Reiki é uma palavra japonesa que significa “Energia Vital Universal”. O Reiki não é uma religião e nem uma crença. Ele abre novos caminhos para experiência espiritual e o aprendizado. Para receber a técnica do Reiki, a pessoa precisa passar por uma iniciação feita por um Mestre de Reiki. Essa iniciação é feita pela imposição das mãos em forma de uma concha, visualizando símbolos (secretos) entrando no corpo da pessoa.
Em uma iniciação a pessoa que vai receber o Reiki, fica em uma posição confortável, com a coluna reta para facilitar a absorção de energias. Geralmente durante as sessões muitos mestres de Reiki preferem ficar em silêncio para facilitar a conexão com seus mestres, seres superiores e outras energias. As posições são variadas, trabalhado atrás da cabeça e na frente. A duração de uma iniciação pode levar de uma hora a uma hora e meia, variando de mestre para mestre. Após esta iniciação a pessoa não precisa passar novamente por este processo para melhorar ou recuperar os seus canais de energia. A pessoa passa por uma grandiosa transformação, se tornando diferenciada das outras. Esta transformação permanece por toda a vida. Uma vez que você foi iniciado, a energia do Reiki é então, encaminhado através do corpo num passo correspondente à aquele que é necessário para a cura. O corpo humano ou animal, radia calor e energia. Essa energia é a força da vida chamada CH'I. O que cura é a energia do Cosmos (Ki ou CH'I) que é direcionada pelas mãos do praticante. A palavra CH'I quer dizer "ar, respiração, vento, essência vital, energia ativa do universo." CH'I ou KI é também a força vital da Terra, dos planetas, das estrelas, dos céus e das fontes de energia que afetam os corpos com a energia KI. A energia que sai das mãos do praticante de Reiki, é uma energia transformadora, trazendo o KI da Terra e dos Céus para dentro do corpo humano e animal.Na energia vital do Reiki, a pessoa que está sendo inicializada, fica com todos os canais de energia abertos e limpos de obstruções pela inicialização do Reiki. Na prática do Reiki, não há transmissão de nenhuma energia pessoal.
Dr. Mikao Ussui foi quem nos trouxe esta técnica. Ele era estudioso de manuscritos antigos, e procurava entender as estórias de curas milagrosas, que lhe contavam. Em busca de uma resposta em como usar o Reiki, decidiu subir o Monte Kuriyama e passou 21 dias meditando em jejum. No último dia, Dr. Ussui obteve uma resposta através de uma luz divina. Após descer o Monte Kuriyama, ele passou pela periferia e lá curou muitas pessoas.
Ele passou os seus ensinamentos para o Dr. Chujiro Hayashi, um médico da Marinha Imperial, que depois montou uma clínica de Reiki em Tokyo para pessoas que necessitavam de cura. Dr. Hayashi, dividiu em etapas os ensinamentos do Reiki que lhe foi passado, assim facilitando o ensinamento e o aprendizado. Foi em busca de uma cura para o câncer que a Sra. Hawayio Takata conheceu a clínica do Dr. Hayashi. Antes do Dr. Hayashi morrer, ele passou os ensinamentos da técnica do Reiki para Sra. Takata, mais tarde formando se mestra da técnica Reiki.
A Sra. Takata abriu uma clínica de Reiki no Hawai onde formou 22 mestres. O Reiki está mudando e se desenvolvendo a cada dia, desde o tempo de Mikao Ussui, Chujiro Hayashi e Hawayo Takata. As pessoas estão conhecendo e tendo mais acesso à essa técnica maravilhosa de cura pelas mãos. A origem do Reiki precisa ser honrada, e ao mesmo tempo respeitando as mudanças do mundo, das pessoas e do planeta Terra.
Posições das mãos É recomendado, que ao se começar uma sessão de Reiki, a pessoa esteja se sentindo totalmente confortável, com roupas leves e de cores claras. Se preferir, faça alguns exercícios de respiração, yoga ou meditação antes de começar. A duração de cada sessão pode variar de uma hora para uma hora e meia, dependendo da situação. As posições são feitas começando de cima para baixo, desde o chakra coronário até os pés. As mãos são posicionadas sobre o corpo da pessoa em forma de duas conchas. A energia do Reiki sai pelas mãos do praticante, que é absorvida pelo corpo da pessoa. Essa energia é passada para os chakras, abrindo, limpando e purificando de todas as obstruções do corpo, trazendo o equilíbrio de uma forma natural.
O Reiki como terapia
O Reiki é considerado como terapia alternativa e complementar aos tratamentos
convencionais. O Reiki não é controlado pelos pensamentos do reikiano. O
reikiano, não deve, segundo o Reiki Tradicional (Dr. Usui) manifestar
sua energia pessoal em favor do paciente.
A energia pessoal do reikiano (o Ki para os japoneses ou Chi para
chineses) e não deve envolver o paciente. O Reiki é que deve ser usado
por ser Apolar e inteligente. Embora não se acredite que seja possível
causar mal com o Reiki, exceto em aplicações em fraturas que causam
maior fluxo sanguíneo) é importante que reikiano reserve momentos para
proteção energética que protegem seu sistema energético dos pacientes ou
ambientes. Por isso, apenas é aconselhável para o reikiano atender ao
público caso ele já tenha uma maior graduação no reiki e estágio com
Mestre experiente.
Servidores da área médica reconhecem que Reiki tem seu
valor. Este é o motivo pelo qual o Reiki tem sido tem sido introduzido e
utilizado em centenas de hospitais e clínicas em vários países.
Médicos, enfermeiros e outros membros da área médica
acreditam que Reiki é efetivo para reduzir os efeitos colaterais de radiações e
drogas. Também acreditam que Reiki reduz e/ou elimina a necessidade de
medicações para dor, reduz a ansiedade e stress, acelera o processo de cura
diminuindo o tempo no hospital, ajuda a abrir o apetite e melhora o sono.
Por que os
Hospitais Gostam de Reiki?
Os hospitais estão passando por grandes mudanças. Eles
experienciam a necessidade de reduzir seus custos e ao mesmo tempo aumentar os
cuidados aos seus pacientes. Com o modelo antigo os hospitais baseado em altos
custos com medicamentos e tecnologias, eles passaram a viver um problema. Isto
não se aplica ao Reiki e a outras terapias complementares. Reiki não requer tecnologia
e muitos de seus praticantes trabalham como voluntários. Reiki é, portanto, um
excelente meio de aumentar os cuidados e assistência a pacientes e cortar
custos ao mesmo tempo.
Julie Motz, um praticante de Reiki, Trabalhou como Mehmet Oz
M.D. Um notório cirurgião cardiotorácico no Columbia Presbuterian Medical
Center em Nova York. Motz usa Reiki e
outras terapias de energia para balancear a energia dos pacientes durantes as
cirurgias. Julie assiste Dr. Oz na sala de operação enquanto ele abre os corações
ou faz transplantes. Motz dia que nenhum dos 11 pacientes assim tratados apresentou
depressão e nem dor pós operatória ou problemas nas pernas e os tranplantes não
apresentaram rejeição de órgãos.
Um artigo do Jornal Martin Independent acompanhou o trabalho
de Motz no Hospital Geral Morin, na comarca de Marin na Califórnia, ao norte de
São francisco. Lá, Motz usa técnicas de energias sutis com pacientes na sala de
operação. Observa-se que os pacientes comunicam sentimentos e pensamentos
positivos. Tem-se propiciado bons retornos com pacientes que se submetem a
mastectomia em particular. David Guillion M.D. um oncologista do hospital,
afirma? “Nós percebemos que precisamos fazer tudo que estiver em nosso poder
pata ajudar os pacientes. Nós providenciamos o que a arte da medicina oferece
de melhor em nosso oficio, mas a cura requer um processo multidimensional. Eu
acredito na idéia de que existe um potencial de cura que pode ser utilizada
através de energia.”
O Centro Clínico
Médico de Reiki Tucson
A clínica de Reiki no Centro Médico Tucson no Arisona possui
um grupo de reikianos que trabalham com seus pacientes nos quartos. O programa
é administrado so Sally Soderlund, que é um coordenador dos serviços de suporte
de oncologia. Arlene Siegel, que está no programa desde o início, propicia os
encontros de sustentação e orientação aos voluntários. O programa começou em
Maio de 1995, na unidade de cuidados ao Câncer, mas atualmente se estendeu a
várias outras áreas do hospital. Atualmente é uma enfermeira de atendimento que
faz o pedido da aplicação de Reiki, As sessões de Reiki são feitas por duas
pessoas, de forma a criar uma sensação de tranquilidade privacidade e cuidado
para ambos: paciente e praticantes. Os pacientes necessitam assinar um termo de
concordância e as sessões são feitas em seus quartos, no próprio leito. Os
praticantes sempre explicam o que é o Reiki e o tratamento, antes da sessão.
Eles também usam durante suas aplicações.
Os praticantes, normalmente preferem não utilizar termos
metafísicos quando conversam com o pacientes, ou equipe médica ou do staff,
preferindo explicar o processo em termos do dia a dia. Os voluntários também se
limitam a oferecer o reiki no hospital, não oferecendo seus serviços fora deste
recinto.
Os pacientes são, em geral, muito doentes, alguns estão
morrendo, mas todos eles respondem ao tratamento, de alguma forma. A clínica de
Reiki atende a câncer, dores, condições crônicas, nascimentos, pós operatório.
A maior razão para que o programa seja um sucesso é o fato de os pacientes
gostarem do Reiki e requisitarem isto. Enfermeiros reportam que Reiki
possibilita efeitos como redução da dor, relaxamento, melhor sono, mais
cooperação por parte do paciente, melhora apetite.
Reiki no
Hospital Regional Postsmouth
Patrícia Alandydy é uma mestra de Reiki. Ela é também
Diretora Assistente do serviço de cirurgia do Hospital Portsmouth em
Postsmouth, New Hampshire. Com o apoio de seu marido, diretor do hospital,
Kocclyn King e do Dr. Wilian Schuler, ela crio um serviço de atendimento com
Reiki dentro do centro cirúrgico. Este é um dos maiores departamentos do
hospital, que inclui salas cirúrgicas. A unidade de anestesia, uma unidade
ambulatorial, e quatro andares onde são internados pacientes para cirurgia.
Durante a entrevista telefônica com os pacientes de cirurgia, Reiki é
oferecido, bem como outros serviços. Se o paciente concorda ou requer, Reiki é
incorporado aos procedimentos da manhã da cirurgia e uma aplicação entre de
cerca de quinze a vinte minutos é fornecida antes de o paciente ser
transportado para a cirurgia. Reiki também é feito na sala de operação, durante
a cirurgia, no Hospital Regional Portsmouth. As sessões de reiki SAP oferecidas
por vinte membros do Staff do hospital que Patrícia treinou em Reiki e por voluntários.
Isto inclui residentes, técnicos, fisioterapias, médicos e staff de apoio. Os
serviços de Reiki começaram, em abril de 1997 e mais de 400 pacientes receberam
sessões de Reiki pré e pós operatório num período de um ano, com cerca de 8000
aplicações de Reiki.
O programa teve um sucesso tão grande que os hospitais
vizinhos resolveram criar seus próprios programas de Reiki , dentre eles o
hospital Wentworth- Douglas, em Dover, o Hospital Concord, o Dartmouth-
iritchcoch Centro em New Hampshire, Anna Jaques Hospital, Union Hospital em
Massachussets.
O Programa de
Reiki do centro Médico Pacífico Califórnia.
O Centro Médico Pacífico Califórnia é uma dos maiores
hospitais no norte da Califórnia. Sua clínica oferece cuidados para doenças
agudas e crônicas, utilizando uma larga variedade de tratamentos
complementares, incluindo Reiki, Medicina Chinesa, Hipnose, Biofeedback,
Acupuntura, Homeopatia, Terapia Herbaria, Aromaterapia. A clínica tem seis
quartos para atendimento. A clínica tem como staff Mike Cantwell um pediatra
especializado em doenças infecciosas e também um mestre de Reiki e May Satzman,
especializado em medicina interna e treinado em meditação, acumputura e terapia
nutricional. Os médicos atendem os pacientes os escutam e os fazem preencher um
amplo questionário de conteúdo holístico objetivando encaminhá-los para a
terapia mais adequada. A clínica é muito
popular e normalmente tem uma lista de espera de 100 pessoas. Dr.
Cartwell faz de uma a três sessões completas de Reiki no paciente. Após isso,
encaminha o paciente para um praticante Reiki II, para atendimento fora da
clínica. Os pacientes que requerem e respondem bem ao atendimento são
aconselhados a se tornarem reikianos de forma a poderem dar continuidade ao seu
tratamento através das auto-aplicações.
Reiki no MD de
câncer Anderson.
A universidade do Texas M.D. Anderson Centro de Câncer, em
Houston Texas, é um centro de tratamento de câncer reconhecido mundialmente.
Com um Staff de mais de 12000 pessoas é também um dos maiores hospitais, se
assemelhado a uma cidade. Eles alcançam um significativo índice de curas em
pacientes com câncer, originários de todo o mundo para tratamento. Como um
hospital progressista, eles começaram a oferecer terapias complementares para
seus pacientes e estabeleceram uma clínica denominada “Place of Wellness”
(clínica no bem estar), para este propósito. A clínica começou a oferecer
cursos de Reiki e tratamento de Reiki aos seus pacientes. Os tratamentos são
oferecidos gratuitamente, por terapeutas voluntários.
Reiki no
Instituto Nacional de Saúde Warren Grant Magnuson.
Este centro clínico atendo 7000 pacientes internados e cerca
de 60000pacientes ambulatoriais por anos que vêm de todos os lugares para
tratamento na clínica. Os pacientes tem uma gama ampla de doenças tais como
câncer metástico, infecções, doenças mentais e genéticas. O programa foi
estabelecido pelo Congresso e objetiva estabilizar a dor e fornecer cuidados
paliativos para ajudar pacientes, muitos dos quais estão experimentando dor e
desconforto por causa de suas doenças. Esta é uma inovação e um programa bem
organizado que integra Reiki e outras terapias complementares dentro de
rigorosas normas da clínica.
São feitos registros de tratamentos de Reiki similares aos
registros feitos em outras áreas médicas. Reiki é considerado como valioso,
particularmente para aqueles que estão com muita dor ou desequilíbrios
emocionais além de trazer alívio aos efeitos colaterais de medicamentos e
procedimentos médicos. Os tratamentos de Reiki são dados por nove pessoas do
staff do hospital que foram treinados para isso. Dentre este nove, dois são
Mestres de Reiki e os demais Reiki II.
Wentwork – Douglas Hospital
O hospital Wentwork – Douglas desenvolveu uma pesquisa para
determinar a efetividade do Reiki. Quando os tratamentos visavam a dor, os
pacientes eram requisitados a determinar o nível de desconforto antes e depois
do Reiki, usando uma escala de 1 a 10.
Determinou-se que o nível médio de queda do stress ficou em 4.9 ponto e
o nível de queda da dor em 3.9. A pesquisa durou três meses e foi realizada em
2003. Nenhum efeito negativo foi relatado.
O consórcio do
Centro Acadêmico de Saúde Para Medicina Integrada
Este é uma organização que abrange 27 hospitais, clínica e
centros médicos onde a maioria oferece tratamentos de Reiki para seus
pacientes, bem como outras terapias alternativas.
Dedicam-se a estudos de medicinas alternativas e seus usos
como parte da medicina tradional.
Pesquisas em
Reiki.
Pesquisadores estão
estudando o Reiki cientificamente e há vários estudos interessantes que validam
a efetividade do Reiki. Uma das coisas que os cientistas mais querem saber é se
o efeito do Reiki vem apenas da sugestão, o que é chamado de efeito placebo, ou
se há benefícios positivos através dele.
É sabido que o efeito placebo é parte de muitos
procedimentos para ajudar ao paciente. Drogas, cirurgias e outros procedimentos
médicos, procedentes de efeito placebo, permitem um crescimento de sua
efetividade. Entretanto, o que de deve ser considerado a fim de se avaliar se
um tratamento é efetivo é se ele traz um efeito maior do que aquele adquirido a
partir de uma simples sugestão.
Embora haja muitos estudos a respeito do progresso do Reiki
em andamento, vale a pena o relato de um estudo completo demonstrando o valor
efetivo do Reiki. Neste estudo, 45 pessoas doentes foram divididas em três grupos
de 15 pessoas. Um grupo recebeu tratamento de Reiki e repouso , o segundo grupo
recebeu tratamento de Reiki placebo e repouso (o tratamento foi administrado
exatamente da mesma forma que o tratamento de Reiki no 1° grupo, exceto pelo
fato de que os praticamente não eram reikiano), o terceiro grupo simplesmente
recebeu repouso.
O estudo pesquisou um número de sinais vitais, incluindo a
condição cardíaca, a pressão sanguínea sistólica e diastólica, a temperatura e
condição respiratória em intervalos regulares.
O estudo revelou uma redução significativa na pressão
sanguínea diastólica e na pulsação cardíaca no grupo que recebeu Reiki,
condições estas que não foram verificados no segundo grupo (placebo) ou no
grupo de controle (repouso), indicando que o Reiki criou um efeito importante
que não foi causado pela sugestão.
Este foi um pequeno estudo, mas a qualidade do trabalho e os
resultados positivos que ele produziu impulsionaram para que vários outros
estudos fossem feitos.
O estudo completo “Autonomy nervous-system – Changes during
Reiki Treatment: a preliminary study” foi publicado num jornal científico
periódico The Journal os alternative
complementary medicine – col 10, número 06.
Outro estudo foi realizado pelo Helfgott Research Intitute no Nacional College of Naturopathic Medicine, em Portland, Oregon.
Demonstrou-se que Reiki tem um efeito considerável no sistema imunológico. O
estudo examinou o efeito do reiki a partir do exame das células sanguíneas
brancas de voluntários que foram organizados em três grupos: aqueles que
receberam Reiki, aqueles que receberam uma técnica de relaxamento e aqueles que
não receberam nenhum dos dois. Eram retiradas amostras de sangue imediatamente
antes e depois do tratamento e quatro horas antes. O estudo mostrou que o Reiki
eleva o sistema imunológico, pelo crescimento no número de celular brancas no
sangue daqueles que receberam Reiki. Como este estudo foi muito preciso e muito
cuidadoso, gerou um estudo ainda maior sobre a importância do Reiki nos
cuidados de saúde.
Os dados acima foram traduzidos de livros de autoria de
Willian Lee Rand, ainda não publicados no Brasil e fazem referência a uma
realidade até 1997. De lá para cá, muitos outros estudos foram realizados e
muitos outros hospitais aderiram á pratica de Reiki, inclusive treinando
membros do staff para este procedimento. No Hospital de Stanford, por exemplo
há sempre a presença de um reikiano na sala de cirurgia, pois observou-se a
necessidade de menos quantidade de anestésico e um pós cirúrgico muito mais rápido
e muito melhor. O hospital da Lagoa, no Rio de Janeiro, na parte ambulatorial,
indicava três sessões de Reiki, antes de o paciente ser atendido pelo médico.
Muitas vezes o atendimento não se fazia mais necessário (momento). Em vários
estados dos Estados Unidos, bem como na Itália, na Alemanha, no Canadá, dentre
outros países, o tratamento de Reiki já é coberto pelo Plano de Saúde.
Terapia de equilíbrio energético é a cada dia mais
reconhecida e estudada pela Medicina, atuando como peça fundamental de ajuda
nos tratamentos oferecidos. Neste sentido, o Hospital São Paulo implantou
oficialmente, por exemplo, a terapia de florais pata atendimento e
transplantados renais (doadores falecidos), que vem alcançando um alto índice
de melhoria com pacientes em fase de rejeição.
MAIS ALGUMAS
EXPERIÊNCIAS SOBRE REIKI.
Nível de
hemoglobina e Reiki: Cura com Reiki – uma perspectiva fisiológica
A experiência foi organizada por Wendy Wetzel e publicada no
Jornal de tratamentos holítiscos, em 1989 (p. 7)
Objetivo
O objetivo do estudo foi examinar os efeitos da terapia
Reiki nos níveis de hematócrito e hemoglobina humana.
Procedimento
Os níveis de hemoglobina e os hematócritos de 48
participantes do curso de nível I de reiki foram analisados. As origens deste
alunos e suas motivações foram levadas em consideração e analisadas. Um grupo
de controle (não tratamento) foi determinado, de forma que se pudesse medir os
níveis de hemoglobina e hematócrito sob condições normais.
Conclusão
Usando o teste T, encontrou-se uma significante estatística
de mudanças entre os índices antes e após o curso, mais que nível p > 0,01.
28% dos alunos tiveram um crescimento nos seus índices. Os alunos restantes
apresentaram um decréscimo. Não houve nenhuma mudança no grupo de controle durante
o mesmo intervalo de tempo.
Conclui-se que o Reiki possui um efeito fisiológico
mensurável. Os dados indicam que a energia pode ser transferida entre dois
indivíduos, com o propósito de cura, balanceamento e maior bem estar. Alguns
indivíduos tiveram seus nível sanguineo aumentado, enquanto outros o tiveram
diminuídos, o que o Reiki gera um efeito equilibrador para cada indivíduo,
Testes em
pacientes com doenças crônicas, utilizando um aparelho eletro-dermatológico.
O estudo se intitulou-se A
eficácia do tratamento de cura com Reiki: melhora na supra-Renal, no baço e nas
funções nervosas, conforme quantificadas pelo aparelho eletro-dermal.
O estudo foi elaborado por Betty Hartwell e por bárbara
Brewitt publicado na revista Terapias
Alternativas (julho de 1997, p. 89)
Objetivo
O propósito deste estudo foi o de avaliar os efeitos
terapêuticos dos tratamentos de Reiki nas doenças crônicas usando o aparelho
eletro-dermatológico.
Procedimento
O estudo observou 05 pacientes com risco de vida e doenças
crônicas: lúpus, fibromialgia, tireóide, papeira e esclerose múltipla. Foram
procedidas a 11 sessões de uma hora de tratamento Reiki utilizando-se 4
diferentes terapeutas, todos com nível II e um Mestre Reiki, durante um período
de 10 semanas. Os praticantes de Reiki, sistematicamente colocavam suas mãos obedecendo as mesmas
posições incluindo a região neurovascular do cérebro, os pontos neurolinfáticos
no tronco e chakras menores nos membros. Nenhum tratamentos médico convencional
ou alternativo foi utilizado durante este período. Foram dados três tratamentos
em dias consecutivos, de início e no decorrer, um tratamento por semana, num
período de oito semanas.
Análise
Os pacientes foram testados três vezes durante o estudo:
1.Antes do estudo começar.
2.Após o seu terceiro tratamento.
3.Após o décimo tratamento.
Cada pessoa foi analisada e mensurada na resistência
elétrica de sua pele em três ponto de acupuntura nas mãos e pés. No ponto
toráxico/cervical as medidas foram 25% abaixo do normal para normal. As medidas
relativas a supra-renal foram de 8.3% abaixo do normal a normal. Entre a
medição do meio e a última, as medidas relativas ao funcionamentos do baço
variavam entre 7,8% abaixo do normal, após as três primeiras sessões. Todos os
pacientes afirmaram ter todo um alto relaxamento, após as sessões, uma
diminuição da dor e um aumento na sua disposição.
Dor, ansiedade e depressão em três
pacientes crônicos com o tratamento Reiki.
O estudo foi realizado por Linda J. Dressen e Sangeeta Singg
e publicada no Jornal de Energias Sutis e
Medicina Energética (1998, p. 9)
Objetivo
Medir os efeitos do tratamento Reiki na ansiedade, dor e
depressão em pacientes crônicos.
Procedimento
120 pacientes em estado de dor por um ano ao menos, foram
selecionados. Suas dificuldades abrangiam: dor de cabeça, problemas cardíacos,
câncer, artrite, úlcera, asma, hipertensão e HIV. Quatro diferentes tratamentos
foram dados a três grupos de 20 pacientes. Os quatro tratamentos abrangiam:
Reiki, relaxamento muscular progressivo, nenhum tratamento, um falso Reiki.
Cada um dos grupos receberam 10 tratamentos de 30 minutos, duas vezes por
semana, durante cinco semanas. Os pacientes eram examinados antes e após os
tratamentos e os pacientes que foram tratados com Reiki foram examinados
novamente três meses após o término do tratamento.
Análise.
Reiki provou-se mais eficaz do que outra tratamentos em 10 a
12 variáveis, num percentual p < 0001 – 04.
Na análise feita três meses depois, os resultados
continuavam consistentes e comprovou-se um alto índice de redução nos sintomas
de dor.
Concluiu-se que há significantes efeitos do Reiki sobre a
ansiedade, dor e depressão.
Usando Reiki para controle da dor: um
estudo preliminar.
O estudo foi elaborado no instituto de câncer em Edmonton,
USA< e está disponível no site alta.karino@cancerboard.ab.ca
Foi publicado no Câncer
Prev. Control de 1997.
Objetivo
Explorar a utilidade do Reiki como um tratamento alternativo
ao tratamento do ópio, no controle da dor. Um estudo piloto.
Procedimento
20 voluntários que experimentavam dor em 55 locais
diferentes, incluindo câncer. Os tratamentos foram todos procedidos por um
terapeuta com nível II. A dor era mensurada usando tanto uma escala analógica
visual (VAS) quanto a escala de Likert, imediatamente antes e após cada
tratamento de Reiki.
Conclusão
Ambos os instrumentos mostraram aumento significativo (p
< 0,0001) na redução da dor com Reiki.
REIKI ESTIMULA
RESPOSTA IMUNOLÓGICA
A reportagem é da Revista Época, os benefícios do Reiki
estão sendo estudados pela comunidade científica (UNIFESP e USP) passou a endossar o valor desta
terapia.
Leiam a entrevista a seguir vale a pena:
REIKI ESTIMULA RESPOSTA IMUNOLÓGICA.
Entrevista com Ricardo Monezi, biólogo pesquisador da
UNIFESP
O Reiki – técnica de imposição de mão desenvolvida no final
do séclu XIX pelo teólogo japonês Mikao Usui pode ser uma ferramenta auxiliar
mo tratamento de doença?
Muitos garantem, sem pestanejar, que pode. Mas a confirmação
científica dessa possibilidade começa a se consolidar agora, a partir de
pesquisas como a do biólogo Ricardo Monezi, da Univerdade Federal de São Paulo,
que indica interferência favorável da técnica no tratamento de animais de
laboratório com câncer.
Segundo Monezi, o Reiki age positivamente na redução do
nível de estresse, uma das possíveis causas do surgimento, agravamento e até
comprometimento do tratamento de doenças crônicas como o diabetes.
Durante cinco anos, Monezi conduziu uma pesquisa com
camundongos para saber se o Reiki interferiria positivamente no tratamento
contra o câncer. Ele montou três grupos de camundongos. O primeiro não recebeu
tratamento, o segundo recebeu tratamento falso – a imposição de mãos feita com
a colocação de luvas presas a duas hastes de madeira; e o terceiro foi tratado
com Reiki.
Monezi analisou o comportamento dos linfócitos – que são os
responsáveis pela defesa imunológica do organismo – frente a um tumor e
concluiu que os ratos submetidos ao Reiki mostraram aumento da capacidade de
enfrentar a doença. O mesmo padrão foi observado com tumores mais agressivos.
Os animais foram submetidos ao Reiki durante quatro dias, em sessões de 15
minutos.
Segundo biólogo, esses resultados afastam a hipótese de que
o sucesso do tratamento seja resultado de sugestão psicológica. A próxima etapa
de sua pesquisa será observar o uso do Reiki em seres humanos. A intenção é
verificar se o Reiki pode colaborar para reduzir o estresse e melhorar a
imunidade de pacientes idosos, que muitas vezes sofrem baixa em sua
resistência.
A palavra reiki significa Energia Vital universal. Seus
criadores basearam-se na crença de que a energia liberada por um praticante de
Reiki envolve o paciente, atuando sobre seu corpo físico.
Do ponto de vista físico, explica o pesquisador, o ser
humano é constituído por energia – o que pode ser observado, por exemplo, no
eletrocardiograma, que mede a função elétrica do coração. Desde a década de 80,
diversas correntes de pesqusia têm buscado embasamento científico para a teoria
que fundamenta o Reiki e outras técnicas de imposição de mãos.
Todas tem contatado, que efeitos, sensação de bem-estar,
dimunuição de sintomas relacionados a estresse e a sensação de relaxamento.
Há trabalhos que indicam a técnica no tratamento da ansiedade,
depressão e fobias como a síndrome do pânico. Monezi fala em indicação
terapêutica complementar. Isto é, um terapia de apoio ao tratamento
convencional.
Revista época – edição 459 (21/03/2007) Fonte: http://marlucereiki.blogspot.com.br/2012/03/algumas-pesquisas-com-terapia-reiki.html
Nos cinco livros que li da Lama Alexandra David-Neel, a única mulher
ocidental a se tornar Lama no Tibete, antes da invasão chinesa de 1948,
ela narra as dificuldades de acesso a informações sobre os
procedimentos, cerimônias, iniciações e treinamentos especiais dos
monges budistas das mais diferentes linhagens. Essa dificuldade não se
prendia unicamente ao fato dela ser mulher e francesa.
Era o cuidado que os monges tinham em não divulgar as coisas relativas
ao sagrado a pessoas despreparadas, ignorantes, desconhecidas e
possivelmente cheias de outras intenções, como aconteceu com a
civilização egípcia, com Atlanta, os Maias e os Incas. Várias vezes ela
foi colocada à prova sobre suas verdadeiras intenções em perguntar para
aprender as práticas milenares passadas de mão em mão, de mestre para
aluno, desde o começo dos tempos.
Estamos falando aqui de uma mulher que andou pelos quatro cantos do
Tibete, que é um país localizado no topo do Himalaia, as montanhas mais
altas, difíceis e perigosas do mundo, onde não havia estradas e o
inverno é, ainda hoje, um dos mais rigorosos do planeta. Tudo era feito a
pé com a ajuda de cavalos e dedicados monges.
Alexandra narra uma técnica energética aprendida para suportar o frio,
semelhante ao Reiki, vindo da mesma origem e repassado sempre pela
iniciação presencial, pelo toque do mestre no campo áureo do aluno. São
várias as técnicas energéticas vindas da mesma origem mas são poucas as
que chegaram intactas ao Ocidente.
Quando o mestre toca o aluno com a intenção de iniciá-lo, abre
imediatamente a conexão que ele recebeu do mestre anterior e assim
sucessivamente até o começo dos tempos. Um mestre despreparado,
desatencioso e negligente pode fazer todo o ritual da iniciação e não
passar os códigos sagrados ao aluno. É como colocar a senha e acessar um
site inteiro. Sem o ritual da iniciação é como acessar um site e não
ter a senha para acessar as páginas exclusivas para assinantes.
Assim era nas artes marciais e em todas as técnicas de cura que
sobreviveram ao tempo, e algumas delas estão em prática no Ocidente. Os
samurais japoneses também praticavam essa técnica entre as muitas outras
ainda hoje cultivadas no Japão nos rituais de lutas "sumo", onde o
lutador faz uso do sagrado para fechar as feridas, desinflamar e
desinchar musculatura. O mestre Mikao Usui vem de um longa linhagem de
samurais e por isso poude se preparar para receber a iluminação e
canalizar o Reiki.
No Brasil de hoje, não só as artes marciais perderam o contato com o
sagrado mas muitas academias sequer sabem fazer outra coisa a não ser
ensinar alunos a brigar. O comércio tomou conta e a violência urbana
ganhou adeptos treinados para agredir e até matar. A milenar arte do
Reiki, vinda do Japão, de uma linhagem de samurais e militares leais ao
Imperador, é objeto do mal-uso e da ignorância mesclada com o interesse
financeiro descontrolado e sem a noção do sagrado caminho da
prosperidade.
Cada vez mais aparece os vendedores de diplomas e certificados de Reiki
na internet, em jornais e até em revistas especializadas e as pessoas
não se tocam que estão vilipendiando, manipulando, falsificando o ensino
do sagrado com falsas afirmações, na ilusão de que o universo não está
atento a cada milésimo de segundo de suas ações e reações. Alguns
sindicatos e associações, sem esse conhecimento, filiam e credenciam
"mestres" que jamais tiveram os fios do seu corpo magnético alterado com
iniciações.
O universo só lê cada linha escrita por nós mesmos nesta vida. Com
todos os meios de comunicações disponíveis, não há como você alegar que
não sabe o que está fazendo com as coisas sagradas. Apesar de não
concordar com o conteúdo filosófico do Papa Bento, respeito muito a sua
linhagem e louvo a coragem de lembrar aos traficantes que eles terão de
"prestar contas a Deus". Não se pode confundir Reiki com magia, mesmo
porque são esferas diferentes de energia.
A magia pode ser transmitida à distância e os "magos negros" transmitem
seus poderes à distância para aqueles que se colocam receptíveis a isso
porque não há escrúpulo algum em se fazer isso e nem há compromisso com
os desígnios do universo ao Sol Central. Já as iniciações e os símbolos
sagrados só funcionam quando há o toque físico do mestre nos fios que
compõem o corpo espiritual do aluno. Se você aceitou comprar
certificados com o nome Reiki escritos neles, e alguém assinando como
"mestre", pode estar certo de que comprou gato por lebre e ainda está
contribuindo com aqueles que querem quebrar os códigos sagrados e suas
práticas de cura -fique certo de isso eles nunca conseguirão!
Tratamentos com Reiki podem ser feitos à distância porque não implicam
na alteração da disposição dos fios energéticos que compõem o corpo
espiritual da pessoa que recebe. Esses tratamentos fortalecem a camada
de fios e reforça a memória celular no compromisso com a saúde e a
prosperidade física, mental, emocional e espiritual. São um chamado à
origem.
Já a magia negra funciona à distância porque ataca os fios fragilizados
dos corpos energéticos, blindando-os com a força do outro lado da luz,
resultando na doença e na queda da balança da prosperidade. Não há
iniciações à distância, há aprisionamentos e a pessoa que recebeu a
carga, pensando estar iniciada, passa a ser uma marionete no campo de
força de quem enviou, isto é, uma conexão aberta a toda a egrégora
daquele ou daquela que tenta violar o sagrado em nome de iniciações à
distância. Isso chama-se, também, compra de carma negativo.
Muitos mestres norte-americanos, que iniciaram pessoas no Brasil,
cometeram o engano de dizer que existe iniciação à distância e isso fica
por conta do pouco conhecimento das práticas orientais ou do
conhecimento apenas literário sem jamais ter pisado em solo asiático nem
passado por treinamentos sérios de linhagens orientais. Foram muitos os
enganos, ao ponto de incluírem na biografia do mestre Mikao Usui o
título de padre católico sem que haja a possibilidade de isso ter
acontecido no tempo e no lugar onde trabalhou e viveu o canalizador do
sitema Reiki de energização, como afirmam os pesquisadores Walter
Lubeck, Frank Arjana Petter e William Lee Rand no livro "O Espírito do
Reiki", e a Lama Alexandra David-Neel no livro "Iniciações e Iniciados
no Tibete".
Há que se ter cuidado com os aproveitadores que se dizem "mestres" da
mesma forma de que devemos ter dos falsos jornalistas, falsos médicos,
falsos bilhetes de loteria, falsos documentos de identidade, etc. É
muito oportuno que você veja o filme "Apocalypto", de Mel Gibson, para
ver o que aconteceu com a civilização Inca/Maia/Asteca e seus excessos,
mal-uso e equívocos dos seus sacerdotes ao manipular o sagrado.
Por José Joacir dos Santos - mestre Reiki, Xamã Oriental
O budismo analisa e desmonta os mecanismos da felicidade e do sofrimento. De onde provém o sofrimento? Quais são as causas dele? Como remediá-lo? Pouco a pouco, ao mesmo tempo pela análise e pela contemplação, o budismo remonta às causas profundas do sofrimento. É uma busca que interessa a todo ser humano, seja ele budista ou não.
O sofrimento é um profundo estado de insatisfação, talvez associado a dor física, mas que antes de tudo é uma experiência do espírito. É evidente que diferentes pessoas percebem de maneiras opostas as mesmas coisas, sejam elas agradáveis ou desagradáveis. O sofrimento surge quando o “eu”, que nós prezamos e protegemos, está ameaçado ou não obtém aquilo que deseja. Os mais intensos sofrimentos físicos podem ser vividos de maneiras muito diferentes, segundo nossa disposição de espírito. Além disso, os objetivos corriqueiros da existência – o poder, as posses, os prazeres dos sentidos, a fama – podem proporcionar satisfações momentâneas, mas não são nunca fontes de satisfação permanente e, cedo ou tarde, se transformam em descontentamento.
Tais satisfações jamais trazem uma plenitude durável, uma paz interior invulnerável às circunstâncias externas. Ao perseguirmos objetivos mundanos durante toda a vida, temos tão pouca chance de atingir uma felicidade verdadeira quanto um pescador que lançar suas redes em um rio seco.
Esse estado de insatisfação e característico do mundo condicionado, que, por natureza, só pode trazer satisfações efêmeras. Em termos budistas, diremos que o mundo ou ‘círculo` dos renascimentos, o sansara, é impregnado de sofrimento.
Mas isso não é nem um pouco uma visão pessimista do mundo, é uma simples constatação. A etapa seguinte consiste de fato em procurar remédios para esse sofrimento. Para isso, é preciso conhecer a causa dele. Em uma primeira análise, o budismo conclui que o sofrimento nasce do desejo, do apego, do ódio, do orgulho, da inveja, da falta de discernimento e de todos os fatores mentais que são chamados “negativos” ou “obscurecedores”, porque transtornam o espírito e o mergulham em um estado de confusão e insegurança.
Essas emoções negativas nascem da noção de um “eu” que prezamos e queremos proteger a qualquer preço. Esse apego ao eu é um fato, mas o objeto desse apego, o “eu” não tem nenhuma existência real – não existe em parte alguma e de modo algum como uma entidade autônoma e permanente. Não existem nas partes que constituem o indivíduo – o corpo e o espírito -, nem fora dessas partes, nem no agregado delas. Se argumentarmos que o eu corresponde à reunião dessas partes, isso resulta em admitir que ele não passa de uma simples etiqueta colocada pelo intelecto à reunião temporária de diversos elementos interdependentes.
Na verdade, o eu não existe em nenhum desses elementos, e sua própria noção desaparece assim que esses elementos se separam. Não desmascarar a impostura do eu é ignorância: incapacidade momentânea de reconhecer a natureza verdadeira das coisas. Portanto, é essa ignorância a causa última do sofrimento. Se conseguirmos dissipar nossa compreensão errônea do eu e da crença na solidez dos fenômenos, se reconhecemos que esse “eu” não tem existência própria, por que temeríamos não obter o que desejamos e sofrer o que não desejamos?
Extraído do livro O Monge e o Filósofo - Jean-François Revel; Matthieu Ricard
Uma das coisas bacanas oferecidas por eventos como a Virada Sustentável é a oportunidade de visualizar e conhecer assuntos, atividades e pessoas que nem sabíamos que existiam. Esse foi o meu caso com a meditação kundalini, método criado pelo mestre espiritual Osho, de origem indiana. A técnica foi oferecida pela Lótus Terapia e Meditação numa simpática casinha na Vila Madalena. Apesar de já ter lido vários livros do Osho e ser uma praticante experiente de meditação, nunca havia feito uma algo tão dinâmico.
A sala de meditação é aconchegante e, após a prática, consegui entender porque o chão era todo forrado com EVA, proporcionando um apoio mais confortável e macio aos pés. Dayita e Akhila, nossas anfitriãs e facilitadoras, sentaram com as pessoas numa roda e, seguindo o padrão das práticas terapêuticas em grupo, fizeram uma breve meditação guiada nos moldes tradicionais. Elas entoaram o mantra OM para conectar e equalizar a energia de todos os participantes.
A particularidade dessa meditação foi a visualização de uma chama violeta subindo e descendo em espiral pela coluna, que deve ter como objetivo dar uma boa limpeza no canal principal da energia que será trabalhada. Para quem não conhece o termo, kundalini é o nome que se dá para a energia que fica em estado dormente, enrolada como uma cobra, na base da espinha dorsal. Os praticantes do tantrismo, por exemplo, trabalham com afinco para que essa força vital ascenda. Eles acreditam que a kundalini pode ser uma energia sexual poderosa.
Após esta preparação, Dayita explicou que Osho desenvolveu alguns métodos ativos de meditação, com movimentos de diversos tipos, que ajudam a limpar as energias emocionais mais grosseiras, como uma forma de preparação para a meditação contemplativa tradicional. Nesse ponto, Akhila começou a explicar o que é a meditação kundalini. Elas falaram e demonstraram as quatro fases da prática:
Primeira fase
Nesse ponto devemos fazer um movimento de chacoalhar o corpo, soltar bem os joelhos, as articulações e o pescoço sempre em um movimento vertical. A única recomendação era não girarmos para os lados, pois a kundalini vai em sentido vertical. A demonstração me lembrou um pouco os bonecos de marionete.
Segunda fase
Todos os participantes começam a dançar. Dayita comentou uma frase de Osho, “você pode escolher ser um dançarino ou a dança”, e nos recomendou que tentássemos ser a dança.
Terceira fase
Nesse ponto começa uma meditação baseada na respiração. Permanecemos sentados e com a tradicional recomendação de apenas observarmos as reações da nossa mente e corpo sem fazer qualquer tipo de julgamento.
Quarta fase
Nesse momento a prática da meditação é feita com as pessoas deitadas. As anfitriãs recomendavam que os participantes tomassem cuidado para não cair no sono.
A experiência
Depois da explicação, foram oferecidas, a quem quisesse usar, vendas para os olhos. O intuito era direcionar a atenção dos participantes para a atividade em si e não para o movimento ao redor. Sei por experiência que essas vendas ajudam bastante e por isso peguei uma. Nos espalhamos pela sala com os olhos vendados. Nesse momento, teve início uma música ritmada, de suave e aguda percussão que envolve o ouvinte de uma forma impressionante.
O que na demonstração me pareceu uma marionete pulando, se transformou. Eu me senti possuída por aquele som. Meu corpo todo chacoalhava sem controle. Por vezes, fazia ondas verticais como uma cobra subindo numa árvore. Foi uma sensação muito estranha porque parte de mim, acostumada com a meditação, conseguia observar aquele corpo que não parecia meu. Nunca imaginei que pudesse fazer aqueles movimentos com aquela intensidade. Por momentos me lembrei das práticas do candomblé e das danças africanas Achei lindo perceber como a natureza humana é mesmo única. Aquilo depois fez todo sentido para mim, pois, estávamos trabalhando a kundalini e a mãe África é a raiz da energia da vida e ninguém entenderia disso melhor do que ela.
Outra sensação intensa foi a de calor. Todo esse movimento aumentou minha temperatura corporal. Senti um calor que não havia sentido nem na tenda de suor xamânica. Porém, era algo que não vinha de fora, mas de dentro e junto com uma vontade quase incontrolável de tirar a roupa o que, infelizmente, não era possível. E a noite lá fora era de inverno, estava bem frio.
Eu me perguntava da onde vinha todo este calor. Comecei a sentir náuseas e precisei retomar um pouco do controle do meu corpo, diminuir o ritmo e levantar a cabeça que pendia o tempo todo para frente a fim de me recompor. A música parecia não acabar nunca e qualquer distração me levava novamente a chacoalhar meu corpo todo enlouquecido.
Após 15 minutos, que me pareceram uma eternidade, outra música marcou o início da segunda fase. Comecei a dançar de forma fluida e circular. Era como se a serpente estivesse se acalmado, mas continuasse lá, agora, se permitindo lançar para as laterais em movimentos de infinito, e minhas mãos subindo e descendo desenhando a kundalini.
Em pouco tempo começou uma nova música e sentamos todos em meditação. Percebi ainda estar enjoada e com a cabeça latejando um pouco. Apesar do desconforto, sabia que isso é resultado da movimentação de energia e da liberação de algumas toxinas. Na verdade, nesse momento, fui tomada por um sentimento de profunda gratidão.
Finalmente começou a última música e deitamos para os minutos finais de entrega. Percebi que meu corpo, após toda aquela movimentação, cada vez mais perdia o foco na respiração e fazia minha mente divagar. Foi como se a parte dinâmica tivesse conectado de uma forma mais estreita o meu corpo da minha mente. Foi interessante.
Quando a prática acabou, nos cumprimentamos com a saudação “namastê” e nos abraçamos carinhosamente, fechando o ciclo iniciado há uma hora e meia. Fiquei tão intrigada com a primeira música e seu incrível efeito sobre o meu corpo que fui conversar com Dayiti a respeito. Ela me disse que Osho dirigia e acompanhava a composição das músicas para que elas proporcionassem um resultado efetivo durante cada fase da prática.
A meditação kundalini foi uma experiência inesperada e surpreendente. Trouxe muitas de informações novas, coisas que eu não sabia a meu respeito e que agora devem ser elaboradas pelo meu intelecto, pois acredito que toda experiência resulta em um conhecimento apreendido.
Por ser uma meditação intensa, é recomendável que exista uma avaliação e um acompanhamento profissional para as pessoas em tratamento psiquiátrico ou com algum problema sério de saúde. É preciso informar as condições de saúde antes da prática.