Há uma linda representação do caminho de Shamatha, a meditação
da quiescência ou calmo permanecer, amplamente utilizada em todas as tradições
contemplativas.
Nela o elefante representa a mente, que antes do treinamento, está
tomado por aflições, medos e expectativas, representados pela cor escura.
O praticante é quem vai treinar a
mente. Com a atenção plena – representada pela corda – o praticante procura
manter a mente focada no objeto de escolha, e com a vigilância – representada
pelo gancho – o praticante monitora a qualidade do foco da atenção.
O macaco representa um dos desequilíbrios da atenção – a
distração. Ele tenta arrastar o praticante para todos os objetos dos cinco
sentidos – representados pelo tecido (tato), frutas (paladar), perfume
(olfato), címbalos (audição) e espelho (visão).
O coelho representa aqui o outro tipo de desequilíbrio da atenção
– o embotamento, que pode culminar na sonolência.
Ao longo do caminho, o entusiasmo e também o esforço necessários
para a prática são representados pelo fogo.
Aos poucos, o praticante vai domando a mente, até que ao final,
livre das distrações e da lassidão, completamente clara. No final do caminho, a
concentração perfeita é atingida.
O praticante voando representa o bem-estar físico; e o elefante
voando representa o bem-estar mental. Montando o elefante, o praticante passeia
por todo o arco-íris, empunhando a espada flamejante do perfeito discernimento.
Fonte: - http://equilibrando.me/2014/07/30/o-caminho-de-shamatha/
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