O QUE É FILOSOFIA?
A filosofia investiga como se
pode viver melhor (ética), que tipos de coisas realmente existem e quais são
suas verdadeiras naturezas (metafísica), o que pode ser considerado
conhecimento legítimo (epistemologia), e quais são os princípios corretos do
raciocínio (lógica). Derivada do grego, a palavra filosofia (φιλοσοφία)
significa ‘amor à sabedoria’, associando phílos (φίλος) ‘amigo, ou amante’ a
sophia (σοφία) ‘sabedoria’.
Tal definição por si só
é tema da própria filosofia; certamente, há muitas maneiras de
descrevê-la, algumas enciclopédias caracterizam filosofia em termos de
investigação intelectual e da aplicação do raciocínio na análise crítica, bem
como do diálogo ou da introspecção para resolver problemas complexos
e importantes. Outros afirmam que a filosofia avalia seu próprio processo de
investigação. Ainda outros argumentam que filosofia complementa as melhores
elaborações em cada campo intelectual.
A situação ficou mais
complicada quando a filosofia ocidental contemporânea foi dividida em
tradição continental e analítica. Embora a palavra
filosofia tenha origem na tradição ocidental, ao longo da história, muitos
autores no oriente abordaram tópicos similares de maneiras similares, tais
contribuições são conhecidas como filosofia oriental. O que deve, e o que
não deve ser considerado como filosofia - e quem pode ou não ser reconhecido
como filósofo – são temas freqüentes de debate na tradição ocidental.
Historicamente, a filosofia
foi associada aos assuntos mencionados acima. Além disso, existe uma busca
contínua por um padrão que una as discordantes atividades e os contraditórios
interesses filosóficos daqueles que estudaram tais assuntos. É possível listar
uma série de propostas explicativas de diversos filósofos ou tradições filosóficas
sobre o que a filosofia é, e o que não pode ser. Conseqüentemente,
o relativismo meta-filosófico sustenta que qualquer afirmação pode
ser considerada uma afirmação filosófica, pois não há nenhum modo objetivo de
desqualificá-la como tal.
Alguns teóricos defendem a
posição que qualquer filosofia construída é simplesmente uma reflexão sobre os
laços que unem socialmente uma pessoa a certa cultura. Segundo Hegel, "a
Filosofia é aquilo que retém sua própria época no pensamento.”.
Platão, ou o protagonista nos
seus diálogos Sócrates, sugeriu certo número de virtudes para os filósofos. Uma
das virtudes é o sentimento da curiosidade (ânsia pelo saber) relacionada ao
mundo. Entre outras coisas, Platão não aceitou que
os retóricos tivessem lugar na filosofia. Analogamente, Berkeley
declarou que a filosofia era nada mais do que o estudo de sabedoria e da
verdade.
Ainda outras virtudes podem
ser retiradas da literatura, as inspiradas na famosa crítica aos filósofos de
Karl Marx nas Teses sobre Feuerbach, a então criada virtude de natureza
crítica do pensamento filosófico como instrumento direcionado à crítica
social e à correta práxis . Muitas visões tentaram demolir
o que ocorre em uma ou outra parte da filosofia. Os positivistas lógicos
negaram a validade da metafísica e da filosofia tradicional, e proclamaram que
as afirmações sobre metafísica, religião e ética são destituídas da
significação cognitiva e são nada mais do que a expressão de sensações ou
desejos. Um outro exemplo é aquele de Nietzsche denunciando filósofos "que
não são honestos bastante em seu trabalho, embora façam uma grande e virtuosa
algazarra quando o problema da veracidade é tocado mesmo levemente”.
Todos eles se colocam como se
tivessem descoberto e encontrado suas verdadeiras opiniões pelo
autodesenvolvimento de uma dialética divinamente isenta... enquanto no fundo é
uma suposição, um pressentimento. De fato uma espécie "de inspiração"
- muitas vezes um desejo do coração que foi filtrado e tornado abstrato - feito
isto, defendem suas especulações com razões forjadas extrapolando fatos.
Outros, como Francis Bacon, argumentaram que a filosofia não contribui para
nada, é simplesmente um eco da natureza.
Entretanto, concepções
positivas de filosofia não são difíceis encontrar. O que caracteriza um
trabalho filosófico sadio é às vezes sintetizado pelo conceito ‘Método
Filosófico’. Alguns filósofos entenderam que a filosofia é a busca e a
demarcação dos limites e poderes do raciocínio humano e que os argumentos devem
seguir as regras da lógica para evitar falácias. Admite-se, também, que o
método científico deve ser seguido tão estreitamente quanto permitirem os
tópicos trabalhados . Se um ramo da filosofia em algum momento puder seguir
totalmente as normas do método científico, este não é mais denominado
filosofia, mas sim ciência..
Termos depreciadores foram
criados para fornecer exemplos de não-filósofos e não-filosofias.
"A Pseudofilosofia" é usada para descrever aquelas atividades
que não se associam com uma espécie sensata de questionamento, e
"philosophaster" é um termo usado para descrever aqueles que se
ocupam com pseudofilosofia.
“A filosofia deve começar com
algo tão simples que não pareça ser digna de crédito, e terminar com algo tão
paradoxal que provocará até pânico.” Bertrand Russell (quoted by
John D. Barrow, Pi in the Sky, 1992, p. 188) Wikipedia: Philosophy
A história da
filosofia é o estudo das idéias filosóficas e de conceitos através do
tempo. Questões especificamente relacionadas à história da filosofia poderiam
incluir: Como transformações na filosofia podem ser avaliadas historicamente? O
que influencia o desenvolvimento do pensamento em seu contexto histórico? Até
que ponto textos filosóficos de eras históricas prévias podem ser entendidos
hoje?
Seja ocidental, oriental,
religiosa ou secular, as escolas filosóficas desenvolveram-se pela tradição e
por descobertas independentes. Suas teorias derivaram de diferentes premissas e
abordagens, como exemplos pode-se incluir o racionalismo -teorias
derivadas da lógica, assim como as filosofias supernaturalistas e
as religiões. A história da filosofia procura catalogar e classificar
tal desenvolvimento, e portanto, procura compreender o desenvolvimento das
idéias filosóficas através do tempo. Wikipedia: History of Philosophy
FILOSOFIA ANTIGA
A filosofia ocidental surgiu
nas cidades gregas da Ásia Menor no século VI A.C., e a primeira escola de
pensamento que admitiu ser o universo explicável pela investigação racional foi
a dos filósofos-naturais da Escola de Mileto.
Os filósofos pré-socráticos rejeitaram
as tradicionais explanações mitológicas para os fenômenos e mistérios da vida e
buscaram explicações mais racionais. Quando perguntavam: ‘O que é natureza (physis)’ entendiam “Qual é a substância
geradora de todas as coisas?”.
Esses filósofos tentaram
definir todas as coisas pela sua substância primeira (arché) da qual o universo teria sido formado e que seria
a fonte de toda a vida.
Tales pensou ser a água.
Mas como era impossível explicar que algumas coisas (tais como o fogo) procedem
deste elemento, Anaximandro escolheu um elemento inobservável
e indefinido, o ‘apeiron'.
A natureza indeterminada do
apeiron despertou críticas, levando Anaxímenes a definir o ar
como elemento primordial, um elemento mais concreto, contudo ainda, elemento
sutil. Anaxímenes sustentou que pela evaporação e condensação, o ar pode se
transformar em outros elementos tais como o fogo, a água, e a terra.
Outros pensadores e escolas de
pensamento apareceram por toda Grécia nos séculos seguintes. Entre os mais
importantes destacam-se:
Pitágoras considerou o número como princípio
fundamental e essência de todas as coisas. Ele não fazia distinção entre forma,
lei, e substância. Considerava o número o elo entre estes elementos, levando-o
a descobrir várias relações matemáticas no mundo natural.
Heráclito discordou de Tales, Anaximandro, e Pitágoras
sobre a natureza última da substância, Em contraste, propôs que a natureza de
tudo é a própria mudança (devir). Para Heráclito
tudo está em "fluxo", como exemplificado no seu aforismo famoso
"Panta Rhei": "Tudo flui e nada é imutável. Ou
Tudo flui e nada é permanente. Ou Todas as coisas estão em movimento e nada
permanece imóvel”.
A idéia de logos também
lhe é creditada, uma vez que proclama que tudo deriva do logos. Além disso, Heráclito disse "sou como não
sou", e "Quem me ouve, não me ouve, mas ao logos que dirá "Tudo é um". Heráclito
considerou o argumento da mudança fundamental a qualquer teoria da natureza.
Empédocles foi o primeiro a propor que a matéria é
formada por quatro elementos: terra, água, ar e fogo. “E, para explicar a
diversidade de formas materiais, postula a existência de um par de forças: amor
(philia) e ódio (neikos) responsáveis pela combinação e separação dos
elementos...”.
Anaxágoras (a realidade é tão ordenada
que só pode ser governadas por uma mente inteligente),
Os Pluralistas e os Atomistas (o mundo é formado por
inumeráveis elementos que interagem entre si).
Os Eleátas, Parmênides e Zenão ( Tudo é Um e a mudança é
impossível), os Sofistas(tornaram-se
conhecidos, talvez injustamente, por considerar a verdade não mais do que
opinião e por ensinar a discutir falaciosamente comprovando quaisquer
conclusões). Esses movimentos gradualmente se concentraram em Atenas, que se tornara a cidade-estado
dominante na Grécia.
Há considerável discussão
sobre por que a cultura Ateniense estimulou a filosofia, mas uma teoria popular
diz que ele ocorreu porque Atenas teve uma democracia direta. É conhecido dos textos
de Platão que muitos sofistas mantiveram escolas de debate, foram membros
respeitados da sociedade, e bem pagos pelos seus estudantes. Os oradores
influíram na história Ateniense, possivelmente até causando o seu fracasso
(Veja a Batalha de Lade).
Outra teoria explica a origem
do debate filosófico em Atenas pela presença de mão-de-obra escrava que
executava as funções necessárias que teriam consumido o tempo dos cidadãos
livres masculinos. Liberados do trabalho nos campos e de outras atividades
econômicas manuais puderam participar de reuniões em Atenas e passar longos
períodos discutindo filosofia popular. Os estudantes Sofistas deveriam
desenvolver a habilidade da oratória para influir na Assembléia Ateniense e
para adquirir respeito e fortuna. Conseqüentemente, os objetos e os métodos de
debate foram altamente desenvolvidos pelos Sofistas.
Sócrates
A figura-chave na
transformação de filosofia grega em um projeto unificado e permanente
(pretensão não alcançada ainda hoje) é Sócrates, que estudou com vários Sofistas.
Diz-se que depois de uma
visita ao Oráculo de Delfos ele
passou grande parte da sua vida interrogando pessoas em Atenas para refutar a
profecia oracular que não havia alguém mais sábio do que Sócrates. Através
desses diálogos vivos, ele examinou conceitos comuns, mas críticos que
necessitavam de definições claras e concretas, como beleza e verdade, e as
virtudes: piedade, sabedoria, temperança, coragem, e justiça. Sócrates,
consciente da própria ignorância, percebeu seus próprios erros bem como os
erros daqueles que apresentavam ‘conhecimentos’ baseados em preceitos falsos e
pouco nítidos ou em meras crenças. Ele não escreveu nada, mas influenciou
muitos discípulos, incluindo filhos de proeminentes cidadãos Atenienses
(inclusive Platão), que o levaram ao julgamento e execução em 399 antes de
Cristo, sob acusação de que sua filosofia e sua dialética corrompiam a
juventude, a religiosidade, e a fibra moral da cidade. Teve a chance de se
livrar desse destino, mas decidiu permanecer no Atenas e, segundo seus
princípios, beber a cicuta.
Método Socrático
Com certeza sua contribuição
mais importante para o pensamento ocidental é a sua dialética (respondendo a uma pergunta com
outra pergunta) o método da interrogação, conhecido como Método Socrático ou
‘elenchos’, que ele amplamente aplicou ao exame de conceitos morais-chaves como
o Bem e a Justiça. Foi primeiramente descrito por Platão nos Diálogos
Socráticos. Para resolver um problema você faz uma pergunta e encontrando a
resposta você terá uma provável resposta ao seu problema. Isto
levou ao surgimento do Método Científico, no qual o primeiro passo diz formular
o problema como pergunta. Portanto, Sócrates é habitualmente considerado o pai
da filosofia política e da ética ou filosofia moral, e fonte dos principais
temas na filosofia Ocidental, em geral. (O método pode ter sido sugerido por
Zenão de Elea, mas Sócrates refinou-o e aplicou-o a problemas éticos.)
Neste método, uma série de
perguntas é colocada para ajudar uma pessoa ou o grupo de pessoas na
determinação de suas crenças subjacentes e da extensão do seu conhecimento. O
método Socrático é um método negativo de eliminação de hipóteses, em que as
melhores hipóteses são encontradas pela persistente identificação e eliminação
daquelas que levam a contradição. Foi projetado para forçar as pessoas a
examinarem a validade das suas próprias crenças. De fato, Sócrates uma vez
disse, "sei que você não me acreditará, mas a forma mais alta da
Excelência Humana é interrogar a si mesmo e aos outros”. Veja o
artigo: Socratic
method
Platão
O discípulo mais importante de
Sócrates foi Platão que fundou a Academia em Atenas e escreveu inúmeros
diálogos aplicando o método Socrático de questionamento.
Uma das idéias centrais dos diálogos de Platão é a Teoria de Formas, isto é, que a mente é dotada
de uma capacidade inata para entender e contemplar conceitos do mais alto nível
do 'mundo das idéias', conceitos mais reais, permanentes, e universais do que
as meras representações de coisas do mundo sensível, que são simplesmente
mutáveis e temporais.
No seu trabalho mais
famoso, A República, Platão ataca
o sistema democrático, responsabilizando-o pela derrota de Atenas na guerra de Peloponeso - considera a
indecisão do povo (que votavam sobre tudo, incluindo a estratégia militar) a
razão para a derrota militar. Propôs em substituição uma estrutura de três
classes sociais: trabalhadores, militares e filósofos, em ordem crescente de
poder (conveniente para ele e seus discípulos, obviamente), valorizando o amplo
conhecimento dos filósofos como a razão para um melhor governo da sociedade.
Platão trata da natureza e sua origem no
diálogo Timeu. O Timeu propõe que
desde que nada "existe ou se transforma" sem uma causa, então a causa
do universo deve ser um Demiurgo ou Deus, ao
qual se refere como o pai do universo. Usando o mundo eterno e perfeito das "formas" ou das idéias como protótipo, o
demiurgo aplica-se a criar nosso mundo, que no princípio era o caos. O Timeu descreve este caos como uma
falta de homogeneidade ou equilíbrio, em que os quatro elementos (terra, ar,
fogo e água), amorfos e misturados estavam em caótico movimento. O ato
essencial do criador é impor ordem e consistência este caos e anarquia...
O Timeu de Platão questiona a
criação dos quatro elementos (terra, água, ar, e fogo) que o pensamento dos
antigos gregos supunha ter produzido o universo. ... O Timeu de Platão postula
a existência de um quinto elemento (que corresponde ao quinto sólido platônico,
o dodecaedro) chamado quintessência, do qual o próprio cosmos é derivado. O Timeu discute também
a teoria da música: por
exemplo, a construção da escala pitagórica. A última parte do diálogo
dirige-se à criação dos seres humanos, incluindo a alma, a anatomia, a
percepção, e a transmigração da alma. Wikipedia: Platão
Aristóteles
O discípulo mais importante de
Platão foi Aristóteles, provavelmente
o primeiro filósofo a criar realmente um sistema filosófico. A lógica aristotélica foi o primeiro tipo
de lógica que tentou categorizar cada
silogismo válido.
Aristóteles define filosofia em termos de essência, declara
que filosofia é "a ciência da essência universal". Platão define
filosofia como "ciência da idéia", entendendo idéia aquilo que
devemos chamar a base incondicional dos fenômenos. Ambos consideram a filosofia
preocupada com o universal; Aristóteles, entretanto, encontra o universal nas
coisas particulares, chamando-o a essência das coisas, enquanto Platão descobre
que o universal existe além das coisas particulares, e lhes é relacionado como
seu protótipo ou exemplar.
Para Aristóteles,
conseqüentemente, o método filosófico implica 'a subida' do estudo de fenômenos
particulares ao conhecimento das essências, enquanto para Platão o método
filosófico significa ‘a descida' do conhecimento de idéias universais a uma
contemplação de imitações particulares daquelas idéias. Em algum sentido, o
método de Aristóteles é indutivo e dedutivo, enquanto o de Platão é
essencialmente dedutivo, a partir de princípios a priori.
Na terminologia de Aristóteles,
a expressão filosofia natural corresponde aos fenômenos do mundo natural, que
incluem: movimento, luz, e as leis da física. Muitos séculos mais tarde estes
assuntos transformar-se-iam em base da ciência moderna, estudado através do
método científico...
O método de Aristóteles tem como foco a
dedução (silogismo). O que é uma
dedução? Aristóteles diz: Uma dedução é o discurso onde uma conclusão é alcançada,
necessariamente, a partir de determinadas suposições. Cada uma das
"suposições" é uma premissa do raciocínio, e o que resulta é a conclusão. A
dedução é uma das duas espécies de raciocínio reconhecidas por Aristóteles. A
outra é a indução. Ele tem pouco a
dizer sobre indução, mas com algum esforço caracteriza ‘indução’ como o
"raciocínio que se move do particular ao universal". Entretanto, a
indução desempenha papel crucial na teoria do conhecimento científico...
"Indução ou raciocínio indutivo, também chamado de
lógica indutiva, é o processo de raciocínio no qual as premissas de um
argumento (consideradas verdadeiras) permitem uma generalização (estabelece
proposições universais a partir de casos particulares) mas não asseguram suavalidade. É empregada na formulação de leis
gerais ou teorias baseadas em observações ‘limitadas’ de padrões repetitivos
encontrados no mundo natural".
Ceticismo
O ceticismo filosófico surgiu na antiga
filosofia grega. Um de seus primeiros defensores, Pirro deElis (360-275 B.C.), após viajar e estudar na Índia
propôs a adoção de um ceticismo “prático”. Posteriormente, na ‘Nova Academia’ Arcesilaus (315-241 B.C.) e Carneades (213-129 B.C.) defenderam
concepções mais teóricas, através das quais as idéias de verdade e falsidade
absolutas seriam refutadas. Carneades criticou as visões dos Dogmáticos,
especialmente dos defensores do Estoicismo, sustentando que a certeza absoluta
do conhecimento é impossível.Sextus Empiricus (200 B.C.), a principal
autoridade do ceticismo grego, desenvolveu uma nova posição, incorporou
elementos do empirismo como base
para a elaboração do conhecimento.
Os céticos gregos criticaram
os estóicos, acusando-os de dogmatismo. Para os céticos, as formas lógicas dos argumentos eram
indefensáveis, porque confiavam em proposições que não poderiam ser
consideradas verdadeiras ou falsas, pois dependiam de proposições adicionais.
Chamado oargumento da regressão,
onde cada proposição depende de outras proposições para manter sua validade.
Além disso, os céticos argumentavam que duas proposições não poderiam depender
uma da outra, porque isto criaria um argumento circular (p implica q, assim
como, q implica p). Para os céticos tal lógica era uma medida inadequada da
verdade porque poderia criar tantos problemas quanto os que teria resolvido. A
verdade não era, necessariamente inatingível, mas uma idéia que ainda não
existe em forma pura. Embora o ceticismo seja acusado de negar a possibilidade
da verdade, na realidade parece ter sido, principalmente, uma escola crítica
que meramente afirmou que os lógicos não conseguiram descobrir a verdade.
Filosofia Ocidental /Pré-Socráticos e sofistas
Thales (624-546 BC)
Anaximander (610-546 BC)
Anaximenes (585-525 BC)
Pherecydes of Syros (6th century BC)
Pythagoras (582-507
BC)
Xenophanes (570-480
BC)
Heraclitus (535-475
BC)
Parmenides (515-450
BC)
Anaxagoras (500-428
BC)
Zeno
of Elea (490-430 BC)
Empedocles (490-430 BC)
Protagoras (481-420 BC)
Antiphon (480-411 BC)
Philolaus (480-405 BC)
Melissus
of Samos (470-? BC)
Leucippus (first half of 5th
century BC)
Democritus (460-370 BC)
Prodicus (465/450-after 399
BC)
Hippias (middle of the 5th
century BC)
Diogenes of Apollonia (460-? BC)
Thrasymachus (459-400 BC)
Filósofos da Grécia clássica
Socrates (469-399
BC)
Euclid
of Megara (450-380 BC)
Antisthenes (445-360 BC)
Aristippus (435-356 BC)
Plato (428-347 BC)
Xenophon (429-355 BC)
Speusippus (407-339 BC)
Diogenes of Sinope (400-325 BC)
Xenocrates (396-314 BC)
Aristotle (384-322 BC)
Stilpo (380-300 BC)
Theophrastus (370-288
BC)
Período Helenístico
Pyrrho (365-275 BC)
Epicurus (341-270 BC)
Zeno
of Citium (333-263 BC)
Cleanthes (331-232 BC)
Timon (320-230 BC)
Arcesilaus (316-232 BC)
Menippus (3rd century BC)
Archimedes (c. 287-212 BC)
Chrysippus (280-207 BC)
Carneades (214-129 BC)
Kleitomachos (187-109 BC)
Philo
of Larissa (160-80 BC)
Posidonius (135-51 BC)
Antiochus of Ascalon (130-68 BC)
Aenesidemus (1st century BC)
Philo of Alexandria (30 BC - 45 AD)
Agrippa (1st century AD)
Cicero (106-43 BC)
Lucretius (94-55 BC)
Seneca (4
BC - 65 AD)
Musonius
Rufus (30 AD - 100 AD)
Plutarch (45-120 AD)
Epictetus (55-135 AD)
Marcus
Aurelius (121-180 AD)
Clement of Alexandria (150-215 AD)
Alcinous (2nd century AD)
Sextus
Empiricus (3rd century AD)
Alexander of Aphrodisias (3rd century AD)
Ammonius
Saccas (3rd century AD)
Plotinus (205-270 AD)
Porphyry (232-304 AD)
Iamblichus (242-327 AD)
Themistius (317-388 AD)
Augustine of Hippo (354-430 AD)
Proclus (411-485 AD)
Damascius (462-540 AD)
Boethius (472-524 AD)
Simplicius
of Cilicia (490-560 AD
FILOSOFIA ORIENTAL
Filosofia Hindu / Filosofia
Védica
A filosofia da Índia começa
com os Vedas, onde são feitas
perguntas relativas às leis da natureza, à origem e posição do homem no
universo. No famoso Hino da criação do Rigveda o autor diz:
"De onde toda a criação
teve sua origem? Ele, se Ele a formou ou se Ele não a formou? Ele, que observa
tudo do mais alto céu, Ele sabe? - ou talvez até Ele não sabe?"
Na visão Védica, a criação é
atribuída à autoconsciência do ser primordial (Purusha). Isto leva a
investigar quem é o fundamento da diversidade dos fenômenos empíricos e origem
de todas as coisas. A ordem cósmica é denominada rta e a lei causal carma. A natureza (prakriti) possui três qualidades (sattva, rajás, e tamas).
Filosofia Hindu Clássica
Na era clássica essas
interrogações foram sistematizadas em seis escolas de filosofia. Algumas
perguntas feitas foram:
Qual é a natureza ontológica
da consciência?
Como a própria cognição é
experienciada?
É a mente (chit) intencional ou não?
A cognição tem a sua própria
estrutura?
As Seis escolas da filosofia hindu são:
Mimamsa (Purva Mimamsa)
Vedanta (Uttara
Mimamsa)
Filosofia Iraniana Antiga
A filosofia iraniana ou a
filosofia persa pode ser associada às antigas tradições filosóficas iranianas,
fundamentada em raízes indo-iranianas,
consideravelmente influenciadas pelas concepções deZaratustra. Ao longo da história iraniana e
devido a notáveis modificações políticas e sociais como as invasões da Macedônia, a Árabe e a Mongol na Pérsia, um
amplo espectro de escolas de pensamento desenvolveram várias visões traduzidas
em perguntas filosóficas que se estendem de antigo iraniano e tradições
principalmente relacionadas ao Zoroastrianismo à escolas que apareceram
posteriormente na era pré-islâmica como o Maniqueísmo e Mazdakismo, bem como várias escolas
pós-islâmicas. A Filosofia iraniana depois da invasão árabe é caracterizada por
interações diferentes com a antiga filosofia iraniana, a filosofia grega e com o desenvolvimento
dafilosofia Islâmica.
A Escola de Iluminação e
a Filosofia Transcendente são
consideradas as duas das principais tradições filosóficas daquela era na
Pérsia.
Embora existam relações
antigas entre os Vedas indianos e o
iraniano Avesta, as duas famílias
principais das tradições filosóficas indo-iranianas foram caracterizadas por
diferenças fundamentais sobre a posição do ser humano na sociedade e a sua
visão do papel do homem no universo. A primeira carta de direitos humanos por Ciro o Grande é largamente vista como uma
reflexão sobre perguntas e pensamentos expressos por Zaratustra desenvolvidos
nas escolas de pensamento do Zoroastrianismo.
FILOSOFIA CHINESA
A filosofia influenciou
significativamente a civilização chinesa e,
também, toda a Ásia oriental. Muitas das
grandes escolas filosóficas chinesas foram desenvolvidas durante o Período da Primavera e do Outono e
no Período de Guerra, e
tornaram-se conhecidas como as Cem Escolas de Pensamento.
As quatro mais influentes foram o Confucionismo, o Taoísmo, o Mohism, e oLegalismo. Mais tarde,
durante a Dinastia Tang, o budismo vindo da Índia tornou-se um respeitável sistema
filosófico e religioso. (É importante notar que no pensamento oriental, ao
contrário da filosofia Ocidental, não há uma clara distinção entre filosofia
e religião.)
A filosofia chinesa, assim como a filosofia Ocidental, envolve uma ampla e
complexa extensão do pensamento, possuindo uma infinidade de escolas que se
ocupam de cada área específica da filosofia.
FILOSOFIA ISLÂMICA
A filosofia islâmica como ramo
dos estudos islâmicos, é uma antiga tentativa de conciliar filosofia(razão) e a religião do islã (fé).
A filosofia islâmica pode ser
definida de diversas formas, representa um estilo de filosofia característico
da cultura islâmica. Esta descrição não sugere que está necessariamente
relacionada com formulações religiosas, nem mesmo que é exclusivamente
produzida por muçulmanos.
As principais fontes da
filosofia islâmica clássica são: a própria religião do islã (especialmente
idéias derivadas e interpretadas do Alcorão), a filosofia grega que os muçulmanos herdaram
em conseqüência de conquistas quando a Alexandria, a Síria e Jundishapur se
submeteram às regras muçulmanas, juntamente com a filosofia pré-Islâmica
do Irã e da Índia. Muitos dos debates filosóficos
centraram-se em torno da reconciliação entre religião e razão.
No primitivo pensamento
islâmico duas correntes principais podem ser distinguidas: a primeira é o Kalam, que trata principalmente das perguntas
teológicas, e a segunda é o Falsafa, que foi fundamentado no pensamento
grego.
A filosofia
medieval é a filosofia da Europa Ocidental e do Oriente Médio no período
medieval ou Idade Media, e se estende da queda do Império Romano à Renascença.
É respeitada pela redescoberta da cultura antiga desenvolvida na Grécia e em
Roma no período clássico, e também, pela formulação de problemas teológicos e
por integrar a doutrina sagrada com a aprendizagem secular.
Os principais
problemas discutidos ao longo deste período foram as relações entre fé e razão,
a existência e unidade de Deus, os objetos da teologia e da metafísica, e os
problemas do conhecimento, dos universais, e da individuação.
Características da filosofia medieval
A era medieval
foi menosprezada pelos humanistas da Renascença, que a viram como um ingênuo
período “intermediário' entre a idade clássica da cultura grega e romana, e o
'renascimento' ou Renascença da cultura clássica. Embora este período de quase
mil anos seja o período mais longo de desenvolvimento filosófico na Europa e do
Oriente Médio, é talvez o mais rico. Jorge Gracia argumentou que 'em
intensidade’, sofisticação e realização pode-se dizer, com certeza, que o
florescimento da filosofia no décimo terceiro século rivaliza-se com a idade de
ouro da filosofia grega no quarto século BC' (Gracia, p. 1).
A filosofia
medieval é tipicamente teológica devido ao tema profundamente discutido naquela
época: fé vs. razão. Avicenna e Averroes apoiaram-se mais na razão
enquanto Augustinho e Anselmo acreditam na primazia da fé.
A solução Agostiniana
para o problema fé/razão é (1) crença, e depois (2) compreensão. Evidentemente
encontramos muita filosofia nos trabalhos de escritores medievais, que usaram
idéias e técnicas lógicas dos filósofos antigos para formular perguntas
teológicas difíceis, incluindo tópicos da doutrina. Tomás de Aquino procurou a harmonia entre
fé e razão. Ele classificou a filosofia como ‘ancilla theologiae’, a
escrava da teologia. De outro lado, ele também diz que a teologia é um
guia orientador para a filosofia. Afirmou que a filosofia e a teologia estão em
harmonia porque ambas foram criadas por Deus. Se alguma filosofia entra em
conflito com a teologia, então algum erro foi cometido, logo o filósofo deve
voltar atrás e procurar o seu erro. Assim, admitirá que existe uma relação
recíproca entre filosofia e teologia.
Em geral, há
três facetas que caracterizam o pensamento medieval. (1) o uso da lógica, da
dialética e da análise para descobrir a verdade – o princípio de argumentação
racional ou ratio. (2) Respeito aos ‘insights’ dos antigos
filósofos, em particular Aristóteles, e consideração à sua autoridade –
princípio de auctoritas. (3) a obrigação de conciliar os ‘insights’
na filosofia com a transmissão teológica e a revelação – princípio da concordia.
Sendo o último o mais importante. Seguramente, nenhuma outra questão preocupou
os pensadores medievais mais do que a relação fé/razão.
FILOSOFIA ISLÂMICA NA IDADE MEDIA
Enquanto que o
Judaísmo e a cristianismo começaram como uma religião de pequenos grupos, o
Islamismo se desenvolveu como a religião de um império em expansão.
Cem anos após a morte de Mohamed em 623 AD, através de conquista militar,
o mundo Islâmico chegou à Índia, à África Norte e ao sul da Espanha.
Como resultado,
muitos povos assimilaram a cultura muçulmana, assim o Islamismo entrou em
contato com os sistemas teológicos do Judaísmo, do cristianismo, do
Zoroastrianismo e das filosofias Hindu e Grega. Isto incentivou teólogos
Islâmicos a aplicar diversas idéias e princípios filosóficos para interpretar
doutrinas Relativas ao Alcorão.
A primeira etapa
deste processo foi a tradução para o árabe de trabalhos filosóficos e
científicos gregos que tinham sido preservados por Cristãos Orientais
na Mesopotâmia, na Síria e no Egito. Os tradutores foram em maior parte
Nestorianos e Cristãos Jacobitas, que trabalharam por duzentos anos após o
primeiro período Abbasid (c. 800). O tradutor mais importante deste grupo
foi Hunayn Ibn Ishaq (809-873),
cristão que dominava o siríaco, conhecido pelos Latinos como Joannitius.
Os textos, primeiro, foram traduzidos para o siríaco e depois para o árabe.
Apesar das limitações mas priorizando o conteúdo e não a elegância, as
traduções foram geralmente exatas, .
No século X,
outra escola surgiu entre os Jacobitas que
conhecendo pouco de grego utilizavam somente traduções em siríaco.
Foram traduzidos quase todos os trabalhos de Aristóteles, os textos de
comentaristas como Alexander de Aphrodisias, Themistius e Theophrastus e a maior parte dos diálogos
de Platão inclusive alguns trabalhos de Neoplatônicos.
A etapa seguinte
foi o desenvolvimento da teologia Islâmica pelos Mutakallimiin, divida em Mu'tazilites e o Ash'arites. Os Mu'tazilites originaram-se em
grupos que se encontravam em Basrah e a Bagdá para discutir como as idéias
filosóficas gregas poderiam ajudar a resolver certos problemas teológicos, como
unidade divina e como os seres humanos podem ser livres mesmo sob a onipotência
de Deus. Também desenvolveram provas da criação do mundo, aplicando idéias Neoplatônicas
do Cristianismo. Os Ash'arites (fundado por al--Ash'ari, 873-935) tentavam
esclarecer doutrinas Relativas ao Alcorão. Negaram a existência de qualquer
causação exceto por Deus, e por isso negaram o livre arbítrio. Por que algo
acontece? ‘Vontade de Deus’.
Al--Kindi (801–873) é geralmente
considerado o primeiro filósofo Aristotélico. Ele defendeu o estudo
independente da filosofia, e também escreveu sobre ciência e lógica. Al--Razi (865-c. 925), em contraste,
defendeu Platão contra Aristóteles, considerado por ele um corruptor da
filosofia. O Aristotelismo continuou com al--Farabi (870-930) e Ibn Sina,
conhecido pelos Latinos como Avicenna (980-1037). O teólogo
Ash'arite al--Ghazali (1058-1111),
representa a reação Islâmica à Aristóteles. Ghazali, amargamente, denunciou
Aristóteles, Sócrates e outros escritores gregos como infieis e rotulou aqueles
que empregaram seus métodos e idéias como corruptores da fé Islâmica.
O Aristotelismo
Islâmico chegou ao apogeu com Ibn Rushd, conhecido pelos Latinos como Averroes, bem conhecido no ocidente pelos seus
comentários sobre Aristóteles. As traduções hebraicas do seu trabalho também
tiveram um impacto duradouro na filosofia judaica.
A filosofia
da Renascença é o período da história da filosofia na
Europa que, grosso modo, ocupa o espaço entre a Idade Média e o Iluminismo. Inclui o século XV; alguns eruditos estendem-na de
1350 até ao século XVI ou início
do século XVII, justapondo-se
à Reforma e à primeira era moderna. Entre os
elementos característicos da Renascença filosófica são: a revivificação
(Renascença significa "renascimento") da civilização clássica e da educação; um regresso parcial à
autoridade de Platão substituindo
a de Aristóteles, que havia
dominado a filosofia medieval; e,
entre alguns filósofos, o entusiasmo pelo oculto e Hermetismo.
Aceita-se que a
Renascença teve início na Itália com a Renascença Italiana difundindo-se
pela Europa e que a Renascença Inglesa incluiu
Shakespeare no momento em que a Itália percorria o Maneirismo e o Barroco. Alguns historiadores vêem a Reforma e a Contra-reforma separadas da
Renascença, enquanto outros vêem o Renascimento como um período mais
abrangente.
O Renascimento é
descrito frequentemente, como revitalização de modelos clássicos da Europa
Medieval, a busca do naturalismo substituindo o estilismo na Arte, a
reemergência da matemática atrelada à filosofia. Os pontos de partida
considerados importantes são: a expansão do comércio com a China e a Índia, a
técnica da impressão, e a revivificação da aprendizagem. O grego foi estudado
novamente na Itália na metade do século XIV, e em 1462 uma “Academia
Platônica" foi fundada em Florença por Cosimo de’ Medici.
A palavra mais
importante empregada na Renascença é "humanismo"—isto é, uma
ampliação do enfoque no temporal e na pessoa em substituição à visão cristã
deste mundo como uma passagem ao paraíso. Pico della Mirandola (1463-1494)
escreveu a Oratio de Hominis Dignitate ou Discurso sobre a Dignidade do Homem em
1486. Às vezes chamado "o manifesto da Renascença", ele recorre a
Platão e a Aristóteles para justificar um conceito de valor humano que,
enquanto radicado na fé, se estende como uma crença na capacidade humana de
abranger todo o conhecimento. Wikipedia: Renaissance Philosophy
A filosofia do
século XVII no Ocidente é considerada como ponto de partida para a filosofia
moderna, e como libertação do enfoque medieval, especialmente da escolástica. A comumente chamada de
"Idade da Razão" sucedeu a Renascença e antecedeu o iluminismo. Também, pode
ser vista como a fase inicial do Iluminismo.
A Filosofia Ocidental considera o início do
período moderno no século XVII — mais especificamente, com os trabalhos
de René Descartes, que
estabeleceu a maior parte da agenda e da metodologia para aqueles que
vieram em seguida. Tal período é respeitado na Europa pelos grandes
construtores de sistema — filósofos que apresentaram sistemas unificados de
epistemologia, metafísica, lógica, ética, e também de política e ciências
físicas.
Immanuel Kant classificou os seus
predecessores em duas escolas: os Racionalistas e os Empiristas, e a Filosofia Moderna, no início,
(séculos XVII e XVII) é usualmente caracterizada quanto ao suposto conflito
entre essas escolas. Esta divisão é uma simplificação considerável, e é
importante estar consciente que os filósofos implicados não pensaram neles como
pertencendo a essas escolas, mas envolvidos em um projeto filosófico único.
Embora
equivocada de alguma forma, esta classificação continuou sendo usada até
hoje, especialmente quando se escreve sobre os séculos XVII e XVIII. Os
três principais Racionalistas, normalmente considerados, são René Descartes, Baruch Spinoza, e Gottfried Leibniz. Os três principais
Empiristas foram John Locke, George Berkeley, e David Hume influenciados por seus
predecessores ingleses Francis Bacon e Thomas Hobbes. Os Racionalistas admitiam que,
em princípio (embora não na prática), todo o conhecimento pode ser adquirido,
apenas, pelo poder da nossa razão; os Empiristas rejeitaram isto, acreditando
que todo o conhecimento procede da experiência através dos sentidos, Assim os
Racionalistas tomaram a matemática como o seu modelo do conhecimento, e os
Empiristas, a física.
Esta ênfase
na epistemologia está
na raiz da distinção de Kant; mas enfocando vários filósofos quanto às suas
teorias metafísicas, morais, ou lingüísticas, eles podem
ser classificados de maneiras diferentes. Mesmo partindo da epistemologia,
entretanto, a distinção é questionável: por exemplo, a maior parte dos
Racionalistas aceitou que na prática tivemos de confiar nas ciências para
conhecer o mundo externo, e muitos deles estiveram envolvidos na pesquisa
científica; os Empíricos, de outro lado, geralmente aceitavam que o
conhecimento a priori foi
possível nos campos de matemática e lógica,
Este período
também viu o nascimento de alguns clássicos do pensamento político,
especialmente o Leviatã de
Thomas Hobbes, e Dois Tratados sobre o Governo de
Locke.
O século XVII,
na Europa, presenciou o fim do lento processo que levou à distinção
entre filosofia e teologia. Embora alguns
filósofos argumentaram à respeito da existência de – deus, isto foi feito como exercício de
reflexão filosófica. (O Iluminismo, a Idade da
Razão e a filosofia do século XVIII foram mais além, abandonando completamente
a religião e a teologia.)
Iluminismo (da
palavra alemã Aufklärung, significando "Iluminação") caracteriza a
filosofia Européia e a Americana no século XVIII, ou um período mais longo
incluindo o século XVII, a Idade da Razão. Refere-se mais estreitamente ao movimento
intelectual que situou a Razão como instrumento para a elaboração de um
sistema consistente sobre estética, ética, governo, e lógica, permitindo aos filósofos obter
conhecimentos objetivos sobre o universo.
Inspirados na
revolução deflagrada pela Mecânica Newtoniana , os pensadores do Iluminismo argumentaram
que a mesma espécie de pensamento sistemático poderia ser aplicado a todas as
formas de atividade humana. Por isso, o Iluminismo, muitas vezes, foi
intimamente associado à Revolução Científica , já que ambos os movimentos priorizaram
o empirismo, a razão, a ciência e a racionalidade. Levado à esfera política na investigação do status, direitos e
responsabilidades do indivíduo e da sociedade, seus líderes acreditaram que poderiam conduzir o
mundo ao progresso após um período longo de tradição obscura, irracionalidade, superstição, e
tirania, denominado por eles de Idade das Trevas. Esse movimento ajudou a criar as bases
intelectuais para as Revoluções Americana e Francesa, para a independência da América Latina e para a Constituição Polonesa de 1791; e contribuiu para a emergência do liberalismo clássico, da democracia e do capitalismo.
O Iluminismo está
associado às fases finais do baroco e da música clássica, e o período neoclássico nas artes; considerado um dos modelos
centrais em muitos movimentos do período moderno.
O Iluminismo
influiu no Haskalah judaico, que na Europa Ocidental e em
particular na Alemanha resultou na substituição do Yiddish pelo Hebraico, bem como no movimento: Judaismo
reformista.
O iluminismo,
como movimento, ocorreu inicialmente na Alemanha, França, Grã Bretanha e
Espanha, mas se espalhou por outros países. Os Estados Unidos da América foram
influenciados substancialmente por ideais do iluminismo, particularmente nas
esferas religiosa (Deismo), econômica ("o mercado
livre"), e na
governamental (United States Bill of Rights).
No século XVIII
as filosofias do Iluminismo começaram a ter um efeito dramático, os trabalhos
significativos de filósofos como Immanuel Kant e Jean-Jacques Rousseau influenciaram a nova geração de pensadores.
Até o final do século XVIII o movimento conhecido como o Romantismo procurou combinar a racionalidade formal do
passado, com um maior e mais imediato sentido emocional e orgânico do mundo. As
idéias-chave que estimularam esta modificação foram a evolução, então proposta por Erasmus, Darwin e Johann
Wolfgang von Goethe, e o que poderia ser chamado agora a ordem emergente,
o livre mercado de Adam Smith.
As pressões por
igualitarismo, e transformações mais rápidas culminaram em um período de
revolução e turbulência que seriam vistas como mudanças na filosofia.
Com os anos
tumultuosos de 1789-1815, a cultura européia foi transformada por revolução,
guerra e ruptura. Destruindo muitos dos sustentáculos sociais e culturais do
século anterior, essa etapa assumiu dramáticas mudanças na economia e na
política. A filosofia européia participou, e dirigiu muitas dessas
modificações.
O último terço
do século XVIII produziu numerosas idéias e trabalhos que sistematizariam a
filosofia precedente, e contribuiriam para uma profunda reflexão sobre os
fundamentos da própria filosofia. Immanuel Kant é o nome mais mencionado
entre as mais importantes influências, assim como, Jean-Jacques Rousseau.
Embora sejam produtos do século XVIII, suas concepções ultrapassaram as
fronteiras da sua época. Na tentativa de explicar a natureza do estado e do
governo, Rousseau abalaria as bases do governo com a sua declaração de que
"o Homem nasce livre, mas a todo momento é acorrentado". Kant,
tentando conservar o ceticismo axiomático, foi forçado a argumentar que não
vemos a realidade, nem falamos dela, apenas ela nos aparece.
Um dos primeiros
filósofos a tentar sintetizar essa influencia foi Johann Gottlieb
Fichte, cujo trabalho fora da metafísica Kantiana incluiu a incorporação do
que se tornaria o principal movimento em artes e literatura européias pelos
próximos 50 anos, Romantismo. Fichte argumenta no
Wissenschaftslehre que o self se coloca por si mesmo e é auto-produzido e um
processo de mudança.
Original
em http://cyberesophia.blogspot.com.br/2007/10/o-que-filosofia.html
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