoglobina e os hematócritos de 48
participantes do curso de nível I de reiki foram analisados. As origens deste
alunos e suas motivações foram levadas em consideração e analisadas. Um grupo
de controle (não tratamento) foi determinado, de forma que se pudesse medir os
níveis de hemoglobina e hematócrito sob condições normais.
Conclusão
Usando o teste T, encontrou-se uma significante estatística
de mudanças entre os índices antes e após o curso, mais que nível p > 0,01.
28% dos alunos tiveram um crescimento nos seus índices. Os alunos restantes
apresentaram um decréscimo. Não houve nenhuma mudança no grupo de controle durante
o mesmo intervalo de tempo.
Conclui-se que o Reiki possui um efeito fisiológico
mensurável. Os dados indicam que a energia pode ser transferida entre dois
indivíduos, com o propósito de cura, balanceamento e maior bem estar. Alguns
indivíduos tiveram seus nível sanguineo aumentado, enquanto outros o tiveram
diminuídos, o que o Reiki gera um efeito equilibrador para cada indivíduo,
Testes em
pacientes com doenças crônicas, utilizando um aparelho eletro-dermatológico.
O estudo se intitulou-se A
eficácia do tratamento de cura com Reiki: melhora na supra-Renal, no baço e nas
funções nervosas, conforme quantificadas pelo aparelho eletro-dermal.
O estudo foi elaborado por Betty Hartwell e por bárbara
Brewitt publicado na revista Terapias
Alternativas (julho de 1997, p. 89)
Objetivo
O propósito deste estudo foi o de avaliar os efeitos
terapêuticos dos tratamentos de Reiki nas doenças crônicas usando o aparelho
eletro-dermatológico.
Procedimento
O estudo observou 05 pacientes com risco de vida e doenças
crônicas: lúpus, fibromialgia, tireóide, papeira e esclerose múltipla. Foram
procedidas a 11 sessões de uma hora de tratamento Reiki utilizando-se 4
diferentes terapeutas, todos com nível II e um Mestre Reiki, durante um período
de 10 semanas. Os praticantes de Reiki, sistematicamente colocavam suas mãos obedecendo as mesmas
posições incluindo a região neurovascular do cérebro, os pontos neurolinfáticos
no tronco e chakras menores nos membros. Nenhum tratamentos médico convencional
ou alternativo foi utilizado durante este período. Foram dados três tratamentos
em dias consecutivos, de início e no decorrer, um tratamento por semana, num
período de oito semanas.
Análise
Os pacientes foram testados três vezes durante o estudo:
1.Antes do estudo começar.
2.Após o seu terceiro tratamento.
3.Após o décimo tratamento.
Cada pessoa foi analisada e mensurada na resistência
elétrica de sua pele em três ponto de acupuntura nas mãos e pés. No ponto
toráxico/cervical as medidas foram 25% abaixo do normal para normal. As medidas
relativas a supra-renal foram de 8.3% abaixo do normal a normal. Entre a
medição do meio e a última, as medidas relativas ao funcionamentos do baço
variavam entre 7,8% abaixo do normal, após as três primeiras sessões. Todos os
pacientes afirmaram ter todo um alto relaxamento, após as sessões, uma
diminuição da dor e um aumento na sua disposição.
Dor, ansiedade e depressão em três
pacientes crônicos com o tratamento Reiki.
O estudo foi realizado por Linda J. Dressen e Sangeeta Singg
e publicada no Jornal de Energias Sutis e
Medicina Energética (1998, p. 9)
Objetivo
Medir os efeitos do tratamento Reiki na ansiedade, dor e
depressão em pacientes crônicos.
Procedimento
120 pacientes em estado de dor por um ano ao menos, foram
selecionados. Suas dificuldades abrangiam: dor de cabeça, problemas cardíacos,
câncer, artrite, úlcera, asma, hipertensão e HIV. Quatro diferentes tratamentos
foram dados a três grupos de 20 pacientes. Os quatro tratamentos abrangiam:
Reiki, relaxamento muscular progressivo, nenhum tratamento, um falso Reiki.
Cada um dos grupos receberam 10 tratamentos de 30 minutos, duas vezes por
semana, durante cinco semanas. Os pacientes eram examinados antes e após os
tratamentos e os pacientes que foram tratados com Reiki foram examinados
novamente três meses após o término do tratamento.
Análise.
Reiki provou-se mais eficaz do que outra tratamentos em 10 a
12 variáveis, num percentual p < 0001 – 04.
Na análise feita três meses depois, os resultados
continuavam consistentes e comprovou-se um alto índice de redução nos sintomas
de dor.
Concluiu-se que há significantes efeitos do Reiki sobre a
ansiedade, dor e depressão.
Usando Reiki para controle da dor: um
estudo preliminar.
O estudo foi elaborado no instituto de câncer em Edmonton,
USA< e está disponível no site alta.karino@cancerboard.ab.ca
Foi publicado no Câncer
Prev. Control de 1997.
Objetivo
Explorar a utilidade do Reiki como um tratamento alternativo
ao tratamento do ópio, no controle da dor. Um estudo piloto.
Procedimento
20 voluntários que experimentavam dor em 55 locais
diferentes, incluindo câncer. Os tratamentos foram todos procedidos por um
terapeuta com nível II. A dor era mensurada usando tanto uma escala analógica
visual (VAS) quanto a escala de Likert, imediatamente antes e após cada
tratamento de Reiki.
Conclusão
Ambos os instrumentos mostraram aumento significativo (p
< 0,0001) na redução da dor com Reiki.
REIKI ESTIMULA
RESPOSTA IMUNOLÓGICA
A reportagem é da Revista Época, os benefícios do Reiki
estão sendo estudados pela comunidade científica (UNIFESP e USP) passou a endossar o valor desta
terapia.
Leiam a entrevista a seguir vale a pena:
REIKI ESTIMULA RESPOSTA IMUNOLÓGICA.
Entrevista com Ricardo Monezi, biólogo pesquisador da
UNIFESP
O Reiki – técnica de imposição de mão desenvolvida no final
do séclu XIX pelo teólogo japonês Mikao Usui pode ser uma ferramenta auxiliar
mo tratamento de doença?
Muitos garantem, sem pestanejar, que pode. Mas a confirmação
científica dessa possibilidade começa a se consolidar agora, a partir de
pesquisas como a do biólogo Ricardo Monezi, da Univerdade Federal de São Paulo,
que indica interferência favorável da técnica no tratamento de animais de
laboratório com câncer.
Segundo Monezi, o Reiki age positivamente na redução do
nível de estresse, uma das possíveis causas do surgimento, agravamento e até
comprometimento do tratamento de doenças crônicas como o diabetes.
Durante cinco anos, Monezi conduziu uma pesquisa com
camundongos para saber se o Reiki interferiria positivamente no tratamento
contra o câncer. Ele montou três grupos de camundongos. O primeiro não recebeu
tratamento, o segundo recebeu tratamento falso – a imposição de mãos feita com
a colocação de luvas presas a duas hastes de madeira; e o terceiro foi tratado
com Reiki.
Monezi analisou o comportamento dos linfócitos – que são os
responsáveis pela defesa imunológica do organismo – frente a um tumor e
concluiu que os ratos submetidos ao Reiki mostraram aumento da capacidade de
enfrentar a doença. O mesmo padrão foi observado com tumores mais agressivos.
Os animais foram submetidos ao Reiki durante quatro dias, em sessões de 15
minutos.
Segundo biólogo, esses resultados afastam a hipótese de que
o sucesso do tratamento seja resultado de sugestão psicológica. A próxima etapa
de sua pesquisa será observar o uso do Reiki em seres humanos. A intenção é
verificar se o Reiki pode colaborar para reduzir o estresse e melhorar a
imunidade de pacientes idosos, que muitas vezes sofrem baixa em sua
resistência.
A palavra reiki significa Energia Vital universal. Seus
criadores basearam-se na crença de que a energia liberada por um praticante de
Reiki envolve o paciente, atuando sobre seu corpo físico.
Do ponto de vista físico, explica o pesquisador, o ser
humano é constituído por energia – o que pode ser observado, por exemplo, no
eletrocardiograma, que mede a função elétrica do coração. Desde a década de 80,
diversas correntes de pesqusia têm buscado embasamento científico para a teoria
que fundamenta o Reiki e outras técnicas de imposição de mãos.
Todas tem contatado, que efeitos, sensação de bem-estar,
dimunuição de sintomas relacionados a estresse e a sensação de relaxamento.
Há trabalhos que indicam a técnica no tratamento da ansiedade,
depressão e fobias como a síndrome do pânico. Monezi fala em indicação
terapêutica complementar. Isto é, um terapia de apoio ao tratamento
convencional.
Revista época – edição 459 (21/03/2007) Fonte: http://marlucereiki.blogspot.com.br/2012/03/algumas-pesquisas-com-terapia-reiki.html