Muitas pessoas têm
pedido recomendações de técnicas ou escolas para começar a Meditar e/ou conhecer
melhor o Yoga ou o Budismo
(e outros caminhos), e as respostas que acabo dando tomam sempre um mesmo
caminho: depende de você, de onde você está e do que naturalmente lhe atrai
mais. Buscar uma técnica de meditação ou se aproximar de uma filosofia ou
prática é uma tarefa profundamente particular.
Mas nada complicado, pois há cada vez mais práticas e escolas sendo expandidas e ensinadas, incluindo as mais ancestrais e preciosas que já passaram por esse planeta (e no fundo há uma diferença de forma, mas uma semelhança de essência).
E é mais ou menos isso que trata a jornalista Diana St Ruth, editora do site Buddhism Now, no trecho do livro “Understanding Karma and Rebirth” (Buddhist Publishing Group, 2008) que segue mais abaixo com tradução de Fabíola Queiroz (que gentilmente permitiu sua reprodução aqui) e intitulado Transcendendo as Técnicas (do inglês Transcending Techniques).
“Somos surpreendidos por formas diferentes de ver as coisas em épocas diferentes e é por isso que os ensinamentos budistas são tão diversificados”, diz Diana, no início do texto.
Mas nada complicado, pois há cada vez mais práticas e escolas sendo expandidas e ensinadas, incluindo as mais ancestrais e preciosas que já passaram por esse planeta (e no fundo há uma diferença de forma, mas uma semelhança de essência).
E é mais ou menos isso que trata a jornalista Diana St Ruth, editora do site Buddhism Now, no trecho do livro “Understanding Karma and Rebirth” (Buddhist Publishing Group, 2008) que segue mais abaixo com tradução de Fabíola Queiroz (que gentilmente permitiu sua reprodução aqui) e intitulado Transcendendo as Técnicas (do inglês Transcending Techniques).
“Somos surpreendidos por formas diferentes de ver as coisas em épocas diferentes e é por isso que os ensinamentos budistas são tão diversificados”, diz Diana, no início do texto.
Não só budistas,
como de várias outras tradições e técnicas — como as meditações do Yoga, as meditações taoístas, a Meditação Transcendental,
a meditações sufis, etc. Dentro do Hinduísmo há uma miríade de caminhos e
vertentes tão ou mais ampla. Especificamente dentro do Budismo, diz Diana Ruth,
“a consciência é a chave para o entendimento de todo o ensinamento de
Buda, é a base de todas as técnicas”. Por onde você entra ou por onde
você passa é a riqueza do próprio caminho.
No atual cenário de explosão de informação e migração de conhecimentos, com um pouco de discernimento, mente aberta e dedicação não há dificuldade nenhuma de encontrar logo algo precioso pra você.
E o mais importante, como diz Diana no texto, não é ficar analisando e testando vários caminhos, é mergulhar logo em algo que lhe faça sentido e lhe ajude no desafio do auto-conhecimento.
No atual cenário de explosão de informação e migração de conhecimentos, com um pouco de discernimento, mente aberta e dedicação não há dificuldade nenhuma de encontrar logo algo precioso pra você.
E o mais importante, como diz Diana no texto, não é ficar analisando e testando vários caminhos, é mergulhar logo em algo que lhe faça sentido e lhe ajude no desafio do auto-conhecimento.
“Há apenas dois equívocos que se pode cometer ao longo do caminho para a verdade: não ir até o fim, e não começar”.
~ fonte
desconhecida (atribuída a Buda e a Confúcio, mas não confirmada)
TRANSCENDENDO AS TÉCNICAS” - Por Diana St Ruth
Somos surpreendidos
por formas diferentes de ver as coisas em épocas diferentes e é por isso que os
ensinamentos budistas são tão diversificados. Não significa que precisamos
aprender todos os métodos, estudar todos os textos de todas as escolas,
familiarizarmo-nos com a história do budismo através dos tempos e aprender
todas as línguas nas quais os textos foram escritos antes de atingirmos a
verdade.
A verdade não está encerrada dentro de uma palavra ou de uma definição ou mesmo em uma longa série de palavras. A verdade é a mesma do princípio ao fim; diz respeito a cada um de nós; diz respeito ao que nós somos e ao que está além dos conceitos e da mente pensante.
A verdade não está encerrada dentro de uma palavra ou de uma definição ou mesmo em uma longa série de palavras. A verdade é a mesma do princípio ao fim; diz respeito a cada um de nós; diz respeito ao que nós somos e ao que está além dos conceitos e da mente pensante.
Definições são
apenas mecanismos ou dispositivos ou
meios habilidosos para se atingir o despertar, mas não são a realidade em
si; são apenas pistas: vamos ver isso dessa forma, vamos olhar para aquilo
daquele jeito… Eles são mecanismos que nos ajudam a abrir nossos próprios
olhos. É apenas até aí que as palavras e os ensinamentos de qualquer pessoa
podem nos levar.
Trevor Legget costumava dizer que tentar apontar para a verdade é mais ou menos como contar uma piada:
Trevor Legget costumava dizer que tentar apontar para a verdade é mais ou menos como contar uma piada:
Algumas vezes,
uma pessoa entende a piada: é o suficiente. Mas se alguém não a entende, ou se
é uma piada inapropriada, ou se a pessoa não tem senso de humor, então não
adianta insistir – ‘você tem que entender!’ – ou discutir a respeito. Conte a piada para outra
pessoa.
O mesmo acontece
com todas as definições, métodos e técnicas que ouvimos no Budismo. Se uma
pessoa não entende, não tem sentido em insistir; melhor tentar outra coisa. Em
algum momento ao longo do tempo talvez consigamos entender – como uma boa
piada.
Não tem sentido
mergulhar nas montanhas de textos e tentar cada técnica de meditação que
existe. Uma vez que encontremos algo que funciona
para nós, devemos usar esse algo; devemos ir até o fundo, chegar até o caminho,
na trilha e correta e aí permanecer; não há necessidade de voltar ao início
para aprender uma nova técnica.
Além do mais, Consciência é a chave para o entendimento de todo o ensinamento de Buda; é a
base de todas as técnicas e, ainda assim, não é uma técnica em si. Não há nada mais
simples ou mais óbvio do que consciência, mas até que vejamos de fato o que
realmente é e percebermos sua importância, talvez precisemos de várias técnicas
para nos ajudar a chegar lá, como aprimorando nossa concentração através da
contagem da respiração, ou dando nome a cada ação que praticamos (em silêncio,
para nós mesmos), através do dia –
‘caminhando’, ‘sentando’, ‘deitando’, espirrando’, ‘comendo’, ‘vestindo-se’ e por aí vai – até que um dia, de repente, nós ‘caímos’, damo-nos conta do que é a consciência, o que é ser UNO com o momento presente, sua realidade e seu poder. “Nesse momento, as técnicas foram transcendidas.”
‘caminhando’, ‘sentando’, ‘deitando’, espirrando’, ‘comendo’, ‘vestindo-se’ e por aí vai – até que um dia, de repente, nós ‘caímos’, damo-nos conta do que é a consciência, o que é ser UNO com o momento presente, sua realidade e seu poder. “Nesse momento, as técnicas foram transcendidas.”
Original
em: http://dharmalog.com/2013/08/08/respirando-contando-sentando-concentrando-transcendendo-as-tecnicas-de-meditacao-por-diana-ruth/
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