segunda-feira, 15 de abril de 2013

O Milagre da Atenção Plena - Thich Nhat Hanh



A palavra sânscrita que designa Plena Atenção, Smiriti, significa "Lembrar-se". A Plena Atenção consiste em lembrar-se constantemente de voltar ao momento presente. O ideograma chinês para a Plena Atenção tem duas partes: a parte superior significa "Agora" e a parte inferior "Mente" ou "Coração”.

 O Primeiro Milagre da Plena Atenção é estar presente e ser capaz de entrar em contato profundo com o Céu Azul, a Flor ou o Sorriso de nosso Filho.
O Segundo Milagre da Plena Atenção é fazer com que o outro - o Céu, a Flor ou nosso Filho - também esteja presente. No poema épico vietnamita Conto de Kieu, a heroína volta ao apartamento de seu amado, Kim Trong, e o encontra dormindo em sua escrivaninha, com a cabeça sobre uma pilha de livros. KimTrong ouve os passos de Kieu mas, semi-adormecido, pergunta: "Você está realmente aqui, ou eu esotu sonhando??" Kieu responde: "Agora temos a oportunidade de ver-nos com clareza. Mas se não vivermos este momento profundamente, ele não terá passado de um sonho." Você e seu amado estão aqui juntos. Têm a oportunidade de se olharem profundamente. Mas se não estiverem completamente presentes, tudo não passará de um sonho.
O Terceiro Milagre da Plena Atenção é nutrir o objeto de sua atenção. Quando foi a última vez que olhou nos olhos de sua amada e perguntou: "Quem é você, minha querida?" Não se satisfaça com uma resposta superficial. Pergunte novamente: "Quem é você, que assumiu o meu sofrimento como seu, minha felicidade como sua, minha vida e morte como suas? Meu amor, por que você não é uma gota de orvalho, uma borboleta ou um pássaro?" Pergunte com todo o seu ser. Se não prestar a devida atenção à pessoa que ama, estará cometendo uma espécie de assassinato. Quando estiverem juntos fazendo alguma coisa, e se perderem em seus próprios pensamentos, cada um presumindo que sabe tudo sobre o outro, na verdade um estará morrendo lentamente. Mas com Plena Atenção será capaz de fazer renascer uma flor que ia murchar. "Eu sei que você está aqui, ao meu lado, e isso me faz feliz." Através da atenção, você será capaz de descobrir fatos novos e maravilhosos da amada, suas alegrias, seus talentos ocultos, suas aspirações mais profundas. Se você não praticar a atenção apropriada, como pode dizer que a ama?
O Quarto Milagre da Plena Atenção é aliviar o sofrimento de outra pessoa. "Eu sei que você sofre e é por isso que estou aqui." Pode dizer isso com palavras ou simplesmente pela forma como olha para a pessoa. Se não estiver realmente presente, ou se ficar pensando em outras coisas, o milagre do alívio do sofrimento não se realizará. Em momentos difíceis, se tiver um amigo realmente presente ao seu lado, saberá que é um privilegiado. Amar significa nutrir o outro com atenção. Quando se pratica a Plena Atenção Correta, nós e o outro estamos presentes aqui e agora. "Querida eu sei que você esta aqui. Sua presença é preciosa para mim". Se você não demonstra isto quando estão juntos, no dia em que ela morrer ou sofrer um acidente, você chorará e lamentará o fato de antes do acidente não ter sabido se realmente foi feliz com ela.
Quando alguém está próximo da morte, se nos sentarmos ao seu lado com uma atitude estável e sólida, já será uma enorme ajuda para que esta pessoa possa abandonar esta vida com certa facilidade. Nossa presença será como um mantra, a fala sagrada que tem efeito transformador. Quando seu corpo, sua fala e sua mente estão em perfeita unicidade, o mantra fará efeito antes mesmo que se pronuncie uma única palavra. Os primeiros quatro milagres da Plena Atenção pertencem ao primeiro aspecto da meditação, shamatha - parar, acalmar-se, descansar e curar-se. Depois que você conseguir se acalmar e parar de se dispersar, sua mente ficará autofocalizada e você estará pronto para a contemplação profunda.
O Quinto Milagre da Plena Atenção é a concentração profunda (vipashyana), que também é o segundo aspecto da meditação. Relaxado e concentrado, você está realmente preparado para olhar em profundidade. Você irradia a luz da Plena Atenção sobre o objeto que observa, e ao mesmo tempo irradia a luz da Plena Atenção para si mesmo. Observa o objeto de sua atenção e ao mesmo tempo enxerga o conteúdo da própria consciência armazenadora que está repleta de jóias preciosas.
O Sexto Milagre da Plena Atenção é a Compreensão. Quando entendemos algo, nós dizemos: "Ah, sim, esotu vendo." Vemos alguma coisa que não víamos antes. Ver e compreender são processos que surgem dentro de nós. Ao usar a atenção, entramos em contato com o momento presente, profundamente, e podemos ver e ouvir com clareza. Isso gera frutos, que são a compreensão, a aceitação, o amor e o desejo de aliviar a dor e trazer alegria. Quando você entende alguém, não consegue deixar de amar esta pessoa. A compreensão é o verdadeiro alicerce do amor.
O Sétimo Milagre da Plena Atenção é a Transformação. Quando praticamos a Plena Atenção Correta, entramos em contato com os elementos curadores e renovadores da vida, e começamos a transformar a nossa dor e o sofrimento do mundo. Passamos a desejar vencer um hábito, como, por exemplo, o hábito de fumar, em prol da saúde de nosso corpo e nossa mente. Quando começamos a praticar, a força de nossos hábitos é mais forte do que a Plena Atenção, por isso não esperamos conseguir parar de fumar de um momento para outro. Mas na verdade só precisamos ter consciência de estar fumando no momento em que fumamos. Ao prosseguir na prática, olhando profundamente e observando os efeitos que o fumo tem sobre a mente, o corpo, a família e a comunidade, adquirimos a determinação de parar. Não é fácil, mas a prática da Plena Atenção nos ajuda a ver com clareza tanto o desejo como seus efeitos, e finalmente encontramos uma forma de parar. Nesse processo, a Sangha é importante.
Um homem que visitou Plum Village vinha tentando parar de fumar há vários anos, mas não conseguia. Em Plum Village ele conseguiu parar logo no primeiro dia, porque a energia do grupo é muito forte. "Ninguém está fumando aqui, por que eu iria fumar?" Podemos levar anos para transformar a força de um hábito, mas quando conseguimos, detemos a roda do samsara, o ciclo vicioso do sofrimento e confusão que vem se prolongando há tantas vidas.

Praticar os Sete Milagres da Plena Atenção nos ajuda a levar uma vida mais feliz e saudável, transformando o sofrimento e conquistando paz, alegria e liberdade.

(Texto de Thich Nhat Hanh, do livro "A Essência dos Ensinamentos de Buda")
 
(art by Martin Johnson Heade, Cattleya orchid and Three Brazilian Hummingbirds, 1871)


terça-feira, 9 de abril de 2013

O milagre da atenção -:: Elisabeth Cavalcante ::

Viver num estado de plena atenção é uma das coisas mais desafiadoras da vida. Mas, sem isto, é impossível iniciar o processo denominado autoconhecimento.

Como podemos conhecer a nós mesmos se não estivermos atentos ao que se passa em nosso interior? O problema é que durante toda a nossa vida, fomos ensinados a viver permanentemente atentos ao que acontece no mundo exterior.

Prestamos atenção em todos os fenômenos ao nosso redor e, principalmente, no comportamento alheio, já que, regra geral, ele costuma direcionar a maioria de nossas atitudes.

Aprender a observar a si mesmo, não apenas no sentido psicológico, mas também o que se passa com o corpo físico, é o primeiro passo para que se possa começar a viver de modo consciente.

Os atos mecânicos que acabamos realizando na maior parte do tempo retiram de nós a chance de nos tornarmos plenamente vivos, alertas e capazes de reagir a cada situação, de acordo com nossa própria natureza.

Quanto maior for a capacidade de observar sentimentos, emoções e reações instintivas que acontecem o tempo todo em nós, mais fundo adentraremos em nossa verdadeira essência. E, aos poucos, a ansiedade, a angústia e o medo, serão substituídos por uma nova realidade, onde o silêncio, a paz e a serenidade definirão nosso modo de viver.

...Encontrar o observador em sua pureza é a maior conquista na espiritualidade, pois o observador em você é a sua própria alma, a sua imortalidade. Mas nunca, por um único momento, pense "Eu o peguei", pois esse é o momento em que você erra o alvo.

Observar é um processo eterno; você sempre vai se aprofundando, mas nunca chega ao fim, no qual possa dizer: "Eu o peguei". Na verdade, quanto mais fundo você for, mais fica consciente de que entrou num processo eterno, sem nenhum começo e nenhum fim.

Mas as pessoas estão observando somente os outros; elas nunca se importam em observar a si mesmas. Todo mundo está observando – este é o observar mais superficial – o que o outro está fazendo, o que o outro está vestindo, como ele aparenta.

...Todo mundo está observando; o observar não é algo novo a ser introduzido em sua vida. Ele apenas precisa ser aprofundado, tirar dos outros e direcionar aos seus próprios sentimentos interiores, pensamentos, estados de ânimo e, finalmente, ao próprio observador.

...Use essa energia da observação para uma transformação de seu ser. Isso pode trazer para você tanta bem-aventurança e tanta bênção que você nem mesmo pode sonhar a respeito. Um processo simples, mas uma vez que você comece a usá-lo em você mesmo, ele se torna uma meditação.

Pode-se fazer meditações a partir de qualquer coisa. Qualquer coisa que o leva a você mesmo é meditação. E é imensamente significativo encontrar sua própria meditação, pois nesse próprio encontrar você encontrará imensa alegria. E porque é o seu próprio encontrar, e não algum ritual imposto sobre você, você adorará entrar fundo nela.
Quanto mais fundo você entrar nela, mais feliz você se sentirá – tranqüilo, mais silencioso, mais integrado, mais majestoso, mais gracioso.
Todos vocês conhecem o observar, então, não se trata de aprendê-lo; é apenas uma questão de mudar o objeto de observação; faça isso.

Observe o seu corpo e você ficará surpreso. Posso mover minha mão sem consciência e posso movê-la com consciência. Você não perceberá a diferença, mas eu posso sentir a diferença. Quando a movo com consciência, há uma graça e uma beleza nela, uma serenidade e um silêncio. Você pode caminhar estando atento a cada passo; isso lhe dará todo o benefício que o caminhar pode lhe dar como exercício, mais o benefício de uma meditação simples fantástica.

...Você não deveria deixar passar inconscientemente nem mesmo um único momento. A observação afiará a sua consciência. Essa é a religião essencial, e tudo o mais é apenas conversa.

...se você puder fazer somente a observação, nada mais é necessário.
Meu esforço aqui é fazer a religião tão simples quanto possível. Todas as religiões fizeram justamente o oposto: elas fizeram as coisas muito complexas, tão complexas que as pessoas nem ao menos tentaram.

OSHO – The Golden Future

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Autopercepção E Não Autoconsciência - OshO


A AUTOCONSCIÊNCIA é uma doença, enquanto a autopercepção é saúde. Qual é a diferença? As palavras aparente mente querem dizer a mesma coisa. Podem até significar a mesma coisa, mas, quando as uso, são diferentes.
Quando falo em autoconsciência, a ênfase está no eu. Quando falo em autopercepção, estou falando de percepção. Se quiser, você pode usar a mesma palavra, autoconsciência, para as duas coisas. Se a ênfase for na “consciência” será saudável. É uma diferença muito sutil, mas muito importante.
A autoconsciência é uma doença porque ela significa que você está permanentemente consciente do seu “eu” Você fica pensando: “Como as pessoas estão se sentindo a meu respeito?”, “Como estão me julgando?”, “Qual será a opinião delas: será que gostam de mim ou não, será que me aceitam ou me rejeitam, será que me amam ou me odeiam?”. Você está sempre concentrado no “mim”, no “eu”, o centro é sempre o ego. Isso é uma doença, o ego é a pior doença que existe.
Contudo, se você mudar o foco, se deslocar a ênfase do ego para a consciência, não se preocupará se as pessoas o aceitam ou o rejeitam. Nesse caso, a opinião delas não importa, tudo o que você quer é estar alerta em todas as situações. Assim, não é importante se elas o amam ou odeiam, se o consideram um santo ou um pecador, nada disso importa. O que dizem ou pensam de você não lhe diz respeito, é problema delas, elas devem decidir por conta própria. Você só tenta estar alerta em todas as ocasiões.
Talvez alguém se aproxime e se curve diante de você, dizendo que você é um santo. Você não deve se preocupar com o que essa pessoa diz ou no que ela acredita. Deve apenas permanecer alerta para que essa pessoa não o arraste de volta à não-percepção, só isto. Da mesma forma, se alguém o insultar e agredir, não se importe com isso. Apenas tente ficar alerta e você permanecerá intocado — esta pessoa não pode arrastá-lo para lugar algum.
Agindo assim, você será sempre o mesmo, ao ser elogiado ou condenado, no sucesso ou no fracasso. Através de seu estado de percepção, você atinge uma tranquilidade que não pode ser perturbada de forma alguma. Você se liberta das opiniões das pessoas.
Essa é a diferença entre um religioso e um político. O político está sempre consciente do “eu”, sempre preocupado com a opinião alheia. Ele depende dos votos e da opinião alheia. Os outros são seus mestres e também aqueles que decidem por ele. Já uma pessoa religiosa domina seu próprio ego, ninguém pode tomar decisões por ela, que não depende de votos nem opiniões. Se você for até ela, tudo bem. Se você não for, tudo estará bem da mesma forma. Não há problema algum, ele continua sendo o mesmo ser.
Agora gostaria de dizer algo que parece paradoxal, mas, apesar disso, é a mais pura verdade: as pessoas que são autoconscientes — com ênfase no ego — não possuem ego. É por isso que são tão autoconscientes, porque têm medo de que alguém possa arrancar seu ego. Essas pessoas não são senhoras de si, pois seu ego foi tomado emprestado de outras pessoas. Pensando dessa forma, se alguém lhes sorri, seu ego é acariciado. Se alguém as ofende, algo terá sido subtraído e sua estrutura ficará abalada. Se alguém está com raiva, elas ficam com medo. Se todo mundo ficar com raiva ao mesmo tempo, para onde elas irão, quem serão elas? Sua identidade estará quebrada. Se todo mundo sorrir e disser: “Você é ótimo”, então elas serão ótimas.
A pessoa que é religiosa e autoconsciente — com ênfase na consciência — possui um ego autêntico. Você não pode tirar esse ego dela, não pode dar-lhe um, ela o atingiu por si mesma. Se o mundo inteiro ficar contra ela, seu ego lhe fará companhia. Se o mundo todo a seguir, seu ego não será inflado. Ela possui uma realidade autêntica, um centro.
Uma pessoa política não possui um centro, tenta criar um falso. Ela pega algo emprestado de você, um pouco de outra pessoa, é assim que funciona sua vida. Uma falsa identidade, uma colagem da opinião de várias pessoas, essa é sua identidade. Se o povo se esquecer dela, estará perdida, no meio do nada. Na verdade, será um ninguém.
Por exemplo, se uma pessoa se tornar presidente, subitamente ela será alguém. Quando deixar de ser presidente, será um ninguém. Todos os jornais o esquecerão. Será lembrado apenas no dia de sua morte e, mesmo assim, haverá apenas umas poucas linhas no obituário. Será lembrado apenas como um ex-presidente, o antigo ocupante de um cargo qualquer, não como um ser humano. O que aconteceu? Um homem desapareceu, apenas isso. Enquanto você ocupa um cargo, você está na primeira página de todos os jornais e revistas. Não é você que importa, mas o seu cargo.
Assim, todos os que são pobres por dentro estão sempre em busca de uma posição, dos votos das pessoas, de opiniões. É assim que procuram desenvolver uma alma — obviamente, uma falsa alma.
Os psicólogos conseguiram chegar ao cerne do problema. Eles dizem que quem tenta ser superior sofre de um complexo de inferioridade, e que as pessoas que são realmente superiores não dão a mínima para isso. São tão superiores que nem sequer percebem que o são. Apenas uma pessoa inferior pode estar consciente de sua superioridade — e é facilmente ofendida nesse ponto. Basta você insinuar que ela não é tão maravilhosa quanto pensa para deixá-la com raiva.
Apenas uma pessoa superior pode ficar para trás, ser a última da fila. Todos os que se sentem inferiores estão tentando chegar ao primeiro lugar, porque pensam que, se forem os últimos, não serão alguém. Eles têm necessidade de estar na frente, de viver na capital. Precisam ter muito dinheiro e morar em mansões, precisam ser isto ou aquilo. As pessoas que se sentem inferiores sempre tentam provar sua superioridade através de seus bens materiais.
Resumindo, as pessoas que não têm um ser tentam se tornar um ser através das coisas: cargos, nomes ou fama.
Li em um livro sobre Lenin que um dia alguém o convidou a ouvir as sinfonias de Beethoven. Ele recusou enfaticamente. Na verdade, foi até mesmo um pouco agressivo em sua resposta. O homem que o convidara ficou incrédulo e quis saber o motivo. “Por quê? As sinfonias de Beethoven estão entre as maiores criações do homem.” Lenin respondeu: “Talvez, mas toda boa música é contrária a revoluções porque propicia um contentamento muito profundo e, desta forma, a música pacifica as pessoas. Portanto, sou contra todo e qualquer tipo de música.”
Se boa música se espalhasse pelo mundo, as revoluções desapareceriam. A lógica é relevante! O que Lenin está dizendo é verdade para todos os políticos. Eles não gostariam que a boa música se difundisse no mundo, não querem grande poesia, nem grandes meditadores, não querem pessoas em êxtase nem euforia, porque, se isso tudo ocorresse, qual seria o destino das revoluções e das guerras? O que aconteceria com todas as bobagens que acontecem no mundo?
As pessoas precisam permanecer sempre em um estado febril, pois só assim podem ajudar os políticos. Se o povo estiver satisfeito, contente, feliz, quem se importará com o governo? As pessoas o esqueceriam completamente. Elas apenas iriam querer dançar, ouvir música e meditar. Neste cenário, que importância teria o presidente americano? Nenhuma. Mas quando as pessoas que não têm um “eu” não estão satisfeitas, elas continuam a apoiar outros “eus” porque esta é a única maneira que têm para obter apoio para suas próprias existências.
Lembre-se de que a autoconsciência — com ênfase no ego — é uma doença muito grave e profunda. Você deve se livrar dela. A autoconsciência — com ênfase na consciência — é uma das coisas mais sagradas que existem no mundo porque pertence a pessoas sadias, que alcançaram seu centro. Elas são conscientes. Não são pessoas vazias, mas realizadas.
OSHO, “Aprendendo a Silenciar a Mente”