Recentemente chegaram à minha casa dois gatos que
passaram por uma situação peculiar. Após 4 anos vivendo em uma casa com total
acesso a todos os espaços e convivendo ativamente com as pessoas com quem moravam
foram, por motivos que não vêm ao caso aqui, confinados a um espaço único da
casa, no caso, o quintal. O espaço era limitado e infinitamente menor do que o
que eles estavam vivendo até então. O contato com as pessoas da casa passou a
ser quase que somente nos momentos de troca de água, ração e limpeza da areia
higiênica.
O que chamou minha atenção foi o seguinte: esses
dois gatos estavam muito assustados e com muito medo justamente do que? Do
excesso de espaço. O quintal aqui é bem amplo e eles simplesmente, ao chegarem,
não tinham coragem de avançar no espaço inteiro. Limitavam-se a um pequeno
espaço, que consideravam seguro, e agiam como se tivesse um campo de força
invisível que os impedisse de avançar mais. Quando arriscavam-se, voltavam
correndo para aquele espacinho que delimitaram como seguro.
Isso me fez refletir muito sobre isso: se gatos
que viveram mais tempo com uma maior liberdade, tendo acesso a um mundo bem
maior (antes, o mundo para eles era a casa inteira), ao serem confinados durante
meses, acostumam-se com esse espaço menor e limitado, passando, então, a
desconfiar de tudo que está fora desse espaço delimitado – ainda que esse
espaço seja ruim e não apropriado para eles -, imagine só gatos que nascem e
são criados já em um pequeno cativeiro?
Ora, isso se parece muito com a zona de conforto –
ou de desconforto – em que nos instalamos tantas e tantas vezes e da qual temos
tanto receio de sair. Muitas vezes, agimos como gatos assustados que, mesmo
tendo um mundo muito mais amplo e interessante à sua disposição, não têm
coragem de sair daquele pequeno espaço delimitado que os deixa seguros, mesmo
que esse seja muitas vezes ruim e insuficiente.
Isso me lembrou do texto de Étienne de La Boétie,
chamado Discurso da Servidão Voluntária. Esse texto, publicado por volta de
1570 e escrito quando ele tinha apenas 18 anos de idade, discute justamente essa
questão: por que as pessoas obedecem a determinadas regras se não tem, muitas
vezes, nada nem ninguém que as faça obedecer de forma forçosa? Ele diz que mais
do que tentar entender o que um tirano precisa ter e fazer para poder exercer
poder sobre as massas vale tentar entender por que as massas obedecem sem
resistir.
É como se, inicialmente, fosse necessário fechar a
porta impedindo a entrada dos gatos na casa, mas, depois de um tempo, não
precisasse mais da barreira física. Cria-se um cativeiro psicológico, de forma que
os gatos não saem mais de seu espaço mesmo que nada os impeça de fato. Eles se
acostumam com os impedimentos e barreiras e passam a temer deixar aquela
situação.
Tenho a impressão de que o mesmo acontece conosco.
Parte desse processo já começa na educação: desde muito pequenos já somos colocados
em salas de aula, somos obrigados a ficar sentados e a seguir diversas regras
que, com o passar do tempo, interiorizamos como verdades inabaláveis. E quando
enxergamos possibilidades de novos e infinitos mundos que poderíamos explorar,
nós simplesmente paralisamos, como se houvesse o tal campo de força invisível.
Não damos um passo a mais, mesmo que não haja nada nem ninguém nos impedindo.
“A liberdade é a única coisa que os homens não
desejam; e isso por nenhuma outra razão (julgo eu) senão a de que lhes basta
desejá-la para a possuírem; como se recusassem conquistá-la por ela ser tão simples
de obter” (Étienne de La Boétie).
Criamos um roteiro de vida a ser seguido, criamos
conceitos sobre nós mesmos, criamos crenças e pré-conceitos, criamos até mundos
paralelos e virtuais, como o Facebook, por exemplo, onde não precisamos nem
mais sair do lugar. O cativeiro está mais do que perfeito, porque não há
ninguém obrigando ninguém a ficar com a cara grudada na tela do celular tendo o
mundo inteiro ao seu redor, mas ficamos!
E, incrivelmente, acreditamos que esse é o mundo. Há
um tempo, reduzi drasticamente meu uso do Facebook, passando a usar apenas
profissionalmente e entrando muito esporadicamente com o intuito de “interagir”
com os amigos. E é impressionante a quantidade de tempo que sobra no dia, tempo
em que você levanta a cabeça do seu cativeiro psicológico e descobre que existe
um quintal enorme à sua frente, esperando para ser explorado. E esse quintal pode
ser seu quintal mesmo, literalmente, mas pode ser um livro, pessoas de carne e
osso, pode ser uma música que você escuta prestando atenção, um hobby, um
cachorro alegre na sua frente. E você sai desse espacinho e começa a explorar o
quintal e descobre que não assusta tanto, mais. E você não quer mais voltar
para aquele espaço limitado. Você volta a se acostumar com o mundo amplo à sua volta.
O mesmo ocorre quando você descobre que, apesar de
ter se formado em uma faculdade, existe um mundo inteiro de outras coisas
legais para aprender, estudar. Que o diploma de médica veterinária não me
impede de estudar filosofia. Que o casamento às vezes não é vitalício e que a
solteirice também não é. Que existem infinitos roteiros de vida que podem lhe
satisfazer, assim como roteiros de viagens.
“Assim é: os homens nascem sob o jugo, são criados
na servidão, sem olharem para lá dela, limitam-se a viver tal como nasceram,
nunca pensam ter outro direito nem outro bem senão o que encontraram ao nascer,
aceitam como natural o estado que acharam à nascença. Mas o costume, que sobre
nós exerce um poder considerável, tem uma grande força de nos ensinar a servir
e (tal como de Mitrídates se diz que aos poucos foi se habituando a beber
veneno) a engolir tudo até que deixamos de sentir o amargor do veneno da
servidão” (Étienne de La Boétie).
Então, você descobre, inclusive, que pode, se
desejar, voltar para seu espacinho anterior quando quiser, passar um tempo lá,
usar seu Facebook de vez em quando, mas já não teme mais afastar-se e explorar
novos mundos. Vai ficando mais corajoso, vai gostando desse mundo que se abre e
ficando cada vez mais resistente ao cabresto psicológico. Vai voltando a ser
aquele gato explorador, livre, que às vezes se assusta, às vezes faz umas
traquinagens, às vezes não gosta do que encontra em suas explorações, mas que
não se deixa limitar mais.
Você já pensou que somos seres completos e tudo o que nos compõe – corpo, mente e espírito – é ligado de tal forma que a deficiência de um pode afetar os demais?
Um grande exemplo dessa integração é a conclusão da doutora em psicologia Susanne Babbel.
Depois de um minucioso estudo, a Dra. Babbel concluiu que boa parte das dores crônicas que sentimos não tem nada a ver com doenças graves ou lesões anteriores.
Ela acredita que adquirimos a maioria das dores com emoções negativas – como o estresse – que acabam afetando alguns órgãos. Viu como a mente é poderosa?
O estudo da psicóloga resultou num "mapa" que mostra como as emoções interferem na saúde.
Este post vai mostrar a você esse "mapa" e como você pode tratar e neutralizar os efeitos negativos das emoções.
1. Dor de cabeça
Na maioria das vezes, a dor na cabeça (ou enxaqueca) acontece por causa da pressão do dia a dia, o estresse e a sobrecarga de atividades. A melhor maneira de resolver este problema é relaxar.
Reserve um tempo para você diariamente. Permita-se relaxar, sem se preocupar com nada por algum tempo. Descanse e não se culpe por isso. Esses ’minutos de serenidade’ irão aumentar sua produtividade. E é provável que sua cabeça não doerá mais.
2. Dor no pescoço
Esta é bastante interessante.
Acredita-se que, quando nos culpamos por determinado acontecimento, geramos uma consciência culpada, causando acúmulo e pressão na área do pescoço.
Aprenda a perdoar os outros e a si mesmo(a). Lembre-se que todo mundo pode errar, inclusive você.
Repense sua atitude com relação a você mesmo e aos outros. É provável que, muitas vezes, as pessoas não tenham a intenção de te ofender. E você não é obrigado a suprir suas exigentes expectativas. Seja mais humilde e aprenda a perdoar. Pensar mais nas coisas das quais você gosta também é importante para evitar este problema.
3. Dor e sensação de peso nos ombros
Se o problema é nesta área, e não foi lesão, pode apostar que há problemas em alguma área da sua vida que ainda não foram resolvidos e seu corpo está sofrendo com isso.
Tente dividir seus problemas com um amigo de confiança. Assim, você sentirá um alívio considerável. O simples fato de colocar para fora já cria uma sensação de não estar carregando o peso sozinho.
Isso pode ajudar a encontrar uma saída.
4. Dor nas costas
Sabe a parte superior das costas?
Algumas pessoas sentem uma dor crônica nessa área e isso pode ser um sinal de que a pessoa não se sente amada e apoiada. O amor das pessoas é a cura para qualquer doença emocional.
Interaja com gente diferente. Não mantenha o foco só em você, seja aberto e amistoso. Conheça pessoas novas, vá a encontros. E não reprima seu afeto para com os outros. Portanto, se este é o problema, converse com quem está ao seu redor, família e amigos.
5. Dor na região lombar
A parte inferior das costas está relacionada a problemas de finanças.
São muitas as causas dos problemas econômicos.
Às vezes, eles aparecem por causa do baixo salário, desemprego ou até mesmo gastos com coisas desnecessárias.
Só você sabe o motivo. O fato é que você precisa ter uma atitude otimista - até mesmo quando a falta de dinheiro parece não ter solução. A felicidade não está no dinheiro, por mais atraente que ele seja. Claro, é importante ter uma poupança para emergências ou para realizar aquele sonho e é bom que você pense nisso. Mas pare de se preocupar tanto com dinheiro; muitas das melhores coisas da vida são gratuitas! Dedique-se àquilo que ama. Quando você trabalha de corpo e alma, se realiza, e o sucesso financeiro vem naturalmente.
6. Rigidez nos cotovelos
Deve-se a uma resistência às mudanças. Ela também pode ser interpretada como um medo de que a "vida nos leve".
Muitas vezes, a vida pode parecer difícil e dura. Mas não é bem assim. Frequentemente, nós mesmos complicamos tudo. Seja mais flexível, não gaste sua energia lutando contra coisas que não podem ser mudadas.
7. Dor nas mãos
Este é um sinal de que você está com problemas para interagir com as outras pessoas. O contato é muito importante.
Busque se socializar e demonstrar afeto aos seus amigos. Tente fazer novos amigos. Jante com algum companheiro de trabalho. Vá ao estádio, a um show, sinta-se parte da multidão. Estabeleça conversas com gente nova com mais facilidade, até porque nós nunca sabemos onde iremos encontrar uma verdadeira amizade.
8. Desconforto no quadril
Este tipo de dor pode atormentar as pessoas que se prendem à ideia de ter uma vida confortável e previsível. O medo patológico de mudanças, a falta de disponibilidade para começar a viver de outra forma e a resistência constante ao que é novo podem provocar dor na região do quadril. Ocorre pelo medo do futuro, a ansiedade.
Não resista ao fluxo natural da vida. Nossa vida muda o tempo todo, e isso é algo muito interessante! Veja as mudanças como aventuras emocionantes. E não deixe as decisões importantes para depois. Se esforce para viver novas aventuras, considerando que o futuro chega de acordo com as atitudes do presente.
9. Dor nos joelhos
É provável que a dor nos joelhos seja sinal de um ego exagerado. Os joelhos doem quando pensamos muito em nós mesmos e pouco nos outros. Quando achamos que o mundo gira ao nosso redor. Está relacionada aos sentimentos de vaidade e orgulho. O ego muito elevado pode nos impedir de encontrar a qualidade das pessoas.
Olhe ao seu redor. Você não é a única pessoa no Planeta. Seja mais atento com as outras pessoas. Ouça seu amigo, ajude sua mãe, apoie seu colega de trabalho. Dê atenção ao outro com mais frequência. Talvez um trabalho voluntário seja boa ideia. Lembre-se que somos apenas mais um e precisamos ser humildes.
10. Dor na panturrilha
Dor nesta região pode ter origem na sobrecarga emocional. Os ciúmes irracionais e os problemas amorosos te afetam muito. É causada por sentimentos de inveja e ressentimento.
Procure perdoar e amar quem está ao seu redor. É preciso aprender a confiar em seu parceiro ou parceira. Relaxe e pare com a ideia de controlar o outro, e não invente coisas que não existem. Talvez tenha chegado a hora de abrir mão de relacionamentos do passado que já não funcionam mais.
11. Dor nos tornozelos
Dor nos tornozelos quer dizer que, muitas vezes, nos esquecemos dos outros. E não nos permitimos sentir prazer. Pode ser que o trabalho ocupe todo o nosso tempo e que não levemos a sério nossos próprios desejos, adiando-os constantemente. Demonstra que você tem dificuldades em aceitar os prazeres da vida.
Chegou a hora de permitir-se. Compre o que quiser, durma até a hora que quiser, experimente aquela sobremesa deliciosa e sofisticada. Esqueça por algum tempo do seu trabalho e pense, por exemplo, num relacionamento amoroso. Ou planeje uma viagem. Procure curtir a natureza, os momentos em família e o sabor das refeições, por exemplo.
12. Pés doloridos
Talvez a explicação para a dor nos seus pés seja uma profunda apatia. É como se nosso corpo não quisesse seguir em frente. Sentimos medo de viver e não conseguimos enxergar vantagem em continuar lutando. Quando pensamos, ainda que subconscientemente, que tudo vai mal e que nossas vidas fracassaram, os pés reclamam. Os pés são reflexo das nossas satisfações.
Se você tem dores crônicas neles, é sinal de que tem muitas insatisfações.
Recomendamos ser mais otimista, ter fé e desfrutar das grandes maravilhas que Deus nos proporciona.
Aprenda a prestar atenção nas pequenas alegrias da vida, na beleza do mundo exterior e nas pessoas. Curta os sabores, cheiros, o vento e o sol. Adote um animal de estimação ou procure um hobby interessante. Preencha sua vida com sentido. Evite as lembranças tristes e sorria mais. Procure a alegria todos os dias da sua vida.
Conclusão
A conclusão aqui é óbvia: ame a si mesmo e perdoe-se. Seja mais atento com as outras pessoas e tente não guardar rancor. Interaja, sorria (isso é sempre muito bom) e mantenha-se saudável!
O budismo é uma filosofia e uma religião composta de ensinamentos práticos, como a meditação, por exemplo, que visa induzir uma transformação dentro da pessoa que a pratica. Promove o desenvolvimento da sabedoria, consciência e bondade para alcançar um estado de iluminação. No entanto, hoje iremos mais longe e falaremos sobre as leis do karma.
No budismo, a existência é abordada como um estado permanente de mudança. A condição para se beneficiar dessa mudança é desenvolver uma disciplina sobre nossa mente. Deve se concentrar em estados positivos, concentração e tranquilidade.
“Karma é experiência, experiência cria memória, memória cria imaginação e desejo, e desejo cria karma novamente” -Deepak ChopraO objetivo da disciplina é aprofundar as emoções associadas à compreensão, felicidade e amor. Além disso, para o budismo todo o desenvolvimento espiritual se materializa e é complementado por áreas como trabalho social, ética e filosofia.
A natureza do karma no budismo A palavra karma significa ação e consiste em um tipo de força que transcende. Esse tipo de energia é infinito e invisível e é uma conseqüência direta das ações do ser humano. O karma é governado por doze leis. Cada um deles nos permite entender o significado espiritual da existência.
No budismo não há deus controlador, essas leis vêm da natureza (como a lei da gravitação universal) e as pessoas têm livre arbítrio para aplicá-las ou não. Portanto, fazer o bem ou o mal depende de cada um e dessa decisão cujas consequências somos, em grande medida, responsáveis.
As doze leis do Karma
Então vamos expor cada uma das leis do karma que existem para que você possa levá-las em consideração. Todos elas são muito importantes. Estas são as doze leis do karma, de acordo com o budismo.
1. A grande lei
A primeira das leis do karma pode ser condensada na frase “colhemos o que semeamos”. Também é conhecida como a lei de causa e efeito: o que damos ao universo é o que o universo nos devolve, mas se for algo negativo, ele retornará multiplicado por dez. Isto é, se dermos amor, receberemos amor, mas, se dermos mágoa, receberemos a falta de amor multiplicada por dez.
2. Lei da criação Nós devemos participar da vida. Nós fazemos parte do universo, portanto, somos uma unidade com ele. O que encontramos ao nosso redor são indicações do nosso passado remoto. Crie as opções que você deseja para sua vida.
3. Lei da humildade
Isso continuará acontecendo, o que nos recusamos a aceitar. Se só conseguirmos ver os aspectos negativos nos outros, ficaremos estagnados em um nível inferior de existência; Pelo contrário, se os aceitarmos com humildade, ascenderemos a um nível superior.
4. Lei do crescimento Onde quer que formos, lá estaremos. Antes das coisas, lugares e outras pessoas, somos nós que devemos mudar e não o que nos rodeia, para evoluir em nossa espiritualidade. Quando mudamos nosso interior, nossa vida muda.
5. Lei da responsabilidade Quando algo negativo nos acontece é porque há algo de negativo em nós, somos um reflexo do nosso ambiente. Portanto, devemos encarar as ações em nossas vidas com responsabilidade.
6. Lei de conexão Tudo o que fazemos, por mais insignificante que seja, está ligado ao universo. O primeiro passo leva ao último e todos são igualmente importantes, porque juntos eles são necessários para atingir nosso objetivo. Presente, futuro e passado estão interligados.
7. Lei da abordagem Não é possível pensar em duas coisas simultaneamente. Nós ascendemos passo a passo, um de cada vez. Não podemos perder de vista nossos objetivos, porque a insegurança e a raiva tomariam conta.
8. Lei de doação e hospitalidade Se você acha que algo pode ser verdade, chegará o momento em que você pode provar que é verdade. Devemos aprender a dar para pôr em prática o que aprendemos.
9. Lei do aqui e agora Permanecer apegado ao nosso passado torna impossível desfrutarmos do presente. Pensamentos mofados, maus hábitos e sonhos frustrados nos impedem de avançar e renovar nosso espírito.
10. Lei da mudança A história se repetirá até que assimilemos as lições que precisamos aprender. Se uma situação negativa ocorre de novo e de novo, é porque nela há algum conhecimento que devemos adquirir. Temos que endireitar e construir nosso caminho.
11. Lei de paciência e recompensa
As recompensas são o resultado do esforço anterior. Uma dedicação maior, maior esforço e, portanto, maior gratificação. É um trabalho de paciência e perseverança que produz frutos. Devemos aprender a amar nosso lugar no mundo, nosso esforço será honrado no momento certo.
12. Lei de importância e inspiração O valor de nossos triunfos e erros depende da intenção e energia que implantamos para esse propósito. Nós contribuímos individualmente para uma totalidade, portanto, nossas ações não podem ser medíocres: devemos colocar todo o nosso coração em cada contribuição que fazemos.
Karma não tem cardápio, o que você semeou servirá você
Agora que você conhece todas as leis do karma, é importante que você as tenha em mente para estar ciente de como tudo o que você dá a você receberá em quantidades maiores. A vida é um reflexo das ações que você vai realizar. Então você escolhe se quer agir de forma positiva ou negativa.
*O que é Karma:
Karma ou carma significa ação, em sânscrito (antiga língua sagrada da Índia) é um termo vindo da religião budista, hinduísta e jainista, adotado posteriormente também pelo espiritismo.
Na física, essa palavra é equivalente a lei: “Para toda ação existe uma reação de força equivalente em sentido contrário”, ou seja, para cada ação que um indivíduo pratica vai haver uma reação, dependendo da religião o sentido da palavra pode ser diferente, mas usualmente é relacionada a ação e suas consequências.
A lei do Karma é aquela lei que ajusta o efeito a sua causa, ou seja, todo o bem ou mal que tenhamos feito numa vida virá trazer-nos consequências
O
"feng shui" associado a radiestesia se transformou num poderoso
sistema de diagnóstico das energias que envolvem o homem e/ou o ambiente,
mostrando-nos de forma clara que este conhecimento é de fácil acesso para
todos, desde que se dispense um mínimo de tempo para aperfeiçoar os dons
geomânticos inatos em cada um. Assim, podemos exteriorizar a atividade
inconsciente para se obter informações intuitivas que normalmente são vagas,
mas que podem ser ampliadas e potencializadas em conjunto através da
radiestesia com o método do "feng shui".
O
"feng shui" é uma arte milenar usada desde os primórdios pelos
orientais, especialmente os chineses, que foi levada para a Inglaterra no
início deste século pelos missionários católicos, pelos funcionários do corpo
diplomático inglês, pelos funcionários da Companhia das Índias e de outras
multinacionais inglesas espalhadas pelo oriente, difundindo-se rapidamente
desde esse país por toda a Europa, tendo uma grande aceitação principalmente
entre os pesquisadores alemães, espanhóis, italianos e suíços, que, em poucas
décadas, a transformaram numa ciência chamada "geobiologia" seguindo
os passos dos franceses que a denominavam de "radiestesia".
O
"feng shui" se fundamenta numa série de regras e procedimentos
práticos determinados pelos antigos sábios ancestrais chineses, cujos
conhecimentos foram mantidos de forma reservada entre os estudiosos dessa arte
chamada operador ou "shianseng", que aplicavam em benefício do povo
quando solicitassem seus serviços. Esses operadores do "feng shui" ou
"shianseng" são indivíduos que, devido aos seus estudos e prática,
conseguem colocar suas mentes em ressonância com as emanações dos objetos ou
pessoas pesquisadas, obtendo uma informação que poderá ser decodificada pelo
operador após adquirir "grande sensibilidade às freqüências vibratórias
dos objetos".
Esse
desenvolvimento é obtido por meio de pacientes e perseverantes exercícios e é
esse processo que torna o indivíduo um "shiansheng" ou
"radiestesista" no ocidente e, como tal, passa a utilizar-se além de
sua mente bem desenvolvida, também de pêndulos, de varinhas ou forquilhas de
madeira de avelã, de detectores de energia telúrica (que consistem em
varetinhas metálica ou laços de metal de formato especial que trabalham por
"efeito de forma"), de laços Hartmann e por último, o mais usual é a
utilização da sensibilidade do "shianseng" ou do
"radiestesista" que fica cada vez mais apurada à medida que exercita
suas qualidades.
A
radiestesia é uma ciência que procura determinar o comportamento energético do
homem em relação ao meio em que vive, bem como suas predisposições,
possibilidades e níveis de energia encontrados num determinado momento e,
inclusive, em função disto, sua projeção para um futuro próximo. Isto porque ao
ser realizada uma pesquisa energética num indivíduo, o operador radiestésico
verificará todas as energias que circulam no corpo deste, bem como seus
bloqueios, o funcionamento dos seus órgãos internos, as afinidades com todos os
objetos de seu uso externo e interno, como: roupas, adornos (metálicos, pedras,
produtos sintéticos, suas cores e composição química etc), objetos implantados
no corpo (obturações dentárias, pinos nos ossos, placas metálicas etc),
alimentos, remédios, enfim, tudo que de uma certa forma o nosso corpo possa
aceitar ou rejeitar.
Considerando
que o radiestesista não é um adivinho, seu método de pesquisa consistirá em
verificar a existência de anomalias energéticas localizadas e, em função
destas, perguntar ao indivíduo pesquisado se teve neste ou naquele órgão
doenças, disfunções, operações etc. Porque a radiestesia pode detectar todos os
problemas energéticos de um indivíduo, porém pelo fato destes problemas
acontecerem primeiro no campo energético, somente depois de um certo tempo
passarão para o corpo físico. Assim sendo, o pesquisador terá que determinar se
estes problemas já aconteceram, se estão acontecendo ou se irão acontecer.
A
varetinha usada em radiestesia é conhecida desde milhares de anos na busca da
água do subsolo e para encontrar jazidas de metais etc,. Essa vareta consiste
num fino galho de árvore frutífera (normalmente de avelã), com formato de
forquilha, ligeiramente encurvado, cujas alças se tomam suavemente entre os
dedos polegar, indicador e médio de cada mão, apontando o eixo da varetinha que
parte das duas alças para o chão. São raras as menções da radiestesia pelos
antigos escribas e historiadores por causa da sua vital importância nos
sistemas religiosos da época; os sacerdotes dos templos conservavam a sete
chaves seus segredos a fim de que as massas profanas não viessem a conhecê-la
e, inevitavelmente, deturpar a arte e a ciência da radiestesia.
Também
é usado na radiestesia o pêndulo explorador cujo conhecimento e uso vêm da
Índia desde tempos remotos. As citações mais antigas vêm de Ammien-Marcellin
(livro XXIX, cap. I), que narra a conspiração contra o imperador do oriente
Valens Flavius, que reinou entre os anos 364 e 379 e cujo sucessor foi
determinado por Hilarius por meio de um ritual mágico que usou um pêndulo
especialmente preparado através de misteriosas fórmulas e conjurações. Um anel
preso a um fino fio respondia perguntas montando uma espécie de oráculo através
de numa vasilha de metal especial que tinha impresso 24 letras do alfabeto.
Existem mais duas traduções do mesmo texto feitas pelo abade Marolles (Paris,
1672) e M. de Moulines (Berlin, 1776). O imperador chinês Yu, que reinou em
2200 anos a.C, é representado numa antiga estatueta com uma forquilha nas mãos.
Diz a
tradição que esse imperador, além de pesquisar as fontes naturais de água
comuns, escolhia, por meio da varinha, as terras propícias para plantar
determinadas sementes segundo as estações. Marco Polo, em suas aventuras e
viagens pelo Oriente, descobriu o uso de algumas formas de vara, narrando que
os chineses eram particularmente afeitos a detectarem aquilo que eles chamavam
de "Garras do Dragão", isto é, radiações perigosas e nocivas à saúde.
Os
Druidas eram também extremamente sensíveis às vibrações, raios e forças
magnéticas e, tal como os adivinhos chineses, selecionavam sítios ideais para
suas construções. Podemos afirmar sem dúvida nenhuma que a escolha e
localização vibracional correta para a construção de Stonehenge foi feita por
meio de processos radiestésicos.
Os
magos egípcios antes de Moisés também se serviam da varinha radiestésica como
vemos em Êxodo, cap. VII, vers. 9, 10, 11, 12, 15, 17 e 20; cap. VIII, vers. 5
e 16; cap. X, vers. 13 e cap. XIV, vers. 16, onde se descreve como estes se
utilizavam de varinhas para seus encantamentos e sortilégios. Parece-nos que a
cruz TAU era utilizada como instrumento para buscas radiestésicas, assim como
outros apetrechos mágicos desse e de outros povos. É provável que os caldeus tenham
estendido o uso da varinha divinatória entre os povos asiáticos, especialmente
entre os árabes seus vizinhos. Segundo Heródoto (Journal des Savants <Jornal
dos Sábios>, novembro de 1852, pág. 717), os excetas praticavam a
radiestesia em larga escala; segundo Estrabão os brâmanes da Pérsia a
praticavam normalmente; segundo Filostrato os brâmanes da Índia e os povos de
Metelim também a praticavam.
Temos
por volta de 1850 uma referência ao uso da vara divinatória para achar objetos
perdidos na Índia, indicando que desde longa data estas práticas vinham sendo
utilizadas. Uma prática similar foi encontrada entre os maganjas da África
Central, que deve datar de milênios. Sir Frank Swettenham, ao descrever os
métodos divinatórios utilizados pelos malaios, diz: "Um outro método
consiste em pôr na mão do pawang, ou mágico, uma vara divinatória formada de
três caniços de junco atados juntos por uma extremidade, e quando ele se
aproxima do local que corresponde ao objeto da questão, a vara experimenta uma
sensível vibração.
Tão
antiga é essa forma de arte divinatória que nós mal a podemos imaginar, mas
certamente excede dois a três mil anos atrás". T. J Hutchinson, no seu
livro "Dois Anos no Peru", refere-se a uma figura entalhada na rocha
com uma vara de forquilha na mão. Dos documentos arqueológicos se deduz que a
civilização peruana, data mais de 9000 a.C. e usava o poder oculto de adivinhar
com a vara através de seus sacerdotes e mágicos.
Na
antiga Roma, a arte divinatória era muito apreciada, como vemos no livro de
Cícero, "Divinatione"; os adivinhos romanos usavam o lítuo, o bastão
divinatório e a varinha encurvada, comentadas também por Aulu Gelle, Macrobio,
Plutarco e Tito Lívio. Segundo o historiador Tácito (vide Tácito, tradução de
Dureau de Lamalle, edição de 1790, vol. III págs. 330 e 331), os romanos
apreciavam sobremaneira os métodos adivinatórios que vinham dos primitivos
germanos, os quais acreditavam nos auspícios e na adivinhação como nenhuma
outra nação no mundo.
Seu
método era simples: cortavam em muitos pedaços uma varinha de uma árvore
frutífera e, depois de marcadas com sinais diferentes, jogavam-na sobre um pano
branco. O sacerdote separava por três vezes os pedaços e de acordo com as
marcas que se apresentassem, dava a sua interpretação (este jogo é conhecido
hoje em dia como o "jogo das runas", muito comum entre os povos
nórdicos e bastante popular no Brasil).
Entre
os autores antigos que mencionam as varinhas temos Varron que no seu livro
"Vírgula Divina", discute a forma de descobrir água subterrânea,
objetos perdidos, metais e ouro, e trata de modo exclusivo os métodos de
adivinhação e o uso da varinha. Vitrubio escreve extensamente, descrevendo como
achar fontes, mananciais e jazidas de minerais; entre os métodos que aponta não
menciona claramente o uso da varinha. Plínio escreve em vários livros,
especialmente no de História Natural, volume XXXI e volume XXXIII, quais são os
meios para achar água, descobrir mananciais e procurar jazidas de minerais.
Theodoric Cassiodoro, no século VI, insiste sobre a utilidade dos pesquisadores
de águas subterrâneas na procura de jazidas de minerais.
É
difícil de determinar todas as formas pelas quais os povos antigos usavam a
varinha adivinatória; para alguns autores, como Borellus, os ancestrais dos
alemães usavam a varinha para a cura de ferimentos e para ajudar na recuperação
de membros fraturados; para Heródoto, alguns povos asiáticos usavam-na para
descobrir perjuros e outros para determinar os homicidas. Até o século XI não
se encontram mais alusões às varinhas adivinatórias. Notker, um monge de St.
Gall, escreve a respeito das varas adivinatórias "mercuriais e
voláteis". No século XV, Basilus Valentinus (ou Basile Valentim), monge
beneditino, dedica sete capítulos de sua obra a uma descrição didática sobre o
uso da vara divinatória.
O
folclore germânico, através de fábulas e contos, refere-se à "vara dourada
dos nibelungos", à "vara paradisíaca de condão" de Gotfried de
Strassburg e também à "vara mágica" ou centro dominador dos Eddas.
Uma referência à vara de condão acha-se no livro de Conrad von Megenberg,
"Das Buch der Natur", escrito entre 1348 e 1350, onde menciona que
varas de espeto, quando eram de aveleira, costumavam girar sobre si mesmas com
a ação do calor. Na Suécia, os praticantes da arte da radiestesia eram chamados
de dalkarl e segundo um manuscrito datado do século XII se descreve um processo
complicado para a preparação da vara mágica, que posteriormente seria usada
pelo "dalkarl". Na Dinamarca, por volta do século XIV, acreditava-se
que os tesouros perdidos podiam ser achados por meio de uma vara mágica
denominada finkelrut preparada após invocações na noite de São João; se esta
vara fosse feita de salgueiro, podia ser usada também para achar água.
Muitas
fontes consideram a Alemanha, especialmente o distrito das montanhas do Harz,
como o berço da moderna arte divinatória. No reinado da Rainha Elizabeth
(1558-1603) da Inglaterra, mineiros alemães foram convidados a desenvolver a
indústria mineira na comarca da Cornualha e muitos alemães rabdomantes foram
empregados posteriormente na descoberta de minas de estanho. Estes foram tão
bem-sucedidos que por volta do século XVII o uso da vara divinatória para
localizar minerais e água tinha-se espalhado por toda a Europa, desencadeando
uma grande controvérsia entre os cientistas e o clero. A maioria dos opositores
da arte radiestésica tomava atitudes contrárias a esta, não por razões
científicas, mas por considerar que a adivinhação era uma arte satânica,
provocando-se grandes injustiças ao serem acusados de feiticeiros alguns dos
radiestesistas que a usavam com critérios científicos, entre estes o Barão de
Beau-Soleil, que foi preso em 1642 e morreu pouco depois.
Pelas
citações anteriores percebemos que os antigos ancestrais tinham formado uma
espécie de relação entre a idéia do uso do bastão, vara ou vareta, com certos
processos misteriosos e, particularmente, a curiosidade de descobrir coisas que
estão por vir, tentando descortinar o futuro. Daqui saiu a arte divinatória
denominada Rabdomancia ou adivinhação com uma vara ou varetas.
O Pe.
Pierre Lebrun escreveu que os primeiros a se dedicar a usar a varinha para
achar água, mananciais e veios de minérios na França, foram o barão Beau-Soleil
e sua mulher, a Baronesa Sra. de Bertereau, em 1630; esta última escreveu um
livrinho intitulado "La restituition de Pluton a Monsegneur le Duc de
Richeliue", (A reintegração de Plutão, dedicada a Sua Eminência). A Sra.
de Bertereau catalogou 150 minas descobertas na França por intermédio da
varinha divinatória que foi reimpresso pelo abade de Vallemont em 1693, e
anexado ao seu livro "Física oculta". Muitos autores do século XVII
foram favoráveis a aceitar a eficácia do uso da varinha divinatória na
prospecção de minérios e na procura de água, entre eles: Robert Fludd
(Philosophia mosayca), o químico Rodolfo Glauber (Obra mineral), Edo Neuhusius
(Sacror fatidic, 1658), Sylvester Rattray (Theatrum sympatheticum, 1662),
Matthias Willenius (Relação verdadeira da vara de Mercúrio, 1672),
Joannes-Christianius Frommann (Tractatus de fascinatione, 1674), Pe. Jes.
Dechales (Fontibus naturalibus, 1674); outros se mostravam Céticos, mas também
não eram contra, como o abade Hirnhaín (De typho generis humanis, 1676), M. de
Saint-Romain (A ciência natural desprovida das ilusões escolares, 1679).
Roberto Boyle, da Real Sociedade de Londres, em 1666, questiona se a varinha
realmente se movimenta e consegue da Real Sociedade de Londres uma declaração
de que os efeitos da forquilha sejam reconhecidos e comprovados por essa
sociedade. Jean Nicoles, em 1693, trata com profundeza do assunto no seu livro
"La Baguette Divinatoire" (A varinha divinatória). Outros eram
frontalmente contra, considerando seu uso uma prática supersticiosa.
Um
radiestesista chamado Jacques Aymar, morador de Saint-Véran no Delfinato da
baronia de Saint-Marcellin, foi chamado em 5 de julho de 1692 pelo procurador
do Rei para resolver o assassinato de um comerciante de vinhos e sua mulher em
Lyon. Ao resolver com sucesso o crime, provocou muitas polêmicas entre o clero
que defendia a idéia de que o radiestesista havia feito um pacto com o diabo
contra a opinião das autoridades que procuravam demonstrar que os movimentos da
varinha se realizavam naturalmente.
Vários
teólogos de prestígio da época aderiram às idéias contra as varetinhas
divinatórias, o que após o julgamento da Academia de Ciências provocou o
decreto da Inquisição de 26 de outubro de 1701, considerando o uso da varinha
proscrita para sempre dentro da Igreja. Mas esta prescrição não deu em nada,
pois foi desconsiderada por um grande número de priores, abades, frades e
sacerdotes, que continuaram a usar a varinha para descobrir mananciais e águas
subterrâneas ao longo do século XVIII.
Esses
pesquisadores radiestésicos passaram a partir dessa época a serem chamados de,
zahories; destacando-se na França no fim do século um zahorista chamado
Barthélemy Bleton, de Saint-Jean-en-Royant, que descobriu mais de cem minas, e
foi submetido por mais de um ano a muitas experiências pelo Dr. Thouvenel, que
em 1781 publica um livro intitulado: "Memória física e medicinal, as
evidentes relações entre os fenômenos da varinha divinatória, do magnetismo e
da eletricidade".
A
partir desta publicação, muitos cientistas emitiram opiniões favoráveis e
contrárias, como o físico Sigaud de Lafond e o astrônomo De Lalande que queria
desmascará-lo num artigo publicado no "Journal des Savants" em agosto
de 1782. Em 1790 o Dr. Thouvenel foi nomeado adido do governo francês na
Itália, quando pesquisou junto com outros cientistas, entre eles: Spallanzani e
Charles Amoretti da biblioteca ambrosiana de Milão, que compôs um ensaio
crítico sobre a rabdomancia, o Pe. Barletti professor de física experimental de
Pavía e Alberto Fortis (autor de "Memórias para secundar a história
natural, principalmente a orictografia da Itália e países adjacentes").
Neste, um jovem zahori com sensibilidades hidroscópicas chamado Pennet, é
submetido a inumeráveis experiências utilizando-se um pêndulo formado por um
cubo de pirita de ferro suspenso por um fio com comprimento de um quarto de
vara.
Os
primeiros a observar os movimentos do pêndulo no século XVIII na França foram o
Capitão Ulliac, Desgranges e o Cl. Gerboin, professor da escola de medicina de
Estrasburgo, que posteriormente publicou as experiências do grupo em:
"Investigações Experimentais sobre uma nova forma de ação elétrica"
(Estrasburgo, 1808). M. Chevreul, inspirado nas experiências de Fortis e
Amoretti, realiza experiências com o pêndulo entre os anos 1810 e 1813 e os
publica posteriormente na "Revue des Deuz-Mondes", em forma de carta
"Sobre uma classe especial de movimentos musculares", dirigida a M.
Ampére em 23 de março de 1833. Em 1826, o conde J. de Tristan denomina a
varetinha de "furcella" (forquilha) e tenta mostrar que as forças que
atuam sobre esta independem do operador denominado "bacilogiro".
Depois
da primeira guerra mundial, a radiestesia tomou um (remendo impulso devido a
divulgação que era dada desde as primeiras décadas do século pelo Abade Bouly
e, especialmente, pelo Abade Mermet, que organizou uma série de congressos e
conferências, a fim de desenvolver o conhecimento científico que sustentava os
muitos usos do pêndulo, especialmente a sua aplicação terapêutica. Em vista do
trabalho e dedicação demostrados pelo Abade Mermet, este foi agraciado com um
prêmio pela Academia da Sociedade Francesa do Incremento ao Bem-Estar Público.
Mencionamos
a seguir um trecho do livro do Abade Mermet, intitulado "Abregé de ma
Méthode", em que fala de suas atividades e diz ser a radiestesia uma
ciência. Seu depoimento é o seguinte: "Depois de 1893, venho realizando
buscas subterrâneas em média na razão de 50 por ano. Não me parece temerário
afirmar que uma experiência de quarenta e quatro anos me confere autoridade
suficiente para reclamar perante os sábios, sejam quais forem, que a
radiestesia se constitui uma ciência (uma ciência em formação é verdade) e que
aqueles que a combatem hoje serão forçados, amanhã ou depois, a se inclinarem,
se não diante das explicações, pelo menos diante dos fatos".
Em
1922 o americano Dr. Albert Abrams, publica um livro sobre as aplicações do uso
do pêndulo para o diagnóstico médico, inaugurando o uso da radiestesia nos
diagnósticos e tratamentos de doenças. Num congresso realizado em Paris, em
junho de 1923, presidido pelo Dr. Henri Mager, do qual faziam parte os Srs.
Armand Vire, Heitor Durville, Fabius de Champville, Descroix, M. A. Martell e
Lancrenon, como juizes das provas, foram realizadas muitas experiências
radiestésicas com enorme êxito, ficando claramente comprovada a realidade dos
fenômenos radiestésicos. Depois desse, outros congressos foram realizados com
ótimos resultados. Na atualidade, após a descoberta das radiações dos corpos, a
radiestesia, que era tida como uma arte, está-se transformando numa verdadeira
ciência, pois cresce cada vez mais o número dos cientistas que a estudam e
praticam.
Em
1943, o Dr. Eric Perkins, assistente e pesquisador da equipe do Dr. Abrams,
pronuncia uma conferência na Sociedade Britânica de Radiestesia, onde descreve
as pesquisas da equipe do Dr. Abrams, no campo da fisiologia e o diagnóstico de
doenças pela radiestesia, pela determinação no corpo humano de radiações
energéticas positivas e negativas.
Andrés
Bovis, na França, descobre outras formas de utilizar o pêndulo, como a determinação
da boa qualidade dos alimentos. Experiências, notáveis descobertas e cuidadosas
comprovações têm sido levadas a cabo com a varinha ou com o pêndulo em vários
ramos da atividade humana, de modo a ampliar cada vez mais o já vasto campo de
utilidade da radiestesia. Embora o homem viva em meio de emanações e ondas ou
raios de toda espécie que o atravessam continuamente, sua consciência está
atenta às coisas que lhe afetam diretamente os sentidos, não percebendo estas
radiações.
Os
sentidos captam as ondas de luz, som dentro de uma limitada escala vibratória,
sendo insensíveis às vibrações existentes acima ou abaixo dessa escala. O som
da corda baixa de um violão, por exemplo, ao ser pulsada, produz 32 vibrações
por segundo numa faixa perfeitamente audível; não ouviremos, porém, o som de
uma corda que produza somente quatro vibrações nesse mesmo espaço de tempo.
De
igual modo não ouviríamos 50.000 vibrações num segundo, pois a nossa escala
audível (que é variável de indivíduo para outro) vai aproximadamente até 32.000
vibrações por segundo. Alguns animais, como os cachorros, por exemplo, têm um
alcance auditivo bem mais elevado que o nosso, alcançando ouvir numa faixa
acima das 40.000 vibrações por segundo, portanto ouvem sons que para nós não
existem.
Outras
freqüências vibratórias diferentes das do homem são usadas normalmente pelos
sentidos de alguns animais como: a vista telescópica das aves de rapina, o
ouvido finíssimo dos gatos e outros felinos, o faro e ouvido dos cães, o olhar
das corujas, para as quais não há obscuridade, constituem alguns exemplos do
que afirmamos.
Podemos
mencionar outras faculdades próprias de alguns animais que ultrapassam os meros
sentidos, por exemplo, os pombos-correio, que podem ser considerados
radiestesistas naturais, que captam através de um raio direcional a localização
de seu ninho e, quando soltos a muitos quilômetros de distância, voam para ele
em linha reta. Os morcegos possuem um radar natural que lhes permite desviar-se
de qualquer objeto no escuro. Com as abelhas e outros insetos sucede o mesmo,
pois possuem antenas emissoras e receptoras de mensagens através do éter,
percebendo também as vibrações de perigo ou de situações anormais e estranhas.
Muitos outros animais de maior porte possuem igualmente a telepatia e outras
faculdades instintivas.
No
homem, os sentidos captam uma pequena faixa de freqüência, sendo que uma enorme
quantidade destas permanecem despercebidas para nós, parecendo-nos que essas
ondas e vibrações simplesmente não existem, muito embora, os seus efeitos
benéficos ou maléficos produzidos pela sua ação, se manifestem em nosso corpo
físico ou psíquico. Algumas pessoas consideradas ultrasensíveis podem perceber
com maior facilidade determinadas freqüências vibratórias fortes, chegando até
a sentir calafrios, choques parecidos aos elétricos, mal-estar e outras
manifestações físicas ao sentirem as freqüências vibratórias provocadas pelas
radiações que vibram em faixas consideradas maléficas para a nossa saúde. Como
exemplo disto temos as radiações de materiais "radiativos", as quais
o nosso corpo não suporta praticamente nenhuma exposição. Foi comprovado que o
prolongado manejo do pêndulo ou da forquilha também desenvolve a sensibilidade
em alto grau, dando-se o caso de velhos radiestesistas que as vezes prosseguem
em suas buscas mesmo sem eles.
Estes
casos, porém são raros. O Abade Mermet, no seu livro, referindo-se a pessoas
dotadas de faculdades extraordinárias diz: "É certo que certas pessoas
excepcionalmente dotadas vêm no interior da terra a água e os diversos corpos
como se a terra fosse transparente para elas. Estes raros casos de
clarividência parecem dar maior amplitude à sensibilidade, mas são o resultado
de uma sensibilidade singularmente acrescida" (vide "Comment
J'Opere", Paris, fls. 56, da 2a edição). Os efeitos das radiações, em
nosso organismo, podem ser benéficos (RB), maléficos (RM), ou neutros (RN),
parecendo que estes últimos são os que nos atingem com maior intensidade.
Quando as radiações que atingem o homem são benéficas, estas produzem uma
sensação de bem-estar físico e, normalmente, equilibram seu campo aurâmico,
despertando emoções e pensamentos altruístas elevados, ao passo que as
radiações maléficas nos causam desequilíbrio do campo aurâmico, irritações
nervosas, mal-estar, insônias e até doenças graves intratáveis pela medicina
tradicional, entre estas temos: o artritismo, a diabetes e o câncer. Muitos
cientistas do século XX têm visto o fenômeno radiestésico com certo
preconceito, ceticismo ou zombaria. Albert Einstein cosiderava, porém, a
radiestesia fascinante, concluindo que o eletromagnetismo da Terra era o
responsável pelos efeitos físicos produzidos por esta.
O
Prof. Joseph B. Rhine. da Duke University, propôs que se considerasse a
radiestesia relacionada aos poderes do espírito do que com as forças físicas.
Charles Richet, Prêmio Nobel francês, diz: "A radiestesia é um fato que
teremos que aceitar". O mais ilustre cientista a investigar os princípios
físicos da radiestesia é o Prêmio Nobel Alexis Carrel, do Instituto Rockfeller,
que se dedicou por mais de 45 anos ao seu estudo, proclamando abertamente:
"O médico precisa detectar em cada paciente as características da sua
individualidade, a sua resistência às causas das enfermidades, a sua
sensibilidade à dor, o estado de todas as suas funções orgânicas, o seu passado
bem como o seu futuro. Ele deve manter o espírito aberto e livre para certos
métodos não ortodoxos de investigação e deve lembrar-se, neste caso, de que a
radiestesia é digna da mais séria consideração".
O
poder do pêndulo é a redescoberta e a revelação de antigos poderes
adivinhatórios de sacerdotes e sábios que naqueles tempos os cobriam com certo
halo de mistério, e os detentores desses conhecimentos os guardavam
cuidadosamente. Mas ao vir à luz para um maior número de pessoas, seu acesso
foi facilitado devido a quebra das barreiras provocadas pelas muitas pesquisas
de cunho científico, que proporcionaram uma série de informações espontâneas e
precisas, e acabaram por beneficiar de forma significativa a vida de um
determinado indivíduo, prevendo possíveis doenças ou influências energéticas
negativas, ajudando-o a tomar providências nas situações anormais presentes,
corrigindo os desvios e a possibilidade de eliminar incertezas e dúvidas nas
tomadas de decisões, melhorando muito a qualidade da vida e do trabalho e
contribuindo para a valorização da própria vida humana desse indivíduo. A
palavra radiestesia era conhecida na França desde 1929; no início do século era
chamada de zahorismo, rabdomancia ou arte das varetas.
A
indicação da palavra radiestesia para a operação desse sistema geomântico foi
atribuída ao Abade Bouly que a chamou de "zahorí", nome dado a alguns
pesquisadores de poços artesianos que procuravam veios de água nas vizinhanças
de uma aldeia de Hardelot, utilizando para tal uma forquilha de avelã. As
raízes da palavra radiestesia vêm da palavra latina radius = radiação e da
palavra grega aisthesis = sensibilidade. Na Inglaterra, costumava-se usar a
palavra inglesa dowsing para designar as pesquisas de água ou minerais com a
ajuda das varetinhas de avelã ou de um pêndulo, e o termo chinês "feng
shui" passou a ser usado para determinar a prática de harmonizar ou
encontrar o equilíbrio energético das casas. A radiestesia pode ser considerada
como uma habilidade de sentir certas radiações cuja natureza está saindo do
campo teórico para entrar no campo prático dos testes e das comprovações.
Essa
energia se manifesta em todos os homens de forma tão pessoal, que se torna
difícil falar sobre ela de forma aceitável para todos, pois dependendo de uma
posição muito racional, alguns a rejeitam como ilógica, ao mesmo tempo que
outros pesquisadores mais analíticos não só aceitam sua existência como
procuram dedicar-lhe parte de seu tempo para verificar as suas propriedades e
uso. Podemos considerar a radiestesia como uma arte instintiva que pertence ao
domínio da Psicofisiologia e Psicologia. Em outras palavras podemos dizer que
radiestesia é "a sensibilidade natural que apresentam os homens a diversas
freqüências, radiações e ondas energéticas". Hoje, na Europa
(especialmente na França e na Alemanha), EUA, Canadá e alguns países da América
do Sul já existem médicos que complementam sua ciência com a radiestesia,
reunindo-se em sociedades, demostrando assim o alto conceito com que abordam as
possibilidades da radiestesia ser um valioso auxiliar no diagnóstico médico,
especialmente "na prevenção das doenças". As referências históricas
sobre o "feng shui"e a radiestesia, remontam a noite dos tempos devido
ao aproveitamento da sensibilidade geomântica de alguns povos que habitavam
certas regiões geralmente áridas tendo a necessidade da procura de água para
suprir suas necessidade de abastecimento e uso na agricultura uns aos outros.
O
"feng shui"e a radiestesia possuem uma vasta área de aplicações,
sendo usado inicialmente para localizar fontes de água, poços artesianos e
jazidas subterrâneas de minérios; posteriormente seu uso foi ampliado para a
procura de tesouros ocultos, objetos perdidos, localização de jazidas, localização
de pessoas, para a obtenção de respostas comerciais objetivas (na engenharia,
por exemplo é usado para saber a profundidade e localização de poços
artesianos, além das informações adicionais sobre problemas em estruturas e
escavações de fundações).
São
usados também na agricultura e horticultura para a determinação das épocas mais
propícias para iniciar os cultivos ou para procurar as possíveis fontes e
nascentes a serem usadas na irrigação; os criadores de galinhas (especialmente
do Japão) usam para determinar o sexo dos pintos ainda nos ovos (com um índice
de acertos acima de 90%) e inclusive para o uso bélico (como descobrir granadas
e minas enterradas, localização de submarinos através de mapas de regiões
oceânicas etc). Para muitos chineses o "feng shui" é considerado uma
arte, para outros uma ciência, pois o método possui suas características
peculiares de pesquisa, com as quais determinam-se a existência de anomalias
energéticas localizadas em residências, locais de trabalho, jardins, terrenos e
outros locais específicos situados em rios, vales e montanhas.
Ao
ser utilizado o "feng shui" para determinar quais são os ambientes
mais propícios, a correta distribuição dos móveis, o uso das cores e da
decoração de uma casa ou de um escritório, deverá ser utilizado, em primeiro
lugar, uma séria pesquisa radiestésica em todos os ambientes da casa a fim de
localizar-se as correntes energéticas chamadas genericamente de energias
"telúricas", verificando-se também os tipos de influência positiva ou
negativa que estas exercem no local, bem como sua localização exata, sua forma
e a direção como circulam nesses locais.
Em
geral, estas energias funcionam da mesma forma que no corpo humano, no qual os
órgãos internos mantêm entre si um estreito relacionamento que pode sofrer a
influência externa das energias que nos rodeiam interferindo no nosso campo
bioenergético de tal forma que o nosso corpo possa aceitar ou rejeitar a
influência energética dos objetos externos, sejam estes de uso pessoal como
roupas, adornos (metais, pedras, produtos sintéticos), os quais cada um possui
seu próprio campo energético devido às suas cores, sua composição química, a
imantação natural provocada pelo biomagnetismo derivado do contato e manuseio
de outras pessoas etc. Podemos também ser influenciados energeticamente por
objetos de uso interno como metais implantados no corpo (obturações dentárias,
pinos e placas metálicas nos ossos) alimentos, remédios etc.
O
leitor que se dedicar com certa regularidade à prática racional do "feng
shui" ficará deveras surpreso com o rápido desenvolvimento de suas
habilidades geomânticas, que lhes permitirão determinar as energias que
coexistem no seu habitat, provocados pelas energias telúricas procedentes dos
cruzamentos de correntes de águas subterrâneas, da posição da casa ou
apartamento, da disposição dos móveis, da decoração, dos aparelhos eletrônicos,
dos vasos de plantas, dos jardins internos e externos, bem como fazer o
diagnóstico do funcionamento de todos os órgãos e sistemas vitais de uma pessoa
ou dos seus familiares, verificando seu estado e sua saúde (na situação
presente e num futuro próximo, pois qualquer doença, ou problema que atinja o
nosso corpo físico se manifestará primeiro no nosso campo energético, passando
depois para o corpo físico).
Podem
ser verificados também todos os produtos que o corpo aceita ou rejeita, bem
como saber se um determinado remédio prescrito é eficaz ou não para o paciente;
a mesma coisa é válida para testar alimentos, adornos e jóias, tecidos e cores
de roupas que pretendemos usar, perfumes e produtos de beleza adequados ou não
etc. Aqueles que levam a sério os estudos geomânticos, especialmente na área
terapêutica, perceberão que poderão dispor de um poderoso instrumento para
pesquisar as energias vitais, que são o sustentáculo do homem.
Esse
conhecimento pode ser considerado como a ponta de um "iceberg", que
acaba levando o estudioso a se interessar pelo estudo das fontes de outras
energias, que contribuem para a manutenção da vitalidade do homem, tais como: a
acupuntura, a aerofitoterapia, a argiloterapia, o cinquatsu, a cosmoterapia, a
cristaloterapia, a cromoterapia, o do-in, os florais de Bach, os oligoelementos
dos florais brasileiros, a helioterapia, a massagem psíquica, a musicoterapia,
a piramidoterapia, a quiroprática, o shiatzu etc.
O
"feng shui" e a "radiestesia" foram acolhidos pelos
cientistas que os integraram numa nova ciência chamada Geobiologia que teve
grande desenvolvimento em vários países europeus, especialmente na Alemanha e
Suíça, onde se fundaram institutos de pesquisas para os estudos geomânticos;
entre os principais temos: o Instituto Hartmann em Heidbelrg (Alemanha); o
Instituí de Recherches Geobiólogiques em Genebra (Suíça); o Institut de
Recherches en Géobiologie em Chardonne (França), o Centro Mediterrâneo de
Estúdios Geobiológicos em Benicarló (Espanha) e muitos outros centros de
pesquisa na Dinamarca, Inglaterra, Itália etc. A maioria dos visitantes
ocidentais que estiveram na China desde o início do século, assimilaram alguns
costumes locais e tomaram conhecimento das tradições chinesas, comprovando que
a radiestesia que se iniciava naquela época na Europa já era usada pelos
chineses há milhares de anos sob a denominação de "feng shui"; para
os chineses era o compêndio da sabedoria dos seus ancestrais, o resumo dos
antigos conhecimentos que resultaram de longos períodos de profundas análises e
observações sobre o relacionamento entre o homem e a natureza, cuja essência
expressa a relação harmoniosa entre o ser humano e o seu habitat. O "feng
shui" era considerado também um sistema de realização pessoal.
Na
China funciona da mesma forma hoje, como nos primórdios dessa magnífica
civilização. A convivência dos estrangeiros com os praticantes chineses do
"feng shui" forneceu-lhes informações sobre sua prática e princípios
que poderiam modificar a visão do mundo e das pessoas com relação aos locais
onde elas moram, melhorando o ambiente do lar, os relacionamentos com as outras
pessoas, podendo em alguns casos até prever o futuro ou também afetar
radicalmente seu estilo de vida.
Vários
autores ingleses no início do século escreveram sobre o "feng shui",
por considerá-lo uma novidade, por questioná-lo ou para combatê-lo; porém todos
contribuíram para divulgar de certa forma a sua prática no ocidente. A arte do
"feng shui" pode ser considerada inconsistente para nós ocidentais
porque estamos acostumados às grandes conquistas tecnológicas, fruto de
pesquisas executadas por modernos centros tecnológicos e renomados laboratórios
de multinacionais, que, em geral, dispõem de enormes recursos financeiros, que
amortizam esses estudos com a comercialização de suas descobertas.
Na
China não é bem assim, pois quando se pretende alterar qualquer aspecto
referente à vida, costumes ou conforto das pessoas, sempre são mantidos os
métodos tradicionais e o cumprimento dos seus princípios filosóficos. Por essa
razão o enfoque tecnológico para a evolução de suas ciências naturais e as
descobertas científicas se desenvolveram dispensando o uso de qualquer
aparelhagem ou instrumentos usados normalmente no ocidente, como dissecar
corpos de animais, ou realizar experiências e análises de substâncias químicas
ou orgânicas. Os sábios da antiga China somente utilizavam para suas
experiências práticas uma grande dose de paciência, observando cuidadosamente
os fenômenos da natureza, que eram devidamente registrados em meticulosas
anotações que relatavam os resultados de suas observações.
Dessa
forma criaram uma ciência que reúne a consciência interior com as antigas
tradições, valorizando especialmente as forças da natureza. Hoje, no mundo
inteiro, muitos homens e mulheres adotaram os princípios geomânticos da
radiestesia ou do "feng shui" para transformar suas casas poluídas
energeticamente em casas saudáveis, porque essas são consideradas uma espécie
de corpo humano, no qual os olhos, o nariz e a boca são como as janelas, as
portas e os outros acessos que permitem que a energia vital possa fluir
livremente pela casa. Dessa forma, podem ser determinados os locais da casa
onde se concentram as energias que podem influenciar positiva ou negativamente
a harmonia da vida, da saúde, da riqueza e da felicidade das pessoas que moram
nesse local.
Essa
energia vital que corre pelos meridianos do nosso corpo, também atua fora dele
sendo chamada tradicionalmente pelos orientais de "Ch'i" e no seu
aspecto negativo é chamada de energia "Sha". As duas energias existem
por toda parte e nós nos encontramos mergulhados nelas e, sabendo manipulá-las
podemos aproveitá-las modificando suas características em nosso benefício
somente pelo fato de distribuí-la de forma correta, reorganizando os aposentos,
a mobília e a decoração da nossa casa, de acordo com os princípios do
"feng shui".
Os
atuais estudiosos dos conceitos tradicionais chineses do "feng shui",
mantêm os princípios propostos pelos ancestrais que após milênios de
observações e experiências, obtiveram resultados altamente positivos na
aplicação desses conceitos, em especial na orientação física do projeto das
casas, bem como na disposição dos móveis que, conforme verificaram, influenciam
realmente de uma forma positiva ou negativa as pessoas que nelas moram,
contribuindo para criar ambientes que podem acalmar, estimular, relaxar, como
também irritar ou adoecer seus moradores.
O
simples fato de mudar alguns móveis do lugar, a posição da cama, a combinação
de cores de móveis, distribuir a decoração de outra forma, ou mudar a
combinação das cores da decoração e dos enfeites, trocar as cores do seu
revestimento, mudar as cores das paredes pode ser muito positivo e diminuir
muitos inconvenientes aos moradores dessa casa, como: problemas econômicos,
problemas de relacionamento, problemas no casamento e até problemas de saúde
que, de uma certa forma, podem ser atribuídos à casa quando são ignorados os princípios
do "feng shui".
Outros
fatores que podem influenciar positiva ou negativamente uma casa e seus
moradores são: a sua localização, sua posição no bairro, o ambiente criado pela
posição das construções, vizinhas ou da própria natureza como vales, colinas,
rios ou estradas que a cercam e que podem canalizar ou afastar o fluxo das
energias vitais do "Sha" na direção da casa.